Coronavírus e o vírus da imunideficiência humana (VIH ou HIV, do inglês)

Pessoas que vivem com o vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus) sem tratamento ou sem adesão ao tratamento adequado podem estar em maior risco de contrair o SARS-CoV-2 (COVID-19). Idosos com HIV devem tomar precauções extras. Aqueles que trabalham, se possível, devem tentar fazê-lo de casa. Mantenha contato com seu médico. O importante é se cuidar para que suas chances de desenvolver sintomas graves relacionadas à infecção pelo coronavírus não seja maior do que o das outras pessoas.

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Pessoas vivendo com HIV que tenham um sistema imunológico comprometido devem ser extremamente cautelosas para evitar a infecção. Isso inclui pessoas com uma baixa contagem de CD4 (<200 cópias / célula), uma carga viral alta, ou uma infecção oportunista recente. Seu sistema imunológico pode não estar preparado para lidar com um novo vírus. Também sabemos que as pessoas que vivem com HIV são mais vulneráveis ​​a infecções respiratórias quando o HIV não é bem gerenciado. Por esse motivo, é muito importante fazer o tratamento antirretroviral conforme prescrito - sempre, mas principalmente durante esse período. Converse com seu médico se você não estiver em tratamento no momento ou se estiver tendo problemas com a adesão.

Os conselhos para as pessoas com HIV são os mesmos que estamos recebendo da comunidade científica mundial:

  • Lave as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 40 segundos.

  • Use um desinfetante para as mãos à base de álcool para situações em que você não tem acesso a água e sabão.

  • Evite tocar seu rosto, porque esta é uma das maneiras pelas quais o vírus entra no seu corpo.

  • Evite pessoas que estão se sentindo mal.

  • Cubra o nariz e a boca com um lenço de papel limpo quando espirrar ou tossir. Depois de jogá-lo fora e lavar as mãos.

  • Use máscara quando sair à rua.

  • Mantenha pelo menos 1 metro de distância entre você e qualquer pessoa.

  • Se você se sentir mal, com tosse seca e temperatura persistentes, fique em casa e ligue para seu médico. Durante esse período, evite o contato próximo com outras pessoas.

  • Tente estocar seu tratamento anti-retroviral, para ter o suficiente por pelo menos 30 dias, idealmente por três meses. Assim, não precisará ir ao posto de saúde toda hora.

  • Garanta que suas vacinas estejam atualizadas.

  • Saiba como entrar em contato com a unidade de saúde próxima de sua casa.

  • Certifique-se de que você está se alimentando bem, se exercitando da melhor maneira possível (mesmo em casa) e cuidando da sua saúde mental

 Lembre-se, a situação do COVID-19 ainda é imprevisível até o momento. À medida que mais pessoas adquirem o vírus, aprenderemos mais sobre como ele se comporta. Proteja-se.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Nutrigenômica e a nutrição 4P

Nosso genoma é composto por 6 bilhões de bases nitrogenadas (adenina, citosina, timina e guanina). A sequência dessas bases (genótipo) nos torna pessoas únicas, com necessidades exclusivas. Nossas variações modificam a forma como respondemos à dieta, à atividade física, aos medicamentos e tantos outros aspectos que influenciam nossa saúde e doença.

Quando conhecemos as informações relevantes do nosso DNA conseguimos individualizar as condutas e potencializar nosso potencial genético. A genômica nutricional é uma das áreas de estudo da nutrição. Contempla o estudo da nutrigenética, da nutrigenômica e da epigenômica nutricional.

A nutrigenética é a ciência que estuda de que forma o perfil genético individual é capaz de influenciar nossas respostas em relação à biodisponibilidade dos nutrientes. A nutrigenômica estuda de que forma o DNA pode influenciar a expressão gênica diante das exposições a diversos alimentos e nutrientes isolados.

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A epigenômica estuda mecanismos que vão além da genética. Vários mecanismos epigenéticos influenciam a expressão gênica como a metilação do DNA, alterações de proteínas histonas e atuação dos microRNAs. A nutrição personalizada tem 4 características:

  • Preventiva - encoraja hábitos saudáveis

  • Preditiva - usa modelos estatísticos para avaliar riscos, mas não faz diagnósticos ou prognósticos

  • Personalizada - baseada no DNA, que é único para cada pessoa

  • Participativa - as decisões são compartilhadas. Os pacientes desempenham papel ativo mudando o estilo de vida e adotando uma rotina diária promotora de bem estar e qualidade de vida.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Disbiose e TDAH

O aumento no número de casos de crianças diagnosticadas com transtornos do neurodesenvolvimento fez com que buscássemos alternativas viáveis para prevenção e tratamento. Por exemplo, está cada vez mais clara a relação entre a saúde intestinal e a função cerebral.

O revestimento do nosso trato digestivo atua como uma barreira com pequenos orifícios que só permitem a chegada na corrente sanguínea de partículas pequenas e inofensivas. No entanto, quando esse revestimento fica comprometido ou mais poroso do que o normal, partículas de alimentos não digeridas e resíduos bacterianos podem entrar na corrente sanguínea, inflamar e ativar o sistema imunológico. O processo é acompanhado de sintomas como inchaço, cãibras, constipação, diarréia, dores de cabeça, fadiga, erupções cutâneas, dores nas articulações, alergias e muito mais. Além destes sintomas clássicos, existem também os sintomas nervosos, como mudanças no comportamento, na capacidade de concentração e aprendizagem.

Por motivos, provavelmente genéticos, crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Aprendizagem (TDAH) podem ter um intestino menos capaz de fixar bactérias probióticas. Com isso, a absorção de vitaminas e minerais também cai, o que pode agravar o quadro.

Pessoas com doença de Chron, doença celíaca, colite ulcerosa, autismo, síndrome de Down, síndrome inflamatória intestinal frequentemente experimentam o mesmo problema. O intestino pode prender ou soltar, dependendo do caso, mas de qualquer forma, a disbiose e a hiperpermeabilidade do intestino contribuem para mais inflamação e alterações comportamentais.

Pesquisas recentes mostram que crianças com TDAH são significativamente mais propensas a problemas intestinais do que crianças neurotípicas, o que mostra a necessidade de mais cuidados nesta área. Cérebro e intestino são conectados e para que um esteja bem o outro precisa estar bem também.

O tratamento da disbiose envolve uso de probióticos, prebióticos, enzimas digestivas, redução no consumo de alérgenos, corantes, alimentos ultraprocessados e adoção de dieta antiinflamatória. As mudanças podem ser feitas gradativamente, mas é importante começar por algum lugar.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/