O café é uma das bebidas mais apreciadas no mundo. Um de seus compostos ativos, a cafeína, é também bastante pesquisada na área esportiva e da estética. Isto porque a mesma acelera o metabolismo, quebra a gordura e facilita a produção de energia na forma de ATP.
O café, quando consumido com moderação (até 4 xícaras por dia) por indivíduos habituados e tolerantes à cafeína, não faz mal. Pelo contrário, ajuda a reduzir a fadiga por seu efeito estimulante.
Devemos, entretanto, ter cuidado com suplementos de cafeína pois podem viciar receptores e gerar sintomas desconfortáveis como irritabilidade, tremores, dores de cabeça. O consumo exagerado de cafeína (mais de 500 miligramas ao dia ou, aproximadamente, 5 xícaras de café) pode provocar um efeito diurético e aumentar o risco de desidratação. Neste caso, a performance esportiva pode piorar ao invés de melhorar.
Então café vicia?
A cafeína produz aumento de dopamina, neurotransmissor que ajuda a controlar o movimento, a motivação e as emoções. O aumento da dopamina faz a pessoa ficar mais alerta e empolgada. Vários medicamentos e drogas aumentam dopamina como metanfetamina, MDMA (ecstasy ou Molly). Contudo, a elevação de dopamina por estas substâncias é muito superior à que acontece após o consumo de alimentos contendo cafeína.
Quem toma café demais pode ter sintomas de abstinência, como irritabilidade, cansaço e dores de cabeça. Mas é diferente dos sintomas de abstinência de outras drogas. A definição de vício de muitos órgãos é uso descontrolado (ou “compulsivo”) de uma substância, mesmo quando ela causa consequências negativas para a pessoa que a usa.
Portanto, muitos médicos não concordam que a cafeína vicie pois não causa a mesma gravidade na privação. Defendem que uma pessoa que adora beber café pode passar sem ele, lidar com as dores de cabeça e irritabilidade resultantes e não se envolver em comportamento destrutivo (ou autodestrutivo). Muita cafeína - como qualquer coisa - ainda pode ser prejudicial. Por isso, avalie se vale a pena para você tomar tanto café.
Confira também o vídeo “O café aumenta ou diminui a produtividade no trabalho?". Clique para assistir: