A doença de Alzheimer é uma das preocupações da área de saúde pública. Com o envelhecimento populacional novos casos tornaram-se muito mais comuns. A história familiar de Alzheimer aumenta o risco geral em cerca de 30%. Porém, mesmo que tenha um parente próximo com Alzheimer não há necessidade de realização de exames genéticos. Isto porque, mesmo que tenha herdado o gene ApoE4 (apolipoproteína E4) isto não é uma sentença. Após os 70 anos, cerca de 25% dos que desenvolvem Alzheimer possuem pelo menos uma cópia do gene. Porém, mesmo pessoas que não tem cópia nenhuma também podem desenvolver a doença, pois o Alzheimer é uma doença complexa e a genética é apenas uma parte do quebra cabeça.
Uma pessoa já diagnosticada com Alzheimer precisa cuidar-se, comer bem, praticar exercício, fazer terapia, usar os medicamentos necessários e planejar o futuro. Por exemplo, precisará designar um familiar para responsabilizar-se das decisões quando o próprio paciente não puder. A adoção de uma dieta antiinflamatória e a prática de yoga também ajuda muito. Quando a dieta inflama o cérebro há maior deposição de proteína beta amilóide no sistema nervoso agravando a deterioração.
Para quem deseja prevenir a deterioração cognitiva a prática de yoga também ajusta-se muito bem pois contribui para a redução do estresse, para a manutenção do comprimento dos telômeros, além de desacelerar o envelhecimento. O estresse também associa-se a outros quadros como depressão, doenças cardíacas e problemas psiquiátricos. Os principais marcadores do envelhecimento celular no corpo são danos no DNA, encurtamento de telômeros e estresse oxidativo. Telômeros são como cápsulas que ficam no final dos nossos cromossomos, protegendo-os contra a deterioração. Pratique yoga e proteja seus telômeros.
Outro processo que é prejudicial ao corpo é a inflamação crônica. Estudo publicado na Oxidative Medicine and Cellular Longevity, mostrou que a prática de yoga por 12 semanas reduz o estresse oxidativo (geração excessiva de radicais livres), a inflamação e o envelhecimento celular. O programa consistiu em 90 minutos de yoga, com práticas de ásanas (posturas físicas), pranayamas (respiração) e meditação durante cinco dias por semana. Pesquisadores viram que após a prática vários biomarcadores de envelhecimento celular foram reduzidos (Tolahunase, Sagar e Dada, 2017). Existem muitos tipos diferentes de biomarcadores no sangue que podem ser usados para avaliar o nível de inflamação no corpo, como cortisol, fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), lactato desidrogenase (LDH).
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Em outro estudo publicado no Frontiers in Human Neuroscience, os pesquisadores mostraram que um retiro de yoga de três meses reduziu a inflamação e o estresse. Durante o retiro foram incorporadas posturas físicas (1 a 2 h por dia), práticas de respiração controladas, mantras (cântigos por 1 hora) e meditações sentadas (2 horas diárias). Os níveis de BDNF, o biomarcador que é significativamente menor em pessoas com depressão e ansiedade triplicaram até o final do retiro. Já os marcadores pró-inflamatórios prejudiciais diminuíram. Os participantes também relataram sentir-se menos deprimidos, ansiosos ou indispostos (Cahn et al., 2017).
Esses dois estudos contribuem para as crescentes evidências biológicas que sugerem que práticas integrativas podem retardar e até mesmo reverter os efeitos nocivos do envelhecimento acelerado. Aprenda mais nos cursos online. Acesse seu cupom de desconto clicando nas figuras:
Na fase inicial do Alzheimer, é comum o aparecimento de um comprometimento cognitivo leve. Como ainda não existe nenhum tipo de medicamento de fato eficaz para estes casos, o mais indicado é obrigar-se a exercitar a memória, continuar aprendendo. Que tal fazer aquele curso que sempre quis e aprender a tocar um instrumento musical ou falar uma nova língua?