Suplementos pré-treino

Por mais que um atleta já esteja bastante adaptado ao treino com uma boa capacidade cardiorrespiratória e muscular, uma hora entra em fadiga e o treino acaba.

Uma das causas da entrada precoce em fadiga é a produção de metabólitos, como espécies reativas de oxigênio (radicais livres), lactato e íons H+ que diminuem o pH sanguíneo dificultando a ressíntese de energia (ATP).

Quanto maior a intensidade do exercício mais rápido isto acontece. Suplementos podem ser utilizados para melhorar capacidade de força e explosão, sem exacerbação destes metabólitos. Estudos mostram que o uso de plantas como Camellia sinensis, Punica granatum, Vitis vinífera e fitoquímicos como o trans-resveratrol, ajudam a limitar a produção de radicais livres, lactato e o aumento na concentração de íons H+, reduzindo a fadiga.

Existem também suplementos e alimentos com ação estimulante, como a cafeína. A cafeína antes do treino pode aumentar a disposição e a dedicação para treinar, favorecer a queima de gordura e reduzir a fadiga. As doses de cafeína em alimentos e suplementos devem girar em torno de 3 a 6 mg por kg de massa corporal, 1 hora antes do exercício (Guest et al., 2021).

Contudo, nem todos se dão bem com a cafeína. Dependendo da sua genética (variações de CYP1A2 e ADORA2A) sua sensibilidade à cafeína pode ser maior, com aumento de efeitos colaterais, tais quais taquicardia, dores de cabeça, ansiedade, prejuízo do sono, insônia e danos na recuperação após o exercício.

No pós-treino compostos com ação antioxidante e vasodilatadora ajudam a aumentar o transporte de nutrientes e oxigênio para os músculos, apoiando a performance e a recuperação mais rápida.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Dia nacional do café

Hoje é o dia nacional do café, uma das bebidas mais populares em todo o mundo e uma importante fonte de compostos fenólicos. Estas substâncias apresentarem função de proteção contra predadores e microrganismos para a planta, da formação de pigmentos, aroma e sabor do café. No ser humano, os compostos fenólicos têm ação antioxidante, reduzem os níveis de glicose sanguínea, inativam substâncias carcinogênicas, ajudam na destoxificação e protegem o cérebro contra o envelhecimento. Contudo, estes efeitos variam com a genética de cada pessoa (Hassmann et al., 2014).

Além disso, dependendo da su a genética, beber duas a três xícaras de café por dia pode ajudar a manter as artérias saudáveis ​​e flexíveis, impedindo o acúmulo de cálcio e evitando o risco de entupimento. Estudos mostram que o café também pode ajudar a combater o diabetes, melhorando o controle do açúcar no sangue e pode manter o fígado saudável e "feliz". Mas é café puro e não café adoçado.

O café também pode melhorar a composição da microbiota intestinal (Shawn et al., 2019). Pessoas que consomem mais cafeína possuem no intestino níveis mais altos dos gêneros bacterianos Faecalibacterium e Roseburia e menores quantidades de Erysipelatoclostridium - um gênero bacteriano potencialmente prejudicial e ligado ao maior risco de síndrome metabólica (Smith-Brown et al., 2016). Lembro que a concentração de cafeína no café pode variar de acordo com a quantidade de pó, qualidade do pó, diluição etc.

Novos estudos são necessários já que a cafeína também está presente em outros alimentos e bebidas, que precisam também ser investigados:

Alimentos                                         Volumes         Quantidade (mg)

Café filtrado                                       125 mL             85mg
Café expresso                                   30 mL               60mg
Café solúvel instantâneo               125 mL            65mg
Café descafeinado                          125 mL             3mg
Chás (saquinhos ou folhas)           125 mL             32mg
Chás gelados                                    330 mL            20mg
Chocolate quente                            150 mL            4mg
Bebidas à base de cola                  330 mL            39mg
Bebidas à base de cola diet         330 mL            41mg
Energéticos                                        330 mL           80mg
Fonte: Coffee and Health  

Além disso, os benefícios dependerão da capacidade individual na metabolização da cafeína. Um dos genes muito investigados é o CYP1A2. Você pode ter alguma alteração neste gene que faça de você um metabolizador mais rápido ou mais lento desta substância.

Resposta antioxidante e destoxificação depende da genética de cada um (HASSMAN ET AL., 2014).

Resposta antioxidante e destoxificação depende da genética de cada um (HASSMAN ET AL., 2014).

Metabolizadores lentos terão menos benefícios e mais sintomas desagradáveis em relação ao consumo de café (como suor, irritabilidade, insônia, taquicardia). Metabolizadores rápidos, por outro lado, colherão os benefícios sem a apresentação destas alterações.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Café e teacrina para energia e bem-estar

O café é a bebida quente mais popular entre adultos. Além da cafeína é fonte de polifenóis e ácido clorogênico, substâncias antiinflamatórias e antioxidantes muito interessantes para a saúde. Contudo, nem todos metabolizam bem a cafeína e podem ter palpitações, dores de cabeça, suores, dificuldade para dormir, irritabilidade. Por isso, outras substâncias vêm sendo estudadas, inclusive para melhoria da performance física e mental. No vídeo de hoje falo de um outro alcalóide: a teacrina.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/