Sarampo mata. Vacine seu filho!

Hoje é dia da imunização. Dia da vacinação! Ela é muito importante, salva vidas. O sarampo, por exemplo, é uma doença que já havia desaparecido dos Estados Unidos do Brasil e está de volta com força total (leia mais abaixo).

Em 2014, foram identificados 668 casos de sarampo nos Estados Unidos (mais do que em 1/4 do século passado). No Brasil, no ano passado, foram identificados 712 casos. O ano de 2015 começou da mesma forma nos dois países. 

Desde junho de 2014, a Organização Mundial de Saúde emitiu um comunicado expressando preocupação com o crescente número de doenças transmissíveis, incluindo casos de sarampo na Síria, onde cerca de 7.000 casos conhecidos foram relatados até agora.

A causa dos novos surtos é a falta de vacinação. Com a grande circulação de pessoas pelo mundo através das viagens internacionais, a transmissão da doença aumenta entre as pessoas não vacinadas. Esta  não é culpa dos governos de nenhum dos dois países uma vez que a vacina contra o sarampo está no "pacote" das vacinas gratuitas disponibilizadas a todas as crianças. É responsabilidade dos pais e responsáveis vacinar seus filhos, não só para protegê-los mas também para a proteção de todas as pessoas que possam entrar em contato com um indivíduo doente. Não há nenhuma base científica que questione a eficácia e a segurança da vacina tríplice viral, que combate, além do sarampo, a caxumba e a rubéola.

Infelizmente, boa dieta, atividade física e amor não são capazes de proteger as crianças contra o sarampo, doença viral grave e extremamente contagiosa. A doença leva a desnutrição, desidratação e tem como sintomas comuns febre, coriza, conjuntivite, manchas avermelhadas pelo corpo e na boca. 

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, através das secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Crianças que são amamentadas por mães que já tiveram sarampo ou foram vacinadas, possuem temporariamente anticorpos transmitidos por via placentária, conferindo imunidade ao longo do primeiro ano de vida, o que justifica a indicação de vacinação aos 12 meses de vida, quando essa imunidade diminui e o lactente precisa produzir seus próprios anticorpos. Em situações de surto essa indicação pode ser antecipada para antes de um ano de idade. São indicadas duas doses da vacina, uma aos 12 meses e outra aos 15 meses. Crianças pequenas são as mais sujeitas às complicações e risco de morte.

Está com sarampo?

Crianças e adultos com sarampo alimentam-se mal, devido ao mal estar e a dor ao comer (resultado das ulcerações na boca). Diarreia e vômitos contribuem ainda mais para desnutrição e desidratação. A deficiência de vitamina A também é comum em indivíduos com sarampo. 

O tratamento inclui repouso, boa alimentação, hidratação e suplementação de vitamina A e outros nutrientes em indivíduos deficientes ou em risco de deficiência. Consulte um nutricionista para se informar melhor. Pediatras e clínicos também poderão prescrever medicamentos para dor e febre, conforme a necessidade. Não se deve tomar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico, como AAS, aspirina, doril e melhoral, pois aumentam o risco de hemorragia. 

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Sua preocupação com aparência é normal?

Nossa cultura valoriza excessivamente a aparência e isto leva adolescentes, homens e mulheres adultos e idosos a desenvolveram distúrbios de imagem corporal. Estes distúrbios podem dificultar os relacionamentos, reduzir a autoestima e autoconfiança. De acordo com a palestra de Meghan Ramsey no TedX 1 em cada 3 adolescentes deixam de participar de debates em sala de aula para não chamar atenção para a própria aparência. Adolescentes que acham que estão acima do peso em geral vão pior nas provas. E mulheres faltam à entrevistas de trabalho quando não se sentem confiantes com a própria aparência. Pessoas com distúrbios de imagem corporal também estão mais propensas a distúrbios alimentares, depressão, adotam comportamentos mais arriscados (sexo desprotegidos, cirurgias plásticas desnecessárias, dietas malucas, etilismo...).

E suas preocupações com aparência, são normais? Assista ao vídeo abaixo e pense no assunto.

Se você acha que suas preocupações estão excessivas procure um tratamento. A psicoterapia é fundamental. Falar sobre sentimentos reduz a ansiedade e ajuda no gerenciamento da medicação. Indico a Julia Maciel, psicóloga formada pela UnB e que atende online, por videoconferência.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Saiba mais sobre o whey protein

Assim como existem estudos mostrando que o consumo de whey protein pode melhorar a recuperação após o exercício (Hoffman et al., 2008), outros autoresmostram que o mesmo pode ser conseguido com alimentos - até leite com achocolatado (Lunn et al., 2010Karfonta et al., 2010Coleto et al., 2010Ferguson-Stegall et al., 2010).

Suplementar ou não suplementar whey protein? 

Para tentar responder a questão, o Dr. Antonio Paoli, Diretor do Laboratório de Fisiologia e Nutrição da Universidade de Pádua, na Itália, comparou os resultados de 8 semanas de musculação. Os grupos ingeriram 0,85 g ou 1,8 gramas de proteína por quilo de massa corporal. O grupo com maior ingestão proteica atingia a cota estabelecida por meio da suplementação com whey protein. 

