Lactobacilos protegem intestino contra o glúten

São várias as desordens relacionadas ao glúten como a doença celíaca (intolerância), a alergia e a sensibilidade aumentada (Sapone et al., 2012Czaja-Bulsa, 2015). Na doença celíaca a exclusão do glúten é o único tratamento e é indispensável para reduzir o risco de má absorção, inflamação intestinal e neoplasias. Na alergia e na sensibilidade também é indicada a exclusão do glúten para melhorar o conforto gastrointestinal e reduzir a inflamação sistêmica. 

Quando o glúten não é removido da alimentação a permeabilidade intestinal aumenta, assim como o ganho de peso, a hiperinsulinemia e o risco de esteatose hepática e diabetes. Revisão publicada em 2015 mostrou que a microbiota saudável é uma importante protetora intestinal, inclusive contra o glúten. Desta forma, sugere-se a suplementação de algumas cepas de lactobacilos (Verdu, Galipeau & Jabri, 2015).

A suplementação deve ser variada, com pelo menos 5 bilhões de bactérias, 2 vezes ao dia, para a correção da disbiose:

Fonte: palestra do Dr. Murilo Leite, maio 2016

Fonte: palestra do Dr. Murilo Leite, maio 2016

COMPLEMENTO ESTAS INFORMAÇÕES NESTE VÍDEO:

Para adequar a suplementação às suas necessidades agende uma consulta.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Não misture antiácidos com sucos, chás e refrigerantes!

Muitos antiácidos possuem alumínio em sua composição. A intoxicação por alumínio aumenta o risco de osteoporose, alterações gastrintestinais, nervosismo acentuado, enxaquecas, esquecimento, dores ósseas e musculares. O alumínio também está presente em utensílios de cozinha, no papel alumínio, nos antitranspirantes e desodorantes, em alimentos e bebidas enlatados, no cigarro e no queijo parmesão fundido.

Antiácidos como o Maalox (hidróxido de alumínio) podem exceder a dose segura de alumínio em até 100 vezes. Contudo, o produto não se refere a isso no rótulo ou ao fato de que a acidez de bebidas pode aumentar a absorção deste metal pesado.  Tomar o antiácido com suco de laranja pode aumentar a absorção de alumínio em até 8 vezes! 

Frutas cítricas reconhecidamente aumentam a absorção de ferro, o que pode ser bom. Mas o mesmo mecanismo leva à absorção de metais pesados e tóxicos, como o alumínio. O chá de hibiscus também é rico em ácido cítrico, que também pode aumentar a absorção de alumínio.

O próprio hibiscus também contém alumínio em pequena quantidade. Contudo,  não existem dados sobre quanto deste metal chega à corrente sanguínea. A erva também  contém ferro e manganês, metais que competem com o alumínio na absorção. Ou seja, a absorção de alumínio não deve ser grande. De fato, atualmente pesquisas sugerem um consumo seguro de chá de hibiscus de até 1,8 litro ao dia para adultos e de até 900 ml ao dia para crianças a partir de 2 anos, gestantes e lactantes. Só não vale tomar chá de hibiscus com antiácidos.

O manganês do hibiscus ao ser absorvidos será incorporado a enzimas antioxidantes importantes para a proteção do organismo. A recomendação de manganês para crianças de 2 anos é de 1,2 mg ao dia e para adultos de 1,6 (mulheres) a 1,9 mg ao dia (homens). Estima-se que 4 xícaras de chá de hibiscus forneçam entre 10 e 17 mg de manganês. Estudo da Universidade de Wisconsin mostrou que mulheres que suplementaram 15 mg de manganês por 4 meses tiveram uma melhoria na atividade de enzimas antioxidantes e menos inflamação.  Outro estudo suplementou 20 mg ao dia a mulheres jovens e saudáveis e não observou nenhum efeito adverso adverso já que o organismo absorve menos manganês quando a disponibilidade é alta. Mesmo assim, não recomenda-se estas dosagens em suplementos pois as mesmas excedem as recomendações máximas. Manganês em excesso também pode interferir na absorção de outros minerais como ferro, magnésio e cálcio.

Ou seja, enquanto o chá de hibiscus não representa um risco quando utilizado sozinho, o uso de antiácidos provavelmente sim, principalmente se tomados indiscriminadamente, sem indicação e acompanhamento médico e associados a sucos ou outras bebidas ácidas, como sucos, refrigerantes e o próprio chá.

Para acessar os artigos citados clique nos links.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/