A maior parte dos profissionais de saúde não recebe treinamento específico sobre a síndrome de Down (SD). Estudo no Reino Unido, mostrou que nem os profissionais envolvidos diretamente no parto são bem treinados na área, aumentando o número de procedimentos errôneos e afetando a forma como a família recebe as primeiras notícias e cuidados (Bryant et al., 2016).
Estudos na área são necessários e o treinamento dos profissionais é fundamental para evitar iatrogenias (erros e complicações após procedimentos da área médica). Por exemplo, bebês hospitalizados podem passar por procedimentos dolorosos, como extração de sangue, canalização venosa, punção de calcanhar, intubaçao orotraqueal para oxigenoterapia. Bebês típicos rapidamente gritam de dor, mas aqueles com síndrome de Down podem aparentar não sentir dor, recebendo menos cuidados. Porém, pesquisadores já demonstraram desde 2015 que, apesar de bebês com SD não serem tão rápidos em perceber a dor após uma punção, quando a dor é finalmente percebida, persiste por mais tempo. Assim, essa situação deve ser levada em consideração no planejamento de terapias (Cordeiro, Villar, García, 2015).
No Brasil, as associações de Síndrome de Down têm cumprido um papel importante na pesquisa e divulgação de informações e conteúdos da área. As instituições de ensino precisam ter maior cuidado na divulgação de informações uma vez que mais de 300.000 brasileiros possuem a trissomia do cromossomo 21. Profissionais de saúde já formados precisam assumir a responsabilidade pela própria atualização para que possam acolher, estimular, incluir e proporcionar tratamentos mais adequados a cada particularidade observada.
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