Envelhecimento da pele

O envelhecimento da pele é dependente de fatores genéticos, hormonais e ambientais. O envelhecimento intrínseco é aquele normal, que ocorre conforme vamos envelhecimento. É inevitável e manifesta-se com uma pele mais seca e enrugada.

O envelhecimento extrínseco ocorre como resultado de exposição exagerada ao sol, tabagismo, contato com ambientes poluídos, alimentação inadequada e falta de descanso, principalmente com menos horas de sono do que o organismo precisa. Estes fatores contribuem para o aparecimento de mais rugas, hipopigmentação da pele (aparecem áreas brancas), lesões pigmentadas (áreas mais escuras) e ceratose actínica (lesões avermelhadas e escamosas). Alterações hormonais também exercem influências sobre a pele. Após a menopausa há maior deposição de ferro na pele, o que contribui para o envelhecimento mais acelerado.

A forma mais apropriada de combater o envelhecimento precoce é adotando medidas preventivas, que incluem o uso do protetor solar, a adoção de uma dieta balanceada (sem abuso de calorias e rica em antioxidantes) e cuidados gerais (não fumar, não ingerir bebidas alcóolicas em excesso, praticar atividade física, dormir bem).

O consumo excessivo de açúcar e alimentos de alto índice glicêmico resulta em reparo insuficiente de fibras de colágeno, que sustentam a pele. Por outro lado, a restrição excessiva de gorduras boas, como as presentes no azeite, abacate, açaí e coco, desidrata a pele. Dietas pobres em gorduras boas também costumam ser deficientes em vitamina E, um importante antioxidante. Já as gorduras ruins (principalmente saturadas e trans) aumentam a inflamação e contribui para maior estresse oxidativo, condições que afetam adversamente a saúde da pele e de todo o organismo.

O consumo adequado de líquidos também é imprescindível para uma pele bonita. Água, chás, água de coco e sucos com vegetais são boas opções para a hidratação. Sucos podem incluir folhas verde escuras pois fornecem nutrientes (como fibras e clorofila) que ajudam na eliminação de substâncias indesejáveis, além de vitaminas e minerais fundamentais para o combate aos radicais livres. Os carotenóides, por exemplo, são fotoprotetores naturais, reduzindo a formação de problemas de pele induzidos pela radiação UV. Vegetais alaranjados e amarelados também são ótimas fontes de carotenóides, substâncias precursoras da vitamina A.

Inclua também frutas cítricas no seu cardápio. As mesmas são ricas em vitamina C, outro importante antioxidante. A vitamina C também é fundamental para a síntese de colágeno. O selênio (presente em grande quantidade na castanha do Brasil) também vem sendo bastante estudado. Este mineral participa da defesa do organismo em enzimas como a glutationa peroxidase e a superóxido dismutase.

Por fim, uma pele bonita depende de um intestino saudável. Sintomas como prisão de ventre, gases, dificuldade de digestão sugerem disbiose, que precisa ser tratada para redução da absorção de toxinas e para o adequado aproveitamento dos nutrientes. No caso de desequilíbrios da microbiota (flora intestinal) probióticos podem ser recomendados. Consulte um nutricionista!

Saiba mais no curso online: Nutrição & Estética

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Diferença entre os tipos de arroz

Se você é brasileiro provavelmente cresceu comendo arroz branco todos os dias. Este alimento tão popular é pobre em micronutrientes e fibras, mas existem outras opções. A mais popular é o arroz integral, que contém 4 vezes mais fibras do que o arroz branco.

Estudo de Kazemzadeh e colaboradores (2014) mostrou que a simples substituição do branco pelo integral contribui para a perda de peso, redução da circunferência da cintura e do quadril, do IMC, da proteína C-reativa (um marcador inflamatório) e da pressão arterial. O arroz integral também é mais rico em gama-orizanol, antioxidante que contribui para a redução do diabetes (Sun et al., 2010Kozuka et al., 2013), colesterol (Mäkynen et al., 2012), prevenção de pólipos colorretais (Tantamango et al., 2011) e câncer (Henderson et al., 2012). Teoricamente, o gama-orizanol também pode ajudá-lo a mudar suas preferências para alimentos mais saudáveis (Kozuka et al., 2013). Não é legal? Já o arroz parboilizado é um intermediário entre o arroz branco e o arroz integral. Ele mantém mais vitaminas do complexo B, magnésio, fósforo e potássio do que o arroz branco; mas não é tão rico nutricionalmente quanto o integral.

