RESULTADO DE PESQUISA: dieta com muito baixo teor de carboidratos para o controle do diabetes

Estudo recente denominado Virta Health foi publicado na revista científica Frontiers in Endocrinology. O mesmo mostrou os resultados de 2 anos de acompanhamento de 262 pacientes com diabetes tipo 2, seguindo uma dieta com muito baixo teor de carboidratos (BTC). Outros 87 pacientes receberam o tratamento padrão para diabéticos, proposto pela American Diabetes Association.

Em dois anos, o grupo de intervenção seguindo dieta com baixo teor de carboidratos (BTC) apresentou resultados impressionantes. Mais de 94% puderam reduzir a quantidade de insulina usada. Do total, 67% eliminou o uso de insulina e outros medicamentos usados no tratamento do diabetes. A perda de peso média foi de cerca de 11,9kg, sendo que 3/4 dos participantes perderam pelo menos 5% do peso corporal.

Marcadores de risco cardiovascular, como triglicérides diminuíram , enquanto o colesterol “bom” (HDL) aumentou no grupo BTC. Marcadores da função hepática também melhoraram e não foram observadas alterações adversas na função da tireóide ou dos rins.

Por outro lado, o grupo que recebeu as recomendações habituais de cuidado e nutrição do diabetes não sofreu reversão ou melhora da doença. Na verdade, alguns dos participantes do tratamento usual precisaram aumentar a dosagem de medicamentos utilizados, durante os 24 meses de estudo.

Embora este não tenha sido um estudo controlado e aleatorizado, que é o “padrão ouro” para evidências científicas, a pesquisa traz uma opção de tratamento para os pacientes diabéticos que desejem testar uma abordagem diferente para o melhor controle da doença.

À medida que mais pesquisas que apóiam os benefícios das dietas com restrição de carboidratos para diabéticos são publicados, nutricionistas e médicos precisam realizar adaptações em suas recomendações, ajustando nutrientes e medicamentos. Acaba de ser publicado no British Journal of General Practice um guia para o ajuste de medicação de pacientes diabéticos que seguem dietas BTC.

Estas adaptações são necessárias para que a hipoglicemia e seus efeitos (tontura, dor de cabeça, confusão mental, irritabilidade, fome) sejam evitados. Os autores discutem também o risco de cetoacidose diabética (CA), condição grave, caracterizada por náuseas, vômitos, dor abdominal. A perda de eletrólitos na CA pode ainda causar edema cerebral, coma e morte. Por isso, os autores sugerem a eliminação de medicamentos inibidores do co-transportador de sódio e glicose 2 - SGLT2, como empaglifozina (Jardiance), dapaglifozina (forxiga) e canaglifozina (Invokana), assim que iniciam uma dieta com poucos carboidratos (Murdoch et al., 2019).

Suplementos usados no tratamento do diabetes na Europa

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Sangue na fralda de bebês indica alergia ao leite de vaca

Fissuras são feridas, rachaduras ou cortes na pele que reveste o ânus. Podem ser geradas por traumas que ocorrem ao evacuar fezes muito endurecidas. A dor pode ser intensa, agravando-se durante a defecação. Pode haver também sangramento.

As alergias alimentares afetam entre 7 a 8% das crianças, sendo a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (PLV) a mais comuns. Os sintomas podem incluir diarreia, náuseas, vômitos, cólicas, baixo ganho de peso, placas vermelhas na pele (urticária) inchaço nos lábios ou olhos, chiado no peito e irritabilidade intensa. Outro problema é o sangramento retal, principalmente nos 3 primeiros meses de vida. O sangramento também pode ser ocultado nas fezes, ficando imperceptível a olho nu.

A primeira opção de substituição do leite de vaca costuma ser o leite de soja. Contudo, este também possui alto poder alergênico. Entre 30 a 60% dos bebês que possuem alergia à PLV também possuem alergia à soja.

Vale enfatizar que lactentes em aleitamento materno exclusivo também podem apresentar sintomas similares porque o leite de vaca e outras proteínas da dieta podem estar presentes na composição do leite materno. A realização de retoscopia com a obtenção de fragmentos retais para análise são extremamente úteis para o estabelecimento do diagnóstico de inflamação retal induzida por proteínas da dieta.

Crianças sem o tratamento adequado podem desenvolver fissura anal, que dependendo da gravidade, pode requerer tratamento cirúrgico. Mesmo assim, antes de optar por cirurgia o ideal é excluir proteínas alergênicas da dieta do bebê e, caso a mãe esteja amamentando, excluir leite, queijo, iogurte, requeijão e tudo o que houver leite de sua dieta.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

A influência de diferentes partes do cérebro no consumo alimentar

Partes diferentes do cérebro focam nas coisas à sua própria maneira. Por exemplo, o córtex pré-frontal está constantemente trabalhando, pensando na melhor forma de fazermos as coisas, tentando prever o que irá acontecer a seguir, decidindo o que é bom e o que é ruim para nós.

Já o sistema límbico, uma parte muito antiga do nosso cérebro e engloba, foca nos sentimentos e sensações. É ele que percebe se estamos tristes, cansados, alegres, famintos, saciados ou com sede. O problema é que o córtex pré-frontal não para. Tenta chamar nossa atenção o tempo todo. Enquanto isso, deixamos de pensar atenção ao nosso mundo interno. É por isso, que muita gente tem tanta dificuldade de saber o que está sentindo. É por isso que muita gente só consegue parar quando tem um ataque cardíaco. Este, claro, não aconteceu de uma hora para outra, mas é comum ignorarmos os sinais de alerta do corpo.

Por exemplo, seu sistema límbico diz: “Estou com fome. Vá até a cozinha”. Enquanto isso seu córtex pré-frontal, que tudo anaisa diz: “Você não deveria, precisa emagrecer”. Sem ouvir o corpo é comum as pessoas não comerem mesmo com fome. Ao mesmo tempo, ficar com fome é desagradável e, quando a compulsão bate, é comum a comilança exagerada, mesmo sem fome. Cultivando a conexão com nosso mundo interior, podemos começar a entrar em contato com sensações e emoções, sem a narração problematizadora e analítica do córtex pré-frontal.

O livro o poder do agora fala da importância desta conexão com o momento presente. Fiz um resumo para você:

O yoga possui técnicas como respiratórios e meditação que facilitam nossa conexão com o aqui e agora. Aprenda mais nos cursos online:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/