Disfunção ou transtorno alimentar (TA) é um termo amplo usado para designar qualquer padrão de comportamentos alimentares que causam severos prejuízos à saúde de um indivíduo. São considerados doenças e inclui anorexia, bulimia, transtorno da compulsão alimentar periódica, dentre outros.
Estudos mostram que cerca de 15% dos homens homossexuais e bissexuais lutam com alguma forma de transtorno alimentar. Alguns podem sentir-se pressionados a alcançar um físico mais magro e musculoso (Heffernan, 1994; Yelland e Tiggemann, 2003; Feldman e Meyer, 2007). Além dos ideais estéticos, outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos alimentares nesta população:
Medo da rejeição;
Internalização de mensagens negativas sobre o próprio corpo ou sobre a identidade de gênero;
Experiências de violência ou estresse pós-traumático;
Discriminação e Bullying;
Insegurança física ou emocional;
Falta de suporte familiar ou isolamento;
Reduzindo conhecimento sobre saúde ou nutrição.
O tratamento dos transtornos alimentares é multidisciplinar envolvendo nutricionista, psicólogo e psiquiatra. Além disso a sociedade pode ajudar de diversas formas:
1) Aumentando a representatividade de homens gays nas diferentes mídias. Eles não são todos musculosos, jovens e brancos. Não memo. Esta é uma representação extremamente restrita, estereotipada, além de irresponsável. O aumento da representatividade e exposição do que é ser gay retira parte da pressão sobre como alguém deve se parecer para ser aceito. Pessoas podem ser atraentes de diferentes maneiras.
2) Ampliar o debate sobre as doenças mentais. HIV/AIDS não é a única preocupação entre homens homossexuais. Eles sofrem mais preconceito, violência e abusos. Estes fatores aumentam a ansiedade e o risco de depressão, distúrbios de autoimagem e transtornos alimentares. Além disso, ainda há um estigma sobre o tratamento mental. Mas procurar ajuda é fundamental e a busca por terapias apropriadas deveria ser a norma e o normal.
Pessoas em sofrimento devem buscar acompanhamento especializado. Dentre os tratamentos destacados na literatura está a Terapia Cognitivo Comportamental, que ajuda pessoas com transtornos a remodelarem os pensamentos errôneos. A terapia é unida ao aconselhamento nutricional, abordagem que ajuda o paciente a repensar a alimetação, fugindo de dietas rigorosas, respeitando desejos, preferências, emoções, cultura e regionalidade. O tratamento inicia-se com acompanhamento semanal com psicóloga e quinzenal com nutricionista, por 3 meses. Para agendar o início do tratamento envie uma mensagem. O pagamento pode ser dividido em até 6 vezes, no cartão de crédito.