Idosos com níveis mais baixos de vitamina D possuem mais dificuldade de locomoção

O envelhecimento populacional tem aumentado a prevalência de doenças crônicas e incapacitantes, as quais levam à limitação funcional, diminuindo a autonomia e a qualidade de vida dos idosos. À medida que envelhecemos, o corpo modifica-se. Há perda de massa magra e óssea. Pelo menos um terço da população com mais de 65 anos de idade sofre progressivo declínio físico, o que aumenta, por exemplo, o risco de quedas.

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O declínio físico pode estar ligado a aspectos sociodemográficos e psicossociais, estilo de vida, estado nutricional, doença e predisposição genética. Neste contexto, a vitamina D tem um papel importante, controlando a formação e manutenção de ossos saudáveis. A vitamina D também regula a função muscular e possui vários receptores nos sistemas imunológico, cardiovascular e nervoso.

O estado funcional do corpo pode ser avaliado pela velocidade com a qual uma pessoa caminha, pela força nas mãos e provas de desempenho físico. A velocidade da marcha (caminhada) está relacionada ao equilíbrio e baseia-se principalmente em ações da musculatura dos membros inferiores. Já a força nas mãos reflete a saúde da estrutura da parte superior do corpo.

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A associação entre a quantidade de vitamina D no sangue e a saúde física de adultos e idosos vem sendo explorada em várias pesquisas. Parece que quanto menor é a concentração sérica de vitamina D menor é a velocidade da marcha e a força das mãos.

Essa associação entre a vitamina D e os parâmetros funcionais pode ser explicada porque o osso e o músculo são significativamente afetados pela concentração sérica de vitamina D (Mendes et al., 2018). A vitamina D é produzida na pele após a exposição solar. Também pode ser suplementada em caso de carência. Para tanto o ideal é antes fazer a dosagem plasmática.

O livro de Michael F. Holick, "Vitamina D", é considerado uma referência essencial sobre a vitamina D. Ele oferece informações detalhadas sobre a importância este hormônio e como ele melhorar a saúde de todos.

Saiba mais:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Angélica Sinensis

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A Angélica Sinensis ou Dong Quai (Radix Angelica Sinensis) é uma planta de uso comum na medicina tradicional chinesa e está contida em muitos suplementos com o nome Danggui.

Um dos principais compostos bioativos da Angélica Sinensis é o ácido felúrico, um potente antioxidante. A erva é utilizada para melhorar a circulação sanguínea e modular o sistema imune. Também ajuda a tratar prisão de ventre e cólicas menstruais (Wu & Hsieh, 2011). 

A erva também pode ser utilizada na prevenção de derrames cerebrais já que possui efeitos anti-ateroscleróticos, de melhoria da microcirculação, anti-agregação plaquetária, antiinflamatórios e antioxidantes.

Contra-indicações:

Gestantes não devem utilizar a erva pois a mesma aumenta as contrações uterinas. Não existem estudos suficientes sobre o uso durante a amamentação. Pessoas com câncer de mama, útero, ovário, mulheres com endometriose ou fibroides uterinos não devem utilizar a erva que age como um estrogênio, podendo piorar a condição. A erva ou seu chá também não devem ser utilizadas antes de cirurgias pois aumenta o risco de hemorragias.

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Os 4 pilares do controle do estresse e da ansiedade

O estresse e a ansiedade têm uma certa semelhança na ativação psicofisiológica, podendo gerar impactos negativos na saúde. A intensidade e a duração são fatores que fazem a diferença entre essas duas respostas, que a princípio aparecem como um mecanismo de defesa.

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O estresse em geral aparece em resposta a fatores externos como excesso de trabalho, briga, conflitos, doenças. É algo que acontece no presente ou uma reação ao que já aconteceu. A resposta ao estresse (liberação de adrenalina, norepinefrina e cortisol) que nos deixam mais alertas para enfrentarmos situações. Cronicamente deixa a pessoa frustrada, zangada, nervosa e isso pode demorar bastante tempo para passar.

O que nos prejudica é a sua duração, quanto mais prolongado for o estresse pior para nossa saúde. Isso acontece porque ao o percebermos o ambiente como uma ameaça com a qual não conseguimos lidar, o sistema imunológico sofre e enfraquece. 