Além de medir os ganhos de força e massa muscular, os autores mediram a concentração de miostatina no sangue. A miostatina é uma proteína que nos impede de ganhar massa muscular. Ao final, os ganhos de força e massa muscular foram iguais entre os grupos o que, segundo os autores pode ser explicado pela elevação dos níveis de miostatina no grupo que suplementou (Paoli et al., 2015).

Os autores concordam que existam casos em que a suplementação de proteína seria útil, como nas pessoas com dificuldade de atingir a ingestão proteica diária, em idosos com perda de massa muscular, após gastrectomia, em pacientes com caquexia do câncer. No entanto, o estudo em questão nos mostra que simplesmente tomar (ou comer) algo não irá gerar a resposta fisiológica esperada, já que o ganho de musculatura depende de outros fatores, incluindo treino, genética e descanso.

Outro estudo (Taylor et al., 2016) avaliou os resultados de treino de 8 semanas, em jogadoras de basquete com experiência mínima de 1 ano de musculação. Metade recebeu duas doses de 24g de whey (pré e pós-treino) e a outra metade recebeu a mesma dose de maltodextrina. Esperava-se que o grupo suplementado com o whey protein tivesse melhorias na composição corporal. 

De fato, houve uma discreta melhoria em termos de performance e composição corporal no grupo whey em relação ao grupo maltodextrina. Contudo, o estudo tem algumas limitações: o número de atletas estudadas foi baixo (9 tomaram whey e 6 tomaram maltodextrina). Além disso a dieta estava desbalanceada. O grupo maltodextrina ingeria apenas 1,08 g de proteína por quilo de massa corporal, valor abaixo das recomendações para este tipo de esporte (1,6g/kg de peso). 

Portanto, o estudo não comparou necessariamente os efeitos do whey protein e sim os resultados obtidos por um grupo deficitário em proteínas e um que alcançou os valores recomendados. A indústria e lojas de suplementos utilizam de pesquisas como esta para convencer praticante sede atividade física que a ingestão de whey protein é necessária. Por isso, avalie sempre as pesquisas de forma crítica e, se possível, conte com o acompanhamento de um nutricionista. Você é único, seu corpo não funciona como o de outras pessoas. Por isso, preze pela individualização e respeito à sua genética, condição física, idade e aspirações.

Tipos de Whey Protein

Sabe aquela história de que o que é mais caro é melhor? Então, em se tratando de suplementação isso não procede. A Whey Protein Hidrolisada é um tipo de whey “pré digerida”, ou seja, ela apresenta os aminoácidos em sua forma livre e, por isso, apresenta uma velocidade de absorção superior aos outros tipos de whey (e seu preço também é bem superior às demais). Logo, comprar WP Hidrolisada é uma boa, correto? Errado! Um estudo publicado por Farnfield e colaboradores (2009) comparou a resposta de aminoacidemia (aumento da concentração de aminoácidos na corrente sanguínea) utilizando Whey Protein Isolada, Whey Protein Isolada enriquecida com B-Lactoglobulina e Whey Protein Hidrolisada.

Resultado: a whey protein isolada enriquecida com b-lactoglobulina foi a que apresentou maiores níveis plasmáticos de BCAA’s! Aliás, a whey hidrolisada apresentou menores taxas de aminoácidos no sangue e foi absorvida mais lentamente. Ou seja, PERDEU PARA WHEY ISOLADA, a mesma que é mais barata e não tem essa velocidade de absorção ultrarrápida, segundo a indústria de suplementos, triste né?

Não bastando, de acordo com a meta-analise publicada no Jornal da Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva, Schoenfeld et al (2013) concluiu que: pouco importava a velocidade de absorção das proteínas e verificaram a importância da quantidade fornecida durante o dia, como fator primordial no processo de hipertrofia.

O  momento de tomar o whey

Estudo de Aragon e Schoenfeld (2013) mostrou que o consumo de proteínas imediatamente após o término do treino não maximizou adaptações musculares. Mais importante do que o momento parece ser a quantidade de proteína consumida durante todo o dia. Para tais autores o whey não foi feito para ser utilizado como pós treino, mas para suprir a  necessidade proteica de pessoas com baixo aporte pela alimentação. Ou seja, não importa o momento de uso. O que importa é que você atinja sua necessidade de proteína ao longo do dia, com ou sem whey.

Glutamina

Alguns fabricantes de whey adicionam glutamina à sua composição. A glutamina é um aminoácido abundante no músculo e está relacionada com funções importantes na mitocôndria e no metabolismo da síntese de aminoácidos, além de ser importante no metabolismo de células imunes e intestinais. Por isso, atletas que ficam muito resfriados ou que apresentam disbiose intestinal podem se beneficiar deste composto. Vegetarianos consomem menos glutamina do que onívoros já que a glutamina está presente em carnes. Assim, o primeiro grupo parece ser mais beneficiado com o uso.

Quanto ao ganho de força os estudos são bem menos animadores. Alguns autores defendem que a glutamina pode reduzir a dor tardia. Mas cuidado, a glutamina em excesso pode ser convertida em glutamato, aumentando o estresse, a irritação e neuroinflamação.

Opções de whey isolado sem corantes e sabor neutro:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/