Metilação prejudicada na síndrome de Down (trissomia do 21)

A metilação de genes é um processo dinâmico e problemas metabólicos em vias específicas parecem associadas ao envelhecimento prematuro. Estudo publicado este ano mostrou que crianças e adolescentes com síndrome de Down possuem mais biomarcadores associados à metilação insuficiente do que pessoas típicas. De fato, os pesquisadores estimavam que, em média, aqueles com síndrome de Down tinham um envelhecimento 3 anos mais acelerado (Obeid et al., 2016).

A metilação pode ser estimulada com o uso de nutrientes específicos. O assunto é tema do curso: Nutrição e Suplementação na Síndrome de Down - https://www.udemy.com/sindrome-de-down/?couponCode=SD2016

Artigo: Obeid, R., Hübner, U., Bodis, M. et al. Plasma Amyloid Beta 1-42 and DNA Methylation Pattern Predict Accelerated Aging in Young Subjects with Down Syndrome. Neuromol Med (2016). doi:10.1007/s12017-016-8413-y.

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Consultoria para famílias
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

GABA diminuído no autismo

Dois estudos de 2016 mostraram um desequilíbrio entre neurotransmissores excitatórios e inibidores em indivíduos com transtornos do espectro do autismo (TEA). Estudo de Robertson, Ratai e Kanwisher (2016) evidenciou uma diminuição de GABA e aumento do glutamato no córtex visual (Robertson, Ratai e Kanwisher, 2016).

Algumas drogas vem sendo investigadas na tentativa de aumentar o GABA (ácido gama-aminobutírico) como valproato, acamprosato e arbaclofeno. Contudo, o uso em crianças com autismo ainda precisa ser melhor estudado (Brondino et al., 2016).

No momento os suplementos de GABA e seus precursores são as estratégias recomendadas, principalmente em crianças com alterações do sono. L-teanina, taurina, glicina, triptofano, vitamina B6, chá verde e chá de folha de maracujá estimulam a produção e/ou melhora o funcionamento dos receptores de GABA.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Vitamina B12 e autismo

Muitas crianças com transtornos do espectro do autismo possuem uma reduzida capacidade de metilar o DNA e elevação de marcadores de estresse oxidativo. 

Estudo mediu a vitamina B12 no cortex pré-frontal de indivíduos com TEA e com esquizofrenia. No cérebro destas pessoas os níveis de B12 chegavam a ser 3 vezes menores do que no de pessoas neurotípicas (Zhang et al., 2012). Esta pode ser uma das causas das dificuldades de metilação.

Estudo aleatorizado com 57 crianças mostrou que a suplementação de 75 mcg/dia de metil B12, a cada 3 dias, por meio de injeções subcutâneas, melhorou significativamente a sintomatologia nos TEA. O estudo na íntegra está disponibilizado online (Hendren et al., 2016).

Quanta B12 suplementar?

Pacientes com B12 baixa ou homocisteína alta ou ácido metilmalônico baixo precisam suplementar B12. Mas quanto? Pois é, idade, sexo, funcionamento de estômago, intestino, condição fisiológica ou patológica e polimorfismos genéticos vão influenciar nas recomendações. Não existe uma dose única para todos. Nutrição é uma ciência.

Qual o melhor horário para suplementar vitamina B12?

Existem poucos estudos sobre esta temática, mas uma pesquisa mostrou que para pessoas que tem dificuldade em dormir, o ideal seria tomar a vitamina B12, para não desregular o ciclo circadiano (Hashimoto et al., 1996).

Se você tem disbiose, redução de HCl, se toma antiácido ou fez uma cirurgia de estômago, terá mais dificuldade de absorver B12. O próprio envelhecimento dificulta a absorção de algumas vitaminas e minerais. Com isso, aumenta a fadiga, o cansaço, a memória se deteriora e sintomas de depressão podem surgir. Mas calma, não precisa correr para tomar injeção de citoneurin (até porque dói pra caramba). Uma ótima opção é a vitamina B12 sublingual.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/