Pessoas com autismo podem fazer uso de glutamina?

O autismo é um transtorno heterogêneo que vem aumentando em prevalência em todo o mundo. Apesar de alterações na sociabilidade e comunicação sejam comuns, não existem dois indivíduos com autismo iguais. Podem ser identificados alterações diversas como problemas de sulfatação, menor produção de glutationa, estresse oxidativo, desequilíbrio no metabolismo de neurotransmissores, dificuldades na eliminação de toxinas.

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Muitos pesquisadores focam no estudo dos aminoácidos e sua influência na produção de neurotransmissores em indivíduos no espectro do autismo. Muitas vezes observa-se aumento nos níveis de glutamato e homocisteína e redução nos níveis de glutamina (Ghanizadeh, 2013; Zheng et al., 2016).

Assim, seria-se de esperar que a suplementação de glutamina pudesse ser benéfica já que é importante para a imunidade e para o bom funcionamento intestinal.

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Estudos mostram que a glutamina pode melhorar a função mental pois, ao ser transformado novamente em glutamato, favorece a síntese de GABA, um importante neurotransmissor. Para as pessoas que estão com os níveis de glutamato normais a suplementação de glutamina poderá favorecer a saúde e a linguagem.

Já quando o metabolismo do glutamato está alterado a suplementação de glutamina deve ser muito cuidadosa, já que esta também será convertida a glutamato, o qual tem um efeito excitatório. Mas existem substitutos para a glutamina para quem precisa tratar o intestino e não pode usar este aminoácido, como glicina, arginina, triptofano, tirosina e colágeno hidrolisado, a depender de cada caso. Toda suplementação deverá ser individualizada e feita com acompanhamento de nutricionista e neuropediatra.

Cuidado também com produtos contendo aspartame e conservante ácido benzóico, pois estes aumentam muito glutamato e neuroinflamação.

Neste novo vídeo dou uma pincelada na relação entre nutrição, comportamento, estereotipias e disfunção sensorial:

Curso online: nutrição no autismo

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Fitoterapia na administração do estresse

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O estresse é a soma de respostas físicas e mentais causadas por estímulos internos ou externos. Um pouco de estresse pode ser bom, nos mobilizando para a ação. 

Porém, muito estresse pode gerar angústia, ansiedade e depressão, sugando as alegrias da vida. O estresse excessivo também aumenta o risco de doenças, principalmente as relacionadas ao sistema cardiovascular.

Atividade física, yoga, meditação, descanso, lazer e terapia podem ajudar a reduzir o estresse. Mas hoje o foco são as plantas medicinais adaptógenas. Os adaptógenos fazem justamente o que prometem: nos ajudam na adaptação a situações estressantes ou extremas da vida.

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Várias e condimentos possuem efeito relaxante. Dentre elas destacam-se o gengibre, o mulungú, o ginseng, a rhodiola rosea, a ashwagandha, a passiflora e a valeriana. Hoje vou escrever sobre três deles:

Ginseng: contém gingenosídeos que restauram a função das glândulas adrenais, melhoram o rendimento físico e cognitivo, o humor, além de reduzirem as taxas de açúcares no sangue. Mas não deve ser utilizado por gestantes, mulheres que estão amamentando e pessoas com doenças autoimunes.

Rhodiola rosea: reduz estresse, ansiedade e sintomas da depressão. Seus efeitos estão associados ao aumento dos níveis de serotonina e dopamina. Não deve ser administrada para crianças, gestantes e lactantes.

Ashwagandha: reduz os níveis de cortisol, reduzindo a inflamação,  melhorando a qualidade do sono e reduzindo o estresse. Equlibra níveis hormonais mas não deve ser ingerido por gestantes nem pessoas com doenças autoimunes.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Alimentos ácidos podem aumentar a sensibilidade nos dentes

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Quando o esmalte dentário está íntegro e forte é impermeável. Contudo, pode se desgastar quando há cárie, lesão, fratura ou um consumo excessivo de alimentos ácidos, como refrigerantes, isotônicos, limão, vinagre, tamarindo e suco de frutas ácidas.

Quando  há desgaste o esmalte os canalículos que ficam no centro do dente e levam o nervo da polpa até a superfície ficam expostos e causam dor. Neste caso, a consulta com o odontologista é essencial. O profissional fará o diagnóstico adequado e sugerirá o melhor tratamento.

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No caso de dor, escolha uma escova de dentes com cerdas macias e pastas específicas para dentes sensíveis. Evite alimentos muito ácidos e caso os ingira higienize rapidamente os dentes.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/