Muitos fatores aumentam o acúmulo de gordura no fígado, incluindo consumo de álcool, hepatite C, nutrição parenteral, medicação esteatogênica (por exemplo, valproato), lipodistrofia, erros inatos do metabolismo, disfunção mitocondrial, doença celíaca, hipotireoidismo, doença de Wilson, etc (Hegarty et al., 2018). Contudo, a maior parte das crianças e adolescentes estão desenvolvendo esteatose alcoólica pela combinação de dieta hipercalórica, rica em gordura e açúcar, e sedentarismo. Estes fatores combinados com susceptibilidade genética aumentam o acúmulo de gordura na região visceral, geram resistência à insulina, dislipidemia e acúmulo de gordura no fígado (NAFLD). Esta pode progredir, com inflamação do fígado e dano ao tecido (NASH). Aumentam o risco também de NASH o estresse oxidativo, disbiose intestinal, excesso de ferro e cobre na dieta (Clemente et al., 2016).
O tratamento envolve mudanças dietéticas, uso de medicamentos, suplementação (vitaminas E, D, probióticos, ácidos graxos ômega-3, colina) e atividade física, visto que o sedentarismo piora a esteatose (Vittorio & Lavine, 2020)
O início do tratamento deve começar o quanto antes pois a esteatose dificulta a eliminação de toxinas, o metabolismo de nutrientes e aumenta o risco de outros problemas de saúde incluindo diabetes tipo 2 (Wicklow et al., 2012).