Desde a semana passada o assunto mais comentado no mundo da nutrição é a adulteração dos leites do tipo longa vida. São acusadas de acrescentar substâncias não permitidas ao leite vendido em caixas do tipo longa-vida. Ilegal, a adição de soda cáustica e de água oxigenada ao leite torna mais barato o processo de industrialização.
Quando o produto tem microrganismos em excesso, em decorrência da falta de higiene, a água oxigenada age esterilizando-o. Substitui a refrigeração, que é o procedimento recomendado, porém mais caro. A soda cáustica acaba com a acidez do leite provocada por microorganismos e, como o leite não está ácido, tem-se a impressão de que está livre de impurezas. De acordo com as autoridades, em doses concentradas, como as usadas para limpeza doméstica, a soda cáustica provoca queimaduras no esôfago e no estômago, o que leva a uma inflamação aguda, úlceras e sangramentos. No entanto, em pequenas quantidades, a soda cáustica e a água oxigenada não provocam sozinhas danos à saúde.
Com relação à água oxigenada oxida as gorduras do leite e reduz as quantidades de vitaminas A e E presentes no alimento e causando problemas gastrintestinais de leves a graves dependendo da quantidade adicionada. Mesmo quando as conseqüências são pequenas ou inexistentes não deve existir outra substância no leite além do leite. O problema é o fato de esses produtos químicos serem utilizados para mascarar produtos produzidos sem as mínimas condições de higiene, ocultando dos fiscais problemas como rebanho doente e falta de refrigeração adequada.
É um crime de saúde pública que cometem para reduzir custos. A adulteração do leite é uma prática antiga. Algumas cooperativas adiciona água aos laticínios para um aumento de volume. Um dos problemas dessa prática é a diluição das proteínas, fazendo com que o leite perca seu valor nutricional.
A polícia federal prendeu dirigentes e funcionários das cooperativas Casmil e Coopervale porém outros estados além de Minas Gerais podem estar envolvidos na fraude. Por isto, caso perceba qualquer aspecto diferente no leite -cor, odor ou sabor- deve comunicar a Vigilância Sanitária ou entrar em contato com a Anvisa pelo e-mail ouvidoria@anvisa.gov.br.