A ciência da nutrição é um campo relativamente jovem e as pesquisas parecem muitas vezes conflitantes. Uma das razões é que o método seguido por cada pesquisador pode ser diferente em um ou vários aspectos. Por exemplo, enquanto alguns estudos avaliam o impacto do consumo do café na saúde, outros avaliam o consumo de um de seus componentes, a cafeína. Mas lembre que o café não possui apenas cafeína, mas também vitaminas, minerais, antioxidantes e flavonóides.
Pontos a favor do café: outros estudos tem mostrado que o consumo moderado de café - uma a três xícaras por dia - diminui o risco de ataques cardíacos, depressão, câncer de endométrio, próstata, mama, diabetes, além da doença de Parkinson.
Pontos contra o café: a bebida preparada sem filtro, como no caso do café expresso e do café turco, conserva o cafestol, substância capaz de aumentar o colesterol plasmático e o risco cardiovascular. Gestantes devem ter cuidados adicionais, pois o café pode ser prejudicial para o bebê, ainda incapaz de metabolizar a cafeína. O café é bebido com açúcar por grande parte das pessoas e o consumo exagerado durante o dia pode dificultar a perda de peso. Alguns também são bastante sensíveis à cafeína. A maior parte das pessoas tolera entra 200 e 300 mg de cafeína ao dia mas isto é individual. Quantidades pequenas podem causar sintomas como irritação estomacal, ansiedade, diarreia ou náuseas.
Para avaliar sua tolerância à cafeína e saber se a mesma tem mais efeitos positivos ou negativos, uma opção é realizar um teste genético afim de descobrir sua capacidade de metabolização desta substância. Recentemente fiz o teste da empresa 23andme e descobri que tenho a capacidade de produzir enzimas hepáticas que aumentam a velocidade de metabolização da cafeína e reduzem o risco cardíaco. Mesmo assim, como possuo arritmias e não sou habituada a ingerir café, continuo dando preferência aos chás, que também possuem substâncias antioxidantes e antiinflamatórias, além de possuir menos cafeína.