Suplementação de gestantes em situação de emergência

Vitaminas e minerais essenciais são micronutrientes, componentes da dieta necessários em pequenas quantidades para suportar praticamente todas as atividades metabólicas do corpo humano, incluindo sinalização celular, produção de anticorpos, hormônios, regulação do crescimento e equilíbrio geral do organismo.

Na gestação a necessidade de alguns micronutrientes aumenta e, por isso, é comum que nutricionistas e médicos prescrevem suplementos multivitamínicos e minerais para mulheres grávidas. Contudo, uma dieta variada e bastante nutritiva costuma ser suficiente para que a mulher consiga suprir estas necessidades aumentadas, mesmo que não possa comprar suplementos específicos para a gravidez. Exceções costumam ser o ferro e o ácido fólico, fornecidos pelo sistema público de saúde. Solicite na consulta de pré-natal.

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Contudo, em situações de emergência, estes e outros nutrientes podem ser necessários na forma de suplemento, especialmente se a mulher encontra-se em situação de insegurança alimentar e não tem acesso à uma alimentação variada todos os dias. Moradoras de rua, mulheres sem renda e sem apoio familiar, gestantes em situações precárias deveriam ser então ser incluídas em políticas públicas diferenciadas.

Recomendações de suplementação em situação de emergência:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

TDAH em mulheres - desafios e tratamento

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é tipicamente percebido como um distúrbio dominante no sexo masculino, mas isso é um equívoco. O TDAH não exclui mulheres; é apenas exibido de forma diferente. Enquanto homens com TDAH apresentam mais agitação, mulheres com o transtorno tendem a exibir o tipo mais desatento.

Enquanto homens apresentam mais problemas de conduta, agressividade, maior risco de delinquência e atuação externa (Quinn & Wigal, 2004); mulheres com TDAH tendem a sofrer mais de depressão, distúrbios alimentares. Aliás, mais de 90% de pessoas com TDAH podem sofrer de compulsão alimentar (Capusan et al., 2017). As mulheres com TDAH são mais prováveis sofrer depressão, abuso de substâncias e distúrbios alimentares, tendendo a permanecer muito mais tempo sem um diagnóstico correto.

Os sintomas comuns entre as mulheres que têm TDAH incluem esquecimento, falta de organização e baixa auto-estima. Algumas são mais reativas emocionalmente, tendem a querer agradar as pessoas, tentam enquadrar-se nas normas sociais e manter o controle frente às expectativas da sociedade.

Como podem permanecer sem diagnóstico acabam não beneficiando-se de programas escolares adequados. Por isso, tendem a sofrer mais também, afetando a vida acadêmica, laboral e pessoal. Os comportamentos de risco mais comuns em mulheres com TDAH não tratadas são o abuso de substâncias (álcool, comida, drogas) e promiscuidade (Hobbs, 2019).

São vários os polimorfismos genéticos relacionados ao maior risco de TDAH como DRD1, DRD2, DRD4, DRD5, DAT, COMT, MAO, NET1, ADRA2A (Capusan et al., 2017). Terapia cognitivo-comportamental, medicação, yoga, meditação, atividade física e melhorias na dieta fazem parte do tratamento da mulher com TDAH.

No TDAH também pode haver depleção de enzimas antioxidantes como SOD e glutationa e maior atividade inflamatória cerebral. Neste sentido, alguns outros compostos vêm sendo sugeridos como Ômega-3, EGCG, curcumina, picnogenol, ginkgo biloba e passiflora incarnata (Verlaet et al., 2018). Atenção: EGCG não deve ser utilizado por quem tem alteração de COMT na forma lenta. Por isso, sempre consulte-se com nutricionista para que a melhor decisão seja tomada para seu caso.

Suplementação mínima: associar Ômega-3 com TDAH Control all in one. Fazer modulação intestinal, sempre que necessário. Para individualização marque aqui sua consulta.

A psicoterapia também ajuda muito. Falar sobre sentimentos reduz a ansiedade e ajuda no gerenciamento da medicação. Indico a Julia Maciel, psicóloga formada pela UnB e que atende online, por videoconferência.

Não fique sem tratamento. Nossa equipe de nutricionista e psicóloga podem lhe ajudar com muitas estratégias para que consiga navegar melhor pela vida. Agende sua consulta.

Livros para explicar o TDAH para crianças

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Estresse e dor de cabeça tensional

O estresse é gerado pela excitação emocional, que perturba o equilíbrio cerebral. Com o estresse há maior produção de neurotransmissores como a adrenalina (epinefrina) que gera diferentes respostas cognitivas, comportamentais e fisiológicas (incluindo a dor de cabeça).

Vários acontecimentos podem gerar estresse e tensão crônica. A resposta ao estresse depende, em grande medida, da genética e também da forma como cada pessoa filtra e processa a informação recebida. Por exemplo, com o enclausuramento gerado pelo coronavírus, cada pessoa está lidando com o estresse de uma forma.

No cérebro, o estresse também aumenta a liberação de, glutamato, dopamina e cortisol. Ao mesmo tempo, a serotonina e o GABA tendem a cair. Apesar desta resposta ser normal a mesma pode ser atenuada com estratégias de estilo de vida (terapia, meditação, uso de óleos essenciais, prática de yoga) e também com a alimentação e suplementação adequadas.

Por exemplo, L-teanina modula GABA. Esta via GABA/glutamato também é modulada por zinco, magnésio, antioxidantes, ômega-3, taurina, ácido lipóico e colina. Para modular serotonina podemos usar L-triptofano, 5-HTP ou Griffonia simplicifolia. Para modular dopamina podemos utilizar fitoterápicos como Mucuna pruriens ou Colleus forskolli, assim como diversos nutrientes (cromo, vitamina B1, B6, B2 e B5).

Vários adaptógenos também podem ser utilizados para regular a liberação de cortisol e outros hormônios do estresse, incluindo Ashwagandha, Rhodiola rósea, Crocus sativus, fosfatidilserina, beta-sitosterol, Urtiga dioica.

Dores de cabeça

Existem várias razões para ocorrência de dores de cabeça, o desequilíbrio emocional é uma delas. Mas podem acontecer também por alterações hormonais, deficiências nutricionais, disbiose intestinal, doenças (aneurisma, hipertensão), intolerâncias alimentares, contato com toxinas etc.

No caso do estresse, os picos de cortisol são um dos desencadeadores de dores de cabeça. O estresse também pode nos manter acordados à noite e o sono de baixa qualidade tem sido associado ao aumento da frequência da enxaqueca. Além disso, quando estamos estressados, tendemos a apertar os músculos dos ombros, pescoço e até couro cabeludo, aumentando o risco de dores de cabeça. Por isso, práticas como yoga são tão importantes em momentos de maior estresse e ansiedade.

O excesso de cafeína (mais de 400 mg ou quatro xícaras de café) também pode causar dores de cabeça, pois desencadeia uma resposta de abstinência no corpo quando você não está ingerindo café. Isso também acontece quando você combina cafeína e analgésicos se já tiver dor de cabeça, levando ao que é conhecido como dor de cabeça de rebote.

Para ajudar a controlar a inflamação cerebral, tente dormir bem, praticar yoga, cuidar do intestino consumindo frutas, verduras, kefir, alimentos antiinflamatórios. para aliviar a tensão você também pode fazer caminhadas e consumir boas fontes de ômega-3 (ou suplementar o óleo), evitar picos de açúcar no sangue e conversar com seu nutricionista sobre o melhor fitoterápico para seu caso.

ADAPTÓGENOS RECOMENDADOS NA EUROPA

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/