Transtornos alimentares em crianças e adolescentes

Transtornos alimentares (TA) são a terceira enfermidade crônica mais comum em adolescentes, depois do excesso de peso e da asma (Gonzalez, 2007). Podem se apresentar tão cedo quanto os 12 anos. Existem muitos protocolos para a detecção destes transtornos como: Eating Attitudes Test (EAT), Bulimia Test-Revised (BULIT-R), Questionnaire of eating and Weight Patterns-Revised (QEWP-R), BSQ, Eating Disorder examination-self-report questionnaire (EDE-Q)Eating Disorder Inventory (EDI) entre outros. Todos estes instrumental facilitam o diagnóstico (Urzúa et al., 2009).

O tratamento das desordens ou transtornos alimentares é multiprofissional e compreende:

- psicoterapia

- monitoramento médico com uso de medicamentos incluindo antidepressivos, caso necessário

- aconselhamento nutricional, sem foco na dieta e sim na alimentação consciente.

Durante o tratamento são discutidos temas como o papel da alimentação saudável na saúde, as mensagens veiculadas pela mídia, imagem corporal saudável, autoestima, perigos das dietas e do uso de medicamentos como laxativos e redutores do apetite.

Os pais têm também um papel importante. Em um mundo que constantemente diz aos adolescentes como deveriam se parecer é importante que os pais não adicionem mais pressão enfatizando aspectos estéticos. Afinal, aparência não é nem de longe o mais importante nesta vida. Os pais podem ensinar crianças e adolescentes a usarem uma linguagem positiva quando estiverem falando de seus corpos. Também podem ensiná-los a apreciar o corpo pelo que ele pode fazer. Além disso, podem ajudá-los a apreciar a atividade física e alimentação saudável, sem imposições, mas só porque é divertido. Crianças correm o dia todo, pulam, giram e se divertem sem se preocupar com o formato de seus corpos. E assim deveria continuar sendo. 

A escola pode exercer grande influencia na formação de hábitos alimentares (Aldinger e Jones, 1998), não só ofertando alimentos saudáveis mais também discutindo pontos como a estética imposta pela mídia, família ou colegas.

Pessoas em sofrimento devem buscar acompanhamento especializado. Dentre os tratamentos destacados na literatura está a Terapia Cognitivo Comportamental, que ajuda pessoas com transtornos a remodelarem os pensamentos errôneos. A terapia é unida ao aconselhamento nutricional, abordagem que ajuda o paciente a repensar a alimetação, fugindo de dietas rigorosas, respeitando desejos, preferências, emoções, cultura e regionalidade. O tratamento inicia-se com acompanhamento semanal com psicóloga e quinzenal com nutricionista, por 3 meses. Para agendar o início do tratamento envie uma mensagem. O pagamento pode ser dividido em até 6 vezes, no cartão de crédito.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Metilação prejudicada na síndrome de Down (trissomia do 21)

A metilação de genes é um processo dinâmico e problemas metabólicos em vias específicas parecem associadas ao envelhecimento prematuro. Estudo publicado este ano mostrou que crianças e adolescentes com síndrome de Down possuem mais biomarcadores associados à metilação insuficiente do que pessoas típicas. De fato, os pesquisadores estimavam que, em média, aqueles com síndrome de Down tinham um envelhecimento 3 anos mais acelerado (Obeid et al., 2016).

A metilação pode ser estimulada com o uso de nutrientes específicos. O assunto é tema do curso: Nutrição e Suplementação na Síndrome de Down - https://www.udemy.com/sindrome-de-down/?couponCode=SD2016

Artigo: Obeid, R., Hübner, U., Bodis, M. et al. Plasma Amyloid Beta 1-42 and DNA Methylation Pattern Predict Accelerated Aging in Young Subjects with Down Syndrome. Neuromol Med (2016). doi:10.1007/s12017-016-8413-y.

Para acessar o conteúdo do curso clique aqui.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

GABA diminuído no autismo

Dois estudos de 2016 mostraram um desequilíbrio entre neurotransmissores excitatórios e inibidores em indivíduos com transtornos do espectro do autismo (TEA). Estudo de Robertson, Ratai e Kanwisher (2016) evidenciou uma diminuição de GABA e aumento do glutamato no córtex visual (Robertson, Ratai e Kanwisher, 2016).

Algumas drogas vem sendo investigadas na tentativa de aumentar o GABA (ácido gama-aminobutírico) como valproato, acamprosato e arbaclofeno. Contudo, o uso em crianças com autismo ainda precisa ser melhor estudado (Brondino et al., 2016).

No momento os suplementos de GABA e seus precursores são as estratégias recomendadas, principalmente em crianças com alterações do sono. L-teanina, taurina, glicina, triptofano, vitamina B6, chá verde e chá de folha de maracujá estimulam a produção e/ou melhora o funcionamento dos receptores de GABA.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/