Hoje é o dia nacional do café, uma das bebidas mais populares em todo o mundo e uma importante fonte de compostos fenólicos. Estas substâncias apresentarem função de proteção contra predadores e microrganismos para a planta, da formação de pigmentos, aroma e sabor do café. No ser humano, os compostos fenólicos têm ação antioxidante, reduzem os níveis de glicose sanguínea, inativam substâncias carcinogênicas, ajudam na destoxificação e protegem o cérebro contra o envelhecimento. Contudo, estes efeitos variam com a genética de cada pessoa (Hassmann et al., 2014).
Além disso, dependendo da su a genética, beber duas a três xícaras de café por dia pode ajudar a manter as artérias saudáveis e flexíveis, impedindo o acúmulo de cálcio e evitando o risco de entupimento. Estudos mostram que o café também pode ajudar a combater o diabetes, melhorando o controle do açúcar no sangue e pode manter o fígado saudável e "feliz". Mas é café puro e não café adoçado.
O café também pode melhorar a composição da microbiota intestinal (Shawn et al., 2019). Pessoas que consomem mais cafeína possuem no intestino níveis mais altos dos gêneros bacterianos Faecalibacterium e Roseburia e menores quantidades de Erysipelatoclostridium - um gênero bacteriano potencialmente prejudicial e ligado ao maior risco de síndrome metabólica (Smith-Brown et al., 2016). Lembro que a concentração de cafeína no café pode variar de acordo com a quantidade de pó, qualidade do pó, diluição etc.
Novos estudos são necessários já que a cafeína também está presente em outros alimentos e bebidas, que precisam também ser investigados:
Alimentos Volumes Quantidade (mg)
Café filtrado 125 mL 85mg
Café expresso 30 mL 60mg
Café solúvel instantâneo 125 mL 65mg
Café descafeinado 125 mL 3mg
Chás (saquinhos ou folhas) 125 mL 32mg
Chás gelados 330 mL 20mg
Chocolate quente 150 mL 4mg
Bebidas à base de cola 330 mL 39mg
Bebidas à base de cola diet 330 mL 41mg
Energéticos 330 mL 80mg
Fonte: Coffee and Health
Além disso, os benefícios dependerão da capacidade individual na metabolização da cafeína. Um dos genes muito investigados é o CYP1A2. Você pode ter alguma alteração neste gene que faça de você um metabolizador mais rápido ou mais lento desta substância.
Metabolizadores lentos terão menos benefícios e mais sintomas desagradáveis em relação ao consumo de café (como suor, irritabilidade, insônia, taquicardia). Metabolizadores rápidos, por outro lado, colherão os benefícios sem a apresentação destas alterações.