Os pigmentos que dão cores à maioria das flores, frutos e sementes são flavonóides, metabólitos secundários da classe dos polifenóis (esses anéis que vê na figura abaixo). Esses compostos, amplamente distribuídos em plantas, são classificados em nove subgrupos: chalconas, flavanonas, flavonas, flavonóis, flavandióis, antocianinas e proantocianidinas, auronas e isoflavonas.
Os flavonóides desempenham uma variedade de atividades biológicas em plantas, animais e bactérias. Em plantas, sabe-se que os flavonóides são sintetizados em locais específicos e são responsáveis pela cor e pelo aroma das flores, e por frutas que atraem polinizadores e consequentemente dispersão as sementes, gerando novas plantas. Os flavonóides também protegem as plantas contra a radiação ultra-violeta, bactérias, vírus e fungos. Tornam as plantas mais resistentes ao gelo e à seca.
Atualmente são conhecidos cerca de 6.000 flavonóides. Vários destes possuem importante papel no corpo humano, combatendo doenças, desinflamando, protegendo o corpo contra danos causados por radicais livres (Panche et al., 2016), prevenindo a obesidade (Bertoia et al., 2016) e melhorando a imunidade, para combate microorganismos, incluindo vírus. A quercetina da maçã, a daidzeína da soja, a naringina dos frutos cítricos e a hesperidina (parte branca da casca da laranja e limão) são exemplos de flavonóides com ação antiviral (Zandi et al., 2011).
Dentre as frutas, verduras e bebidas mais ricas em flavonóides destacam-se as bagas (amora, mirtilo, framboesas), uvas, vinho tinto, chás (verde, oolong, preto), cacau, maçã, cebola, brócolis, couve, pimenta, laranja, limão e soja. Saiba mais sobre alimentos, tipos e a quantidade de flavonóides clicando aqui.