Açafrão na prevenção do câncer

O açafrão (ou cúrcuma) é uma especiaria cultivada em muitos países asiáticos. Pertence à família do gengibre e é o ingrediente principal do curry. Seu principal ingrediente ativo é a curcumina, que possui efeitos anticancerígenos. Muito interessante em uma dieta saudável, para a prevenção de doenças crônicas, já que a curcumina regula vias do sistema imunológico, pontos de controle do ciclo celular, a apoptose e a resposta antioxidante.

Um estudo analisou os efeitos do tratamento combinado com curcumina e quimioterápicos em células em laboratório. Os pesquisadores concluíram que o tratamento combinado foi mais eficaz do que a quimioterapia sozinha (Shakibaei et al., 2013).

Porém, em humanos ainda não há comprovação de que a curcumina cure o câncer em humanos. Na Suécia, o suplemento fortodol, que contém açafrão e nimesulida, foi proibido por evidências de danos ao fígado. Não use suplementos sem conversar com seu médico e nutricionista.

Suplementos de curcumina

Existem também suplementos manipulados como o Curcuvail. Caso precise de ajuda com dosagens e modificação alimentar marque aqui sua consultoria nutricional online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Tratamento integrativo da inflamação do intestino grosso (colite)

A colite é uma inflamação no intestino grosso que pode causar dor abdominal e diarreia. O tratamento é proposto pelo gatroenterologista a partir da investigação da possível causa do problema, como infecções, problemas autoimunes, hábitos alimentares inadequados, doenças inflamatórias intestinais, estresse ou  mutações do gene TLR5 (Vijay-Kumar et al., 2010).

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Dependendo da causa do problema medicamentos como antibióticos, aminossalicilatos, sulfassalazina, corticosteróides, imunomoduladores, ciclosporina, bloqueadores do fator de necrose tumoral poderão ser indicados pelo médico. O importante é seguir as orientações para que a doença não evolua. Em situações graves a cirurgia para remoção de parte do cólon (intestino grosso) poderá ser recomendada. 

A alimentação deverá ter características antiinflamatórias. Em geral glúten, laticínios, alimentos ultraprocessados, álcool, café e bebidas com cafeína, refrigerantes e frituras são excluídos da dieta. O nutricionista clínico fará a prescrição de alimentos de fácil digestão em uma dieta bem fracionada. Não esqueça-se também da adequada hidratação, especialmente se estiver com diarreia. Em casos de má absorção intestinal suplementos multivitamínicos e minerais também serão indicados para redução do risco de carências nutricionais.

Um outro suplemento que poderá ser indicado é a curcumina, flavonóide presente no açafrão, especiaria indiana, muito utilizada nas práticas ayurvédicas.  Um estudo publicado no jornal científico Oncogene mostrou as potentes ações antiinflamatórias da curcumina, ainda maiores do que as de medicamentos como aspirina e ibuprofeno.

Por fim, é importante adotar estratégias para a redução do estresse como yoga e meditação. Pesquisa publicada em 2017 por Cramer e colaboradores mostrou que a prática de yoga melhorou a qualidade de vida de praticantes com colite ulcerativa. A colite atinge especialmente o reto e pode destruir a mucosa do cólon formando abscessos, úlceras e fístulas. 

Secreção purulenta, diarréia com ou sem sangue e muco são comuns nos quadros de inflamação que se agravam reduzindo o calibre e o comprimento do cólon desencadeando cólicas e aumento da necessidade de evacuar.

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Conforme a intensidade da diarréia pode acontecer desidratação e o desequilíbrio eletrolítico, devido à má absorção de água e sódio. Estes eventos também podem ser acompanhados por cólicas, náuseas e vômitos, aftas orais e consequente perda de peso.

Com o aumento do estresse na vida moderna a incidência da doença tem também aumentado. Desta forma, estratégias integrativas que visem à melhoria do estado nutricional, redução da inflamação e diminuição do estresse são importantes.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Transtornos neurocognitivos na síndrome de Down

Placas de beta-amilóide em um paciente de 67 anos com Síndrome de Down

Placas de beta-amilóide em um paciente de 67 anos com Síndrome de Down

Existem vários tipos de transtornos neurocognitivos (antigamente chamados demências), sendo o Alzheimer de início precoce o mais comum em pessoas com síndrome de Down. O cérebro sofre com o ataque de radicais livres, problemas mitocondriais e inflamação.  Isto porque alguns dos genes codificados pelo cromossomo 21 levam ao aumento do estresse oxidativo e redução das defesas antioxidantes.

O acúmulo de proteína beta-amilóide no cérebro afeta a integridade neuronal e o metabolismo energético cerebral. A dieta e a suplementação adequada tentam reduzir, a longo prazo, os danos oxidativos responsáveis pela neurodegeneração.

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Atualmente algumas drogas vem sendo testadas para a redução do estresse oxidativo cerebral, como huperzina A, vinpocetina e idebenona. Vários suplementos antioxidantes também vem sendo estudados, sendo os mais promissores a carnitina, ginkgo, ginseng, niacina/niacinamida, fosfatidilserina, curcumina do açafrão, erva-cidreira e vitamina E. 

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