Mas por quê o arroz branco é mais barato do que o arroz integral, se este último é menos processado? O primeiro motivo é a demanda do mercado. Mais gente consome arroz branco, se produz mais e o preço cai. Outro motivo é o tempo de prateleira. Enquanto o arroz integral dura menos na embalagem original, o arroz branco pode durar até 30 anos (Lloyd et al., 2014). Comida para o apocalipse zumbi!!

Variedades de arroz naturalmente pigmentadas, como o vermelho e o negro podem ser ainda mais protetores contra doenças, como o câncer (Pintha et al., 2014). Um dos motivos é a presença de antocianinas, mesmo fitoquímico antioxidante presente no mirtilo e no açaí (Chen et al., 2006; Hui et al., 2010). Outros compostos (Pereira-Caro et al., 2013) como fibras, flavonas, taninos, esteróis, tocóis, aminoácidos e óleos essenciais tornam o arroz vermelho e o arroz negro importantes no combate aos radicais livres, tumores, aterosclerose, alergias e hiperglicemia (Deng et al., 2013).

Quantidade de fibras nos diferentes tipos de arroz (100 gramas, cozido):

Fibras_no_Arroz
Cream and Peach Feather and Brushstroke Quote Instagram Post Template-3.jpg

Arroz de ontem soltinho

Se você tem arroz de ontem na geladeira e vai esquentar no microondas fique atento à esta dica para deixá-lo soltinho e úmido, como novo: Para cada xícara de arroz que for esquentar, coloque por cima uma pedra de gelo. Leve ao microondas e aqueça. Antes de consumir deixe o arroz descansar ainda por 1 a 2 minutos para que absorva bem a umidade.

Para mais dicas acesse o canal do YouTube.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Deficiência de tiamina (vitamina B1) em diabéticos

Em 2005 o pesquisador inglês Paul Thornalley descreveu em um artigo os sintomas da deficiência aguda de tiamina em diabéticos. Como diabéticos tornam-se deficientes em tiamina? Quando os níveis de açúcar no sangue começam a subir os rins passam a excretar tiamina em uma taxa 16 a 25 vezes acima do normal. Os rins danificados pela glicose não conseguem reabsorver a tiamina.

A tiamina é uma vitamina do complexo B, é fundamental para o adequado funcionamento do sistema nervoso, dos músculos e do coração. Além disso, desempenha um papel importante no metabolismo da glicose. Sua carência aumenta o nervosismo, irritação, fadiga, depressão, pode levar a perda de apetite e energia, dores no abdômen e no peito, sensação de agulhadas e queimação nos pés, perda do tato e da memória e problemas de concentração. No diabético a polineuropatia, nefropatia, retinopatia e doenças cardíacas são comuns e podem ser resultado da carência de B1.

A deficiência ser mais comuns em alcoólatras, desnutridos, pessoas com vômitos frequentes (incluindo gestantes e indivíduos bulímicos), e em pessoas com hipocloridria, devido ao envelhecimento, uso de antiácidos ou pós-cirurgia de estômago, como a gastroplastia.

A recomendação de tiamina para adultos é de 1,1 mg/dia para mulheres e 1,2 mg/dia para homens. A tiamina está presente em uma variedade grande de alimentos, porém em baixa quantidade:

- Feijão preto (0,4mg em 1/2 xícara)

- Macarrão integral cozido (0,2 mg em 1 xícara)

- Abóbora cozida (0,2 mg em 1/2 xícara)

- Espiga de milho cozida (0,1 mg em 1 und grande)

- Carne cozida (0,1 mg em 85g)

- Iogurte natural (0,1 mg em 1 xícara)

- Suco de laranja concentrado (0,1 mg em 1 copo)

Com perdas renais grandes a suplementação passa a ser necessária, sendo recomendada para diabéticos. A benfotiamina é um derivado sintético da tiamina, sendo melhor absorvida e menos excretada que a tiamina dos alimentos. Assim, a mesma acaba protegendo nervos e pequenos vasos contra a glicose circulante. Inibe também a formação de compostos de glicação avançada, que atacam retina, rins e coração. 

A benfotiamina pode ser ainda aliada à vitamina B6 e ao ácido alfa-lipóico para maior proteção do paciente diabético, com menos efeitos colaterais do que drogas tradicionais e muitos resultados positivos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/