Sistema límbico e regulação das emoções

Leia a lista de sintomas abaixo e classifique-se, usando a escala a seguir:

0 = Nunca | 1 = Raramente | 2 = Ocasionalmente | 3 = Frequentemente | 4 = Muito frequentemente

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  • Sensação de tristeza

  • Mau humor

  • Negatividade

  • Pouca energia

  • Irritabilidade

  • Pouco interesse nos outros

  • Sensação de desesperança no futuro

  • Sensação de impotência ou mãos atadas

  • Insatisfação ou tédio

  • Culpa excessiva

  • Sentimentos suicidas

  • Choro

  • Pouco interesse em coisas geralmente divertidas

  • Alerações no sono (muito pouco ou demasiado)

  • Alterações no apetite (muito pouco ou demasiado)

  • Baixa autoestima

  • Pouco interesse no sexo

  • Sensibilidade negativa a aromas/odores

  • Esquecimento

  • Dificuldades de concentração

Cinco ou mais sintomas com 3 ou 4 pontos indicam elevada probabilidade de problemas no sistema límbico. O mesmo fica próximo ao centro do cérebro e permite que os mamíferos sintam e exprimam emoções. Esta parte do cérebro está envolvida na definição do tom emocional. Quando está menos ativo, há geralmente um estado de equilíbrio positivo. Quando está inflamado, ou hiperativo, a negatividade pode dominar.

O sistema limbico também está envolvido no armazenamento de recordações com grande carga emocional, positivas e negativas. Afeta a motivação nos arrancando da cama pela manhã. Porém, sua desregulação acarreta em baixo ímpeto, como acontece na depressão. As estruturas límbicas também estão relacionadas ao vínculo com as pessoas. Somos seres sociais e, se não criamos vínculos não nos sentimos bem.

Por fim, o sistema límbico está associado ao processamento do olfato. Por isso, aromas têm um impacto enorme nas emoções. Para tratar o sistema límbico devemos focar a ligação com aromas agradáveis, aprender a gerir as recordações, melhorar padrões de pensamento e criar vínculos positivos.

Em artigo anterior expliquei os principais tipos de pensamentos disfuncionais e como corrigí-los. Você também pode trabalhá-los na terapia (indico a psicóloga Julia Maciel, que atende por videoconferência pessoas de qualquer parte do mundo).

Rodeie-se de pessoas positivas. Evite pessoas que denigrem suas iniciativas, rebaixam suas ideias e sonhos. Os humores e ideias dos outros nos contagiam. Por isso, esteja com pessoas bem humoradas, motivadas, que contagiam de forma positiva.

O sistema límbico também está envolvido no vínculo físico. Por isso, não subestime a importância de abraços e carinhos. Abrace os animais de estimação, as crianças, seus pais, seu parceiro amoroso. O toque é essencial ao bem-estar. Você também pode recorrer às massagens se estiver precisando de contato físico. Não esqueça da atividade física. Movimentar o corpo aumenta a liberação de endorfinas que trazem sensação de bem-estar. A atividade física também aumenta o fluxo sanguíneo em todo o cérebro, fazendo-o funcionar melhor.

Conheça mais sobre a aromaterapia. O uso de óleos essenciais evocam recordações agradáveis, relaxam, melhoram o humor e a disposição. Você pode usá-los durante a meditação, aproveitando para criar uma biblioteca de boas recordações. Faça uma lista de 10 momentos felizes de sua vida. Descreva-os com o máximo de detalhes possível. Dê vida às suas imagens mentais? Onde estava? Havia música? Que aromas haviam no ar?

Alimente-se adequadamente para nutrir seu cérebro. A falta de ômega-3 faz com que o cérebro fique mais inflamado. A carência de proteína e/ou vitaminas do complexo B reduz a fabricação de neurotransmissores. Aprenda muito mais sobre estes aspectos no curso PsicoNutrição.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Acrilamida, câncer e diabetes

A acrilamida é um produto químico usado em indústrias como papel e celulose, construção, fundição, perfuração de petróleo, têxtil, cosméticos, processamento de alimentos, plásticos, mineração e indústrias agrícolas. É usado na fabricação de papel, corantes e plásticos, e no tratamento de água potável e efluentes. Pode ser encontrada em pequenas quantidades em produtos de consumo, incluindo embalagens de alimentos e alguns adesivos. Também está presente na fumaça do cigarro. Pode ainda formar-se naturalmente a partir de reações químicas em certos tipos de alimentos ricos em amido, após o cozimento em altas temperaturas.

Com base em estudos em animais de laboratório, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, o Programa Nacional de Toxicologia e a Agência de Proteção Ambiental, todos nos Estados Unidos, classificam a acrilamida como um provável composto cancerígeno. Estudos em humanos são raros mas espera-se que mais informações surjam em breve.

De qualquer forma, em 2016, o FDA dos EUA (equivalente da ANVISA, no Brasil) emitiu orientações para ajudar a indústria de alimentos a reduzir a quantidade de acrilamida em certos alimentos. Além disso, recomenda-se um baixo consumo de alimentos ultraprocessados como torradas prontas empacotadas, batatas fritas, bolos, biscoitos e cereais matinais, pois são os alimentos com maior teor de acrilamida. Evitar também frituras em casa e alimentos deixados em muito alta temperatura.

