Pregorexia: anorexia na gestação

Adoro passear pelo Instagram, passear pelas diferentes imagens do mundo, vendo coisas, pessoas e comidas diferentes. Acontece que o Instagram também nos coloca mais uma vez em contato com bizarrisses. A moda agora é mostrar a barriga gestante sarada, super musculosa. Sim, você pode malhar na gravidez, fazer musculação com o personal trainer na gravidez, se manter em forma na gravidez. Mas existe uma divisão entre o normal e o patológico. Gestantes não devem comer por dois, todo mundo sabe. Mas gestantes também não devem ficar sem comer, todo mundo sabe. A anorexia é um transtorno psiquiátrico e pode acometer mulheres de qualquer idade, inclusive na gestação.

O termo pregorexia combina as palavras pregnancy (gestante, em inglês) e anorexia. Descreve gestantes que, com medo de ganhar peso durante a gravidez, acabam ficando desnutridas, comprometendo a própria saúde e também a do bebê. A subnutrição aumenta o risco de abortos, prematuridade, bebês com baixo peso e maior risco de morrer ao nascer. Sei que a maioria das gestantes gosta de ouvir: "você está ótima, quase não se percebe que está grávida". Exercer tanto controle em um período em que o corpo está expandindo e nutrindo outro ser não é natural.

Mulheres que anteriormente à gestação já apresentavam transtornos alimentares estão sob maior risco de desenvolverem pregorexia. Algumas mulheres pensam que ficarão bem ao engravidar mas ao começarem a ganhar peso uma cascata de pensamentos disfuncionais aparecem. Se você já sofria com transtornos alimentares antes de engravidar procure um psicólogo e um nutricionista para apoio durante toda a gestação. A gestação pode ser o momento da virada, o momento de começar uma vida mais saudável em prol da saúde do bebê que vai chegar. Nunca tenha medo de pedir ajuda ou de aconselhar alguém que precise.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

A controvérsia das estatinas

As estatinas são drogas prescritas por cardiologistas para a redução do colesterol. Apesar das alegações das indústrias farmacêuticas a respeito da importância do uso das estatinas no tratamento das dislipidemias, o que se observou ao longo dos anos foi que a redução do colesterol com o uso do medicamento não foi acompanhada de redução na mortalidade dos pacientes usuários. Ademais, estudos recentes mostram que o uso crônico de estatinas aumenta o risco de diabetes e reduz a capacidade cognitiva (Dubroff e Lorgeril, 2015; Kaess e Vasan, 2011; Ray et al., 2010).

Hoje, a conduta é não deixar lipoproteínas (como o LDL-c) se oxidarem. Ou seja, não deixar que as mesmas percam elétrons. Como fazer isso? Com uma alimentação rica em vitaminas, minerais e fitoquímicos. Dietas ricas em frutas, vegetais e pobres em açúcares, carboidratos refinados e carnes vermelhas (como a mediterrânea e a vegetariana) vem sendo indicadas. Estudos mostram que as mesmas possuem um papel importante na prevenção do câncer, diabetes, doença de Alzheimer e problemas cardiovasculares.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Estresse oxidativo em crianças com síndrome de Down

Causas do estresse oxidativo. Adaptação de: http://www.barrekailua.com/

Causas do estresse oxidativo. Adaptação de: http://www.barrekailua.com/

O estresse oxidativo (desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a disponibilidade de antioxidantes) desempenha um papel importante nos processos degenerativos no cérebro de pessoas com síndrome de Down (SD). A coenzima Q10 vem sido estudada por seu possível papel no reparo enzimático e também na regulação da expressão de genes. Crianças com SD apresentam redução significativa nos níveis de coenzima Q10 e aumento da inflamação (Zaki et al., 2016). 

Estudos com indivíduos típicos mostram que a suplementação de Q10 reduz o dano oxidativo após exercício físico (Pala et al., 2016), em pacientes com doença de Parkinson (Seet et al., 2014) e Alzheimer (Azza et al., 2016). Estudos de larga escala específicos com pessoas com Síndrome de Down ainda fazem-se necessários.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/