Dia das crianças: boas razões para cozinhar com seus filhos

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Crianças são naturalmente curiosas e adoram imitar os pais, inclusive no preparo de alimentos. E cozinhar é como mágica aos olhos da criançada: vários ingredientes são misturados e algo incrível aparece.

Cozinhando as crianças se aventuram mais na alimentação. As crianças podem ajudar na cozinha de diversas formas, aprendendo receitas desafiadoras mas não necessariamente difíceis.

O importante é que a experiência seja alegre e divertida para que a criança tenha boas memórias e também vontade de experimentar coisas novas. 

Envolva os cinco sentidos, deixe as crianças olharem, tocarem, cheirarem, ouvirem e provarem os diferentes ingredientes e preparações. Amassar a massa, enxaguar vegetais, picar alface são atividades que proporcionam experiências sensoriais ricas. Ao cozinhar você também pode praticar um novo vocabulário descrevendo como a comida se parece ou os efeitos da mesma no organismo.

Além disso, a cozinha pode ser uma forma de aprender a contar, a medir, a fracionar ingredientes. Também é uma ótima maneira de demonstrar como os alimentos mudam de sabor, textura e cor quando são cozidos. 

Receba a newsletter semanal. Dra. Andreia Torres é nutricionista, mestre em nutrição, doutora em psicologia clínica, especialista em yoga.

Cozinhar pode fazer parte da cultura familiar. Ao invés de ter a mãe sozinha na cozinha enquanto o pai lê jornal, o filho joga videogame e a filha navega pelo youtube, que tal levar todo mundo para uma atividade conjunta na cozinha? É uma oportunidade de celebrar a família, o convívio e a herança cultural familiar passando as receitas aprendidas para a próxima geração.

Para isso mantenha o espaço de trabalho seguro. As crianças devem ser ensinadas a segurar cada utensílio, devem aprender a proteger as mãos do calor com panos e luvas, devem aprender a ligar e desligar aparelhos com segurança. Uma criança muito pequena não conseguirá cozinhar junto ao fogão mas pode desenvolver habilidades motoras finas enxugando as frutas.

Uma forma de envolver as crianças é perguntando o que gostariam de cozinhar, vocês podem folhear juntos revistas ou livros de culinária, podem assistir vídeos de culinária na televisão ou na internet. Depois peça para as crianças ajudarem a fazer a lista de compras, pensando no que precisarão para o preparo da receita.

Ao longo do tempo a atividade familiar terá contribuído para que as crianças sejam mais receptivas a diferentes tipos de alimentos além de guardarem por toda a vida memórias felizes com a família na cozinha. 

E o melhor: com a prática, ao longo do tempo, as crianças aprenderão a preparar refeições simples, saudáveis e deliciosas.

Mais dicas sobre crianças na cozinha: http://bit.ly/2yc4Int

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Mercúrio e autismo: qual é a relação?

Observa-se no autismo uma maior inflamação cerebral a qual pode gerar danos neuronais. Muitos pesquisadores avaliam quais fatores geram maior neuroinflamação e comprometimento do funcionamento cerebral. Dentre os fatores ambientais suspeitos estão: chumbo, metil mercúrio, bisfenol, pesticidas organofosfatados, pesticidas organoclorados, disruptores endócrinos, fumaça de veículos automotivos, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, éteres e compostos perfluorados.

Em revisão publicada por Kern e colaboradores (2016)  74% dos 91 estudos avaliados mostraram um relacionamento entre o mercúrio e o autismo. Isto acontece pois o mercúrio gera ativação autoimune, estresse oxidativo e neuroinflamação, que por sua vez conduzem a danos no cérebro e perda de conexões entre neurônios. Parece que quanto maior é a quantidade de mercúrio circulante maior é a severidade dos sintomas observados.

Traduzido por Andreia Torres. Fonte: Kern et al., 2016

Traduzido por Andreia Torres. Fonte: Kern et al., 2016

Zinco, manganês, cobre e ferro e uma microbiota saudável ajudam a reduzir a absorção de mercúrio. Por isto, a suplementação de micronutrientes e probióticos é muitas vezes indicada para reduzir a absorção do mercúrio que, se conseguir alcançar a corrente sanguínea e os tecidos, pode levar entre 2 e 12 meses para ser completamente eliminado (Dórea et al., 2011). Vitamina E, selênio e o aminoácido cisteína reduzem a toxicidade do mercúrio e o ácido lipóico estimula o fígado a eliminar o mercúrio.

Obviamente a nutrição sozinha não é capaz de resolver todos as alterações observadas em indivíduos no espectro do autismo. De toda forma, reduzir a ativação autoimune, a produção de radicais livres e a neuroinflamação faz parte do tratamento e a alimentação adequada, associada à suplementação de nutrientes chave tem sua grande importância neste sentido.

Aprenda mais no curso online: http://andreiatorres.com.br/curso/nutricao-e-suplementacao-no-autismo

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Tecnologia dos alimentos: nanopartículas podem interferir na expressão de genes

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Nanopartículas naturais ou fabricadas podem ser incluídas em alimentos, bebidas e suplementos prolongando a vida útil do produto ou melhorando a cor, aroma ou sabor do mesmo.

O prefixo “nano” está relacionado a uma escala de medida em que um nanômetro representa um bilionésimo do metro ou um milionésimo do milímetro. Estruturas nessa escala apresentam propriedades funcionais únicas não encontradas em outras partículas.

Outros usos incluemnanopartículas lipídicas sólidas para transporte de nutrientes, emulsificação de lipídios, encapsulamento de micronutrientes ou para a embalagem dos alimentos.

Nanocápsulas são compostas por um invólucro que guardará um composto ativo, protegendo-o contra fatores ambientais adversos. Apesar de existirem inúmeras oportunidades a serem exploradas, como a elaboração de alimentos com características funcionais também há preocupação com os efeitos adversos das nanopartículas.

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Algumas nanopartículas podem interagir com organelas como as mitocôndrias e com macromoléculas aumentando a produção de radicais livres ou induzindo a expressão de genes que elevam o risco de doenças, incluindo câncer e alterações neurológicas.

Apesar das potenciais vantagens das novas tecnologias utilizadas na fabricação de alimentos industrializados pesquisas na área fazem-se necessárias já que existem evidências de que nanopartículas podem interferir na metilação do DNA, na modificação das histonas e na expressão genética (Smolkova et al., 2015).

Apesar da comercialização rápida da nanotecnologia, há poucos regulamentos de nanomateriais específicos. Ainda não é compreendido também de que forma o uso de nanopartículas poderá afetar a cadeia alimentar, as florestas, a qualidade da água e do ar.

Por enquanto, para maior saúde e vitalidade, a recomendação continua a mesma: coma mais alimentos naturais e reduza ao mínimo possível o consumo de alimentos industrializados.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/