Carências nutricionais comuns em pessoas com enxaqueca

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A enxaqueca é uma dos tipos mais frequentes de dor de cabeça. Podem ser primárias, originadas no sistema nervoso central e não acompanhadas por nenhum outro problema de saúde. Podem ser também secundárias surgindo em decorrência de questões como gripe, intoxicação por álcool, traumatismo craniano, hipoglicemia (redução do açúcar no sangue), hipertensão arterial, carências nutricionais. 

Estima-se que 8 a 15% das pessoas sofram de enxaqueca. A mesma é mais comum entre os 15 e os 40 anos, principalmente nas mulheres. 

Pessoas com enxaqueca são mais sensíveis a barulhos e luzes. No caso da alimentação, alguns fatores podem desencadear crises como o consumo de chocolates, morangos, mariscos, vinhos, molhos artificiais, jejum, café, queijos envelhecidos ricos em tiramina, nitritos e nitratos presentes em carnes processadas, nozes e manteiga de amendoim. Mas para cada pessoa é diferente. De qualquer forma, se há identificação de que algum alimento específico atua como desencadear do problema o mesmo deverá ser eliminado da dieta.

Receba a newsletter semanal. Dra. Andreia Torres é nutricionista, mestre em nutrição, doutora em psicologia clínica, especialista em yoga.

O nutricionista também deverá avaliar a carência de nutrientes como selênio, magnésio, vitamina B2, vitamina D, riboflavina e a necessidade de suplementação de coenzima Q10. Para que a hipoglicemia seja evitada deve-se realizar refeições pequenas e frequentes, pobres em carboidratos simples (alimentos refinados, doces, refrigerantes), rica em fibras, gorduras boas e proteínas magras. 

Castanhas, nozes e sementes são boas opções para lanches. Alimentos ricos em triptofano como banana, maracujá, erva cidreira e feijão devem ser incluídos no cardápio. O triptofano é precursor de serotonina, neurotransmissor que relaxa, melhora a qualidade do sono e reduz crises.

Deve-se também atentar para o consumo de ômega-3 nutriente com propriedades antiinflamatórias e neuroprotetoras. Peixes e frutos do mar, chia e linhaça são boas fontes mas pode haver necessidade de suplementação. 

Óleos essenciais também podem ser utilizados para o combate à enxaqueca. Os mais indicados são erva-príncipe (cymbopogon citratus), também conhecida como lemongrass, manjericão, hortelã-pimenta, lavanda, camomila, gerânio e rosa. Aprenda a utilizar os óleos essenciais em meu curso online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Como o ômega-3 reduz os triglicerídeos plasmáticos?

triglicerídeos

Triglicerídeos plasmáticos elevados aumentam o risco cardiovascular e de esteatose hepática. Perda de peso, redução do consumo de carboidratos e álcool, suplementação de niacina, atividade física e medicamentos (fibratos, estatinas, metformina) contribuem para a redução dos triglicerídeos (tipos de gorduras que circulam no sangue). 

O ômega-3, presente nos peixes, linhaça e chia, também contribui para a redução dos lipídios plasmáticos. O problema é que a dieta da maioria das pessoas tipicamente contém menos que 130mg/dia de ômega-3. Já para o efeito de redução de triglicerídeos a dose terapêutica costuma ficar em torno de 3.000 mg/dia (3g).

Quando comemos mais do que precisamos estocamos gordura. Carboidratos, álcool e ácidos graxos são convertidos no fígado a triglicerídeos, que são transportados dentro da VLDL (do inglês, very low density lipoprotein). Ácidos graxos livres também podem circular dentro de moléculas de albumina.

Nos hepatócitos (células do fígado) o ômega-3 reduz a produção de VLDL, lipoproteína que transporta triglicerídeos. Também aumenta a queima de gordura (beta-oxidação). Nos adipócitos (células do tecido adiposo, onde estocamos gordura) o ômega-3 aumenta a captação de triglicerídeos vindos com a VLDL e de ácidos graxos livres.

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O ômega-3 também reduz a secreção de citocinas pró-inflamatórias nos macrófagos presentes nas células adiposas. No coração e no músculo esquelético o ômega-3 aumenta o uso dos triglicerídeos pelas mitocôndrias. 

Para entender as vias bioquímicas com mais detalhes consulte o trabalho de Shearer, Savinova & Harris (2013).

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Estratégias para a redução dos triglicerídeos (gordura no sangue)

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Os triglicerídeos são um tipo de gordura que circulam pela corrente sanguínea.  Quando está acima de 150 ml/dL em jejum, aumenta o risco de doenças cardíacas, derrame cerebral (AVC), pancreatite, aterosclerose e esteatose hepática. 

Os triglicerídeos aumentam quando há consumo excessivo de calorias, carboidratos, álcool ou gordura. Além de circularem pelo sangue acumulam-se no fígado, nos músculos e no tecido adiposo. Podem também se acumular sob a pele, formando bolsas, especialmente abaixo dos olhos, nos cotovelos ou dedos (xantelasma).

Para a redução dos triglicerídeos circulantes é importante praticar atividade física e reduzir o consumo calórico. A perda de peso é fundamental, principalmente para quem possui acúmulo de gordura na região abdominal. Outras estratégias importantes são a redução no consumo de bebidas alcoólicas, carboidratos simples, alimentos industrializados e com excesso de gordura. 

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Fonte: Faludi et al., 2017

O ômega-3 também contribui para a redução dos triglicerídeos circulantes (Shearer, Savinova & Harris, 2013). Caso você não consiga consumir pelo menos 2 g/semana de ômega-3 de fontes como peixes, chia e linhaça recomenda-se a suplementação. Converse com seunutricionista!

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