"Não acredito que você tem um transtorno alimentar. Não parece."

Este tipo de frase é muito comum mas nem sempre reflete a realidade. Pode refletir um desconhecimento, pode refletir uma vontade de que as coisas melhorem. Existem muitos tipos de transtornos alimentares e nem todo mundo vai ter isso estampado na cara. Alguns pensam:

  • Ela não é magra o suficiente, não pode ser anoréxica.

  • Ela não é gorda o suficiente, não pode ter compulsão.

  • Ela come na frente dos outros, não pode ser bulímica.

  • Ele está bem, conversando, está ótimo.

  • Estou bem, meu peso é normal…

Só que frequentemente as aparências enganam. Há o estigma do peso normal e o do peso fora do padrão. Só que baixo peso, peso normal, obesidade não excluem transtorno alimentar. Existem pessoas com peso normal e com transtorno, pessoas corada e com transtorno, sem queda de cabelo e com transtorno. Há de tudo.

Sim, o peso é um dado clínico. No entanto, deve ser usado em conjunto com outros dados clínicos (como comportamentos alimentares e de exercícios, comportamentos purgativos, preocupação corporal e alimentar). O diagnóstico de um transtorno alimentar baseia-se em critérios clínicos e deve ser feito por um psiquiatra especialista nesta área.

Olhar apenas para o peso gera um padrão em que esquecemos de outras complicações. Pessoas com transtornos alimentares podem apresentar desequilíbrios eletrolíticos, que aumentam o risco cardíaco e a mortalidade.

O controle do peso depende não só do que comemos mas também de fatores como nível de atividade física, presença ou não de distúrbios dos sono, estresse, ansiedade, isolamento, tédio, falta de suporte social, baixa exposição solar. São muitos os fatores que afetam a saúde física e emocional. Para muitos, não é fácil conciliar todas estas questões, o que acaba afetando o consumo alimentar, o equilíbrio energético e metabólico.

King et al., 2020

King et al., 2020

Pacientes com dificuldades alimentares devem ser acompanhados por uma equipe multidisciplinar que inclui psiquiatra, nutricionista e psicólogo. Não julgue, apoie.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

DISTÚRBIOS ALIMENTARES | DICAS PARA VENCER A COMPULSÃO

O confinamento e o estresse relacionado à pandemia pelo Covid-19 agravou os transtornos alimentares. É o que foi demonstrado em dois estudos recentes. O isolamento social, a ansiedade, a interrupção da atividade física, o tédio e a mudança de rotina aumentou a prevalência de bulimia, dietas malucas e compulsão alimentar (Miniati et al., 2021; Termorshuizen et al., 2020).

O tempo passado nas redes sociais também fez com que muita gente passasse muito tempo exposta ou refletindo sobre imagem corporal. TROQUE PELO CURSO DE YOGA!! No tempo que gasta navegando pode se formar como instrutor, sabia? E se estiver em dificuldade ainda te dou uma bolsa de 50% de desconto!

Atenção: os transtornos alimentares e outras condições de saúde mental costumam estar de mãos dadas. Depressão e ansiedade têm taxas de comorbidade muito altas com transtornos alimentares. Por isso, precisando procure um psicólogo e um psiquiatra. Não tenha medo de pedir ajuda, principalmente em recaídas.

Aprenda a dizer não, a descansar, a parar, a se avaliar, a processar suas emoções. Colorir, meditar, cantar. A psicoterapia também ajuda muito. Falar sobre sentimentos reduz a ansiedade e ajuda no gerenciamento da medicação. Indico a Julia Maciel, psicóloga formada pela UnB e que atende online, por videoconferência. Atividade física, meditação, acupuntura e yoga também vêm mostrado-se importantes complementos ao tratamento tradicional medicamentoso. Cuide-se!

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Por que algumas pessoas comem escondido?

Muitas pessoas só comem se tiverem sozinhas. Ficam ansiosas na frente dos outros, tem medo de se sujar, desconforto por acharem que o que comem ou quanto comem será julgado.

O medo ou receio de comer com outras pessoas pode estragar a vida social. Algumas pessoas precisarão de terapia para vencer este medo. Se for o caso, procure um psicólogo da área de terapia cognitvo comportamental.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/