O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é tipicamente percebido como um distúrbio dominante no sexo masculino, mas isso é um equívoco. O TDAH não exclui mulheres; é apenas exibido de forma diferente. Enquanto homens com TDAH apresentam mais agitação, mulheres com o transtorno tendem a exibir o tipo mais desatento.
Enquanto homens apresentam mais problemas de conduta, agressividade, maior risco de delinquência e atuação externa (Quinn & Wigal, 2004); mulheres com TDAH tendem a sofrer mais de depressão, distúrbios alimentares. Aliás, mais de 90% de pessoas com TDAH podem sofrer de compulsão alimentar (Capusan et al., 2017). As mulheres com TDAH são mais prováveis sofrer depressão, abuso de substâncias e distúrbios alimentares, tendendo a permanecer muito mais tempo sem um diagnóstico correto.
Os sintomas comuns entre as mulheres que têm TDAH incluem esquecimento, falta de organização e baixa auto-estima. Algumas são mais reativas emocionalmente, tendem a querer agradar as pessoas, tentam enquadrar-se nas normas sociais e manter o controle frente às expectativas da sociedade.
Como podem permanecer sem diagnóstico acabam não beneficiando-se de programas escolares adequados. Por isso, tendem a sofrer mais também, afetando a vida acadêmica, laboral e pessoal. Os comportamentos de risco mais comuns em mulheres com TDAH não tratadas são o abuso de substâncias (álcool, comida, drogas) e promiscuidade (Hobbs, 2019).
São vários os polimorfismos genéticos relacionados ao maior risco de TDAH como DRD1, DRD2, DRD4, DRD5, DAT, COMT, MAO, NET1, ADRA2A (Capusan et al., 2017). Terapia cognitivo-comportamental, medicação, yoga, meditação, atividade física e melhorias na dieta fazem parte do tratamento da mulher com TDAH.
No TDAH também pode haver depleção de enzimas antioxidantes como SOD e glutationa e maior atividade inflamatória cerebral. Neste sentido, alguns outros compostos vêm sendo sugeridos como Ômega-3, EGCG, curcumina, picnogenol, ginkgo biloba e passiflora incarnata (Verlaet et al., 2018). Atenção: EGCG não deve ser utilizado por quem tem alteração de COMT na forma lenta. Por isso, sempre consulte-se com nutricionista para que a melhor decisão seja tomada para seu caso.
Suplementação mínima: associar Ômega-3 com TDAH Control all in one. Fazer modulação intestinal, sempre que necessário. Para individualização marque aqui sua consulta.
A psicoterapia também ajuda muito. Falar sobre sentimentos reduz a ansiedade e ajuda no gerenciamento da medicação. Indico a Julia Maciel, psicóloga formada pela UnB e que atende online, por videoconferência.
Não fique sem tratamento. Nossa equipe de nutricionista e psicóloga podem lhe ajudar com muitas estratégias para que consiga navegar melhor pela vida. Agende sua consulta.