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A acrilamida também parece aumentar o risco de diabetes

Estudos mostram que a acrilamida inflama, reduz a diferenciação adipocitária e obesidade em camundongos (Lee & Pyo, 2019). O excesso de peso é um dos principais fatores de risco para diabetes. Com o consumo de acrilamida o estresse oxidativo é aumentado, o que aumenta o risco de degeneração celular, neurotoxicidade, genotoxicidade, hepatotoxicidade, disfunção mitocondrial (Kunnel et al., 2019).

As mitocôndrias são as usinas energéticas das células. Quando há disfunção mitocondrial, há maior acúmulo de gordura e toxinas, o que compromete a capacidade da insulina ligar-se aos receptores na membrana das células. Este processo contribui para a resistência à insulina. Para melhoria da função mitocondrial alguns suplementos podem ser prescritos por nutricionista, incluindo pirroloquinolina quinona (PQQ), coenzima Q10 e carnitiina. Para redução do estresse oxidativo o nutricionista poderá trabalhar com compostos como NAC, eugenol, crisina, rutina, quercetina, alicina e resveratrol.

A acrilamida também pode ser mais prejudicial para quem já é diabético. Em estudo publicado em 2018 a acrilamida (50 mg/Kg) foi administrada diariamente por via intraperitoneal a ratos normais e diabéticos durante 2 semanas. Seu impacto foi avaliado por histopatologia, western blot e análises bioquímicas. Os níveis séricos de alanina aminotransferase (enzima do fígado), nitrogênio da uréia no sangue, ácido úrico, creatinina e desidrogenase de lactato em ratos diabéticos tratados com acrilamida foram maiores do que em ratos não diabéticos tratados com acrilamida. Além disso, lesões no tecido hepático e renal induzidas pela acrilamida foram mais graves em ratos diabéticos do que em ratos normais. A maior toxicidade da acrilamida para ratos diabéticos pode ser causada pela superexpressão da monooxigenase do CYP2E1, resultando potencialmente na formação metabólica da glicidamida mais reativa (Karimani et al., 2018).

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Deficiência de B12 compromete a memória

Dormência nos membros, sensação de estar sendo espetado por agulhas, dificuldade para caminhar, dores nas articulações, falta de ar, problemas de memória, dificuldade de digestão de alimentos, cansaço, depressão, paranóia, delírios, perda de paladar e olfato… Todos estes são sintomas da deficiência grave de vitamina B12. O corpo humano precisa de vitamina B12 para produzir glóbulos vermelhos, nervos, DNA e substâncias que o protegem. Assim como a maioria das vitaminas, a vitamina B12 não pode ser produzida pelo organismo, devendo ser obtida a partir de alimentos ou suplementos.

Ovos, carnes e laticínios são fontes de B12. Veganos devem suplementar obrigatoriamente a vitamina. Além disso, idosos, pessoas com doença celíaca ou doença de Crohn, ou aqueles que não produzem quantidades adequadas de ácido clorídrico ou que fazem uso de antiácidos absorvem mal a B12 e também devem suplementgar.

As pessoas que fizeram cirurgia bariátrica para perda de peso também têm maior probabilidade de ter deficiência da vitamina porque a operação interfere na capacidade do corpo de extrair a B12 dos alimentos. Identificar a carência de B12 é fácil. Basta fazer um hemograma comum. Aprenda mais no vídeo:

Quanta B12 suplementar?

Pacientes com B12 baixa ou homocisteína alta ou ácido metilmalônico baixo precisam suplementar B12. Mas quanto? Pois é, idade, sexo, funcionamento de estômago, intestino, condição fisiológica ou patológica e polimorfismos genéticos vão influenciar nas recomendações. Não existe uma dose única para todos. Nutrição é uma ciência.

Qual o melhor horário para suplementar vitamina B12?

Existem poucos estudos sobre esta temática, mas uma pesquisa mostrou que para pessoas que tem dificuldade em dormir, o ideal seria tomar a vitamina B12, para não desregular o ciclo circadiano (Hashimoto et al., 1996). A suplementação pode ser feita via oral, intramuscular, nasal ou sublingual e as dosagens dependem da idade e condição clínica de cada paciente.

Se você tem disbiose, redução de HCl, se toma antiácido ou fez uma cirurgia de estômago, terá mais dificuldade de absorver B12. O próprio envelhecimento dificulta a absorção de algumas vitaminas e minerais. Com isso, aumenta a fadiga, o cansaço, a memória se deteriora e sintomas de depressão podem surgir. Mas calma, não precisa correr para tomar injeção de citoneurin (até porque dói pra caramba). Uma ótima opção é a vitamina B12 sublingual.

Se precisar de ajuda marque aqui sua consulta: https://andreiatorres.com/consultoria

Aprenda mais sobre a importância dos nutrientes para o cérebro no curso online PsicoNutrição

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/