O estresse é definido como um estado de desequilíbrio que aparece após exposição a fatores estressores, externos ou internos. O corpo tem grande capacidade de adaptação, que depende de fatores genéticos, ambientais e fisiológicos. Esta adaptação é fundamental para a manutenção da saúde e sobrevivência. Após um período o estresse precisa ser resolvido pois a capacidade do corpo em adaptar-se é limitada.
Situações de estresse levam à ativação do eixo hipotálamo-hipófise adrenal, também conhecido como hipotálamo-pituitária adrenal (HPA). Uma das respostas mais características ao estresse é o aumento do hormônio liberador de corticotropina (CRH) pelo hipotálamo. Após ser secretado, o CRH chega a hipófise anterior e estimula a liberação de outro composto: o hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). O ACTH atinge a circulação sanguínea, indo até a glândula adrenal, que irá corresponder a esse estímulo, aumentando a liberação de glicocorticoides, como o cortisol.
Quanto maior o estresse, maior é a liberação de cortisol. Como este regula a diferenciação do tecido adiposo, bem como sua função e distribuição, seu excesso contribui para o acúmulo de gordura, principalmente na região abdominal. Também aumenta a atividade da enzima lipase lipoproteica, que é responsável pelo acúmulo de triglicerídeos no tecido adiposo e aumenta o risco de resistência à insulina, obesidade e síndrome metabólica.
Além disso, tanto o CRH quanto o cortisol atrapalham os mecanismos de fome e saciedade. É por isso que muitas pessoas relatam compulsão alimentar em períodos de estresse. E mais: ao engordar o esforço para movimentar o corpo aumenta, assim como dores. Com isso, a pessoa sente-se mal, o cortisol aumenta e forma-se um ciclo vicioso.
Como estresse, obesidade e depressão estão comumente ligados há necessidade e tratamento multiprofissional, incluindo médico, psicólogo, nutricionista, profissionais da educação física ou yoga. Na infância a depressão também é frequentemente associada à obesidade.
Vários nutrientes melhoram o metabolismo lipídico, ajudam a reduzir o cortisol e facilitam o emagrecimento. Dentre eles estão vitamina C, complexo B (especialmente B5, B6 e B9); tirosina, teanina, fosfatidilserina, β-sitosterol e ômega-3. Estudos também mostram que fitoterápicos como Rhodiola rósea, Panax ginseng, Eleutherococcus senticosus, Whitania somnifera, Schisandra chinensis e Glycyrrhiza glabra atuam como adaptógenos. Para uso um nutricionista precisa ser consultado.
ADAPTÓGENOS RECOMENDADOS NA EUROPA
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Lembre que o tratamento da ansiedade, depressão e obesidade é complexo e a psicoterapia também ajuda muito. Falar sobre sentimentos reduz a ansiedade e ajuda no gerenciamento da medicação. Indico a Julia Maciel, psicóloga formada pela UnB e que atende online, por videoconferência Atividade física, meditação, acupuntura e yoga também vêm mostrado-se importantes complementos ao tratamento tradicional medicamentoso. Cuide-se!