A ansiedade já tem um foco no futuro. Ficamos desconfortáveis, cheios de expectativas ou com medo de algo. Por exemplo, um aluno antes de uma prova muito importante experimenta ansiedade. Essa antecipação prepara o corpo para enfrentar uma mudança ou ameaça. Mas pode gerar preocupação exagerada. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão.

Segundo estimativas da OMS 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade e a depressão afeta 5,8% da população. Pesam nesse cenário fatores socioeconômicos, como pobreza e desemprego, e ambientais, como o estilo de vida em grandes cidades. Além de energia para enfrentar os desafios do dia-a-dia, o tratamento da ansiedade e do estresse envolvem 4 pilares: atividade física, alimentação adequada, relaxamento e terapia para modificação dos pensamentos.

Atividade Física

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O estresse pode gerar um desânimo que faz tudo parecer pesado e difícil de ser cumprido. Aparecem sintomas como indisposição, perda de interesse e baixa autoestima que podem ser tratados com psicoterapia. Mas a prática de esportes também ajuda muito, aliviando tensões. O bem-estar após a prática de exercícios está relacionado à produção de endorfina no organismo, hormônio responsável por causar sensação de prazer. Assim, a endorfina alivia a depressão, normaliza os níveis de ansiedade e equilibra o humor.

Faça a atividade física que gostar. Não importa se é hidroginástica, natação, caminhada, corrida, artes marciais, dança, musculação, crossfit. Uma atividade física prazerosa beneficiará seu corpo e sua mente. O exercício físico também é uma possibilidade de socializar, sair de casa e se distrair, o que proporciona uma melhora da autoestima.

Alimentação equilibrada

Vitaminas do complexo B melhoram o humor, reduzem a ansiedade e sintomas como dor de cabeça. Capriche em alimentos como alface, abacate, amendoim, castanha, nozes e cereais integrais, que incluem pão integral, arroz e macarrão integral e aveia. 

Alimentos ricos em ômega-3 como peixes, linhaça, chia e nozes também são fundamentais, reduzindo a neuroinflamação e controlando os níveis de cortisol, um dos hormônios relacionados ao estresse.

Alimentos ricos em triptofano ajudam a combater o estresse porque aumentam a produção de serotonina, hormônio que dá uma sensação de bem-estar e ajuda a relaxar. O triptofano pode ser encontrado em alimentos como banana, chocolate amargo, cacau, aveia, queijo, amendoim, frango e ovo.

Legumes e frutas são ricas em vitaminas, minerais e flavonóides, substâncias com alto poder antioxidante e que contribuem para reduzir a pressão arterial, ajudando a relaxar e combater o estresse. Consuma pelo menos 400g ao dia de frutas e verduras.

Para obter os efeitos benéficos de redução do estresse e da ansiedade, esses alimentos devem ser consumidos com regularidade.

SUPLEMENTOS USADOS PARA TRATAMENTO DA DEPRESSÃO NA EUROPA

Relaxamento

Aprender técnicas de relaxamento e respiração pode nos ajudar a reduzir a ativação excessiva do sistema nervoso. Técnicas como yoga, meditação, mindfulness, respiração abdominal, biofeedback podem ser utilizadas como um recurso pessoal para compensar os efeitos negativos do estresse e da ansiedade. 

Modificação dos pensamentos

Quem passa muito tempo se auto-condenando sofre muito mais de ansiedade. Aprender a aceitar-se é fundamental. Não alimente pensamentos catastróficos, pensando no que os outros vai pensar. Além disso reconheça e trate os erros cognitivos. Escrevi sobre este tema em um texto anterior: como corrigir pensamentos negativos.

A psicoterapia também ajuda muito. Falar sobre sentimentos reduz a ansiedade. Indico a Julia Maciel, psicóloga formada pela UnB e que atende online, por videoconferência (juliat.maciel @ gmail. com). Atividade física, meditação, acupuntura e yoga também vêm mostrado-se importantes complementos ao tratamento tradicional medicamentoso. Cuide-se!

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