Cirurgias estéticas e Alzheimer

Atendi a uma paciente idosa com Alzheimer. Quando perguntei sobre cirurgias passadas a filha relatou uma série de cirurgias estéticas (prótese de silicone, lipoaspirações etc). Fui pesquisar se havia alguma relação entre cirurgias e Alzheimer e encontrei este comentário de Nahai, na revista científica Aesthetic surgery journal, de 2016 (Nahai, 2016). Seguem algumas reflexões do autor:

Há respaldo científico ligando as atitudes de uma pessoa em relação ao envelhecimento e à aparência (imagem corporal) com o bem-estar físico e mental. Adultos mais jovens e de meia-idade com estereótipos de idade mais negativos enfrentam um risco maior de Alzheimer mais tarde na vida. A base para este achado foi uma combinação de imagens de ressonância magnética e autópsias cerebrais que mostraram perda de volume do hipocampo significativamente mais acentuada e acúmulo significativamente maior de emaranhados neurofibrilares e placas amilóides, ajustando para covariáveis ​​relevantes, naqueles participantes que anteriormente tinham as atitudes mais negativas em direção ao envelhecimento. Uma hipótese é que o pessimismo em relação ao envelhecimento aumenta o estresse, que pode ser um fator crítico no risco de Alzheimer.

A cirurgia plástica então seria mais um problema ou mais uma solução, uma vez que pode beneficiar a autoestima e, em alguns casos, até combater a depressão? Ou será o contrário? Existem estudos também mostrando que pacientes com expectativas irreais ou cuja cirurgia resulta em complicações imprevistas podem apresentar níveis aumentados em vez de diminuídos de estresse, pelo menos a curto prazo. O perfil psicológico de cada paciente deveria ser avaliado para que riscos e benefícios sejam melhor pesados.

Estudos mostram que as visões negativas sobre o envelhecimento são mais comuns naqueles que assistem mais TV e passam mais tempo nas redes sociais, o que eleva o estresse. Contudo, a hipótese do estresse não é aceita por todos os investigadores. O fato é que as atitudes em relação ao envelhecimento podem, direta ou indiretamente, por meio do estresse ou de outros mecanismos, afetar a química do cérebro.

Muitas estratégias estão disponíveis para que possamos melhor lidar com o estresse

A cirurgia seria uma boa estratégia para que mulheres lidem melhor com o estresse de estarem envelhecendo? Ou a melhor estratégia é reduzir a cobrança e aceitar as fases da vida? Não existe uma resposta pronta mas é importante que nos cuidemos de forma integral. Seguem algumas estratégias para combate ao estresse e que estão disponíveis ao alcance de todos:

Ebook: Nutrição no Alzheimer

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

5 estratégias para redução da flacidez da pele

Peelings, tratamentos a laser ajudam a pele a ficar mais bonitas. Mas não são para toda hora. No dia a dia adote estas 5 estratégias fáceis para uma pele muito mais bonita:

1) Consuma colágeno - o colágeno estimula fornece aminoácidos que estimulam receptores de fibroblastos, células que sintetizam proteínas de sustentação ( colágeno e elastina). O colágeno também aumentar a produção de ácido hialurônico, fundamental para a hidratação a pele. Mas os colágenos não são todos iguais e explico sobre isto neste vídeo:

2) Faça musculação para redução da flacidez da pele do corpo. Um estudo avaliou os efeitos do exercício de resistência (3 dias/semana) combinado com a suplementação de 15g de peptídeos de colágeno. Após 12 semanas, mulheres na pré-menopausa aumentaram a massa magra, melhoraram a composição corporal, ganharam força, em relação a mulheres que malharam mas não tomaram o suplemento de colágeno (Jendricke et al., 2019). O combinação também melhorar a densidade mineral óssea (König et al., 2018).

3) Aumente o consumo de água -  a pele hidratada não só fica mais macia e bonita, mas também mais protegida contra as agressões externas do dia a dia.

4) Aumente o consumo de antioxidantes - radicais livres (RL) desestabilizam as membranas de células, danificam mitocôndrias e o próprio material genético (DNA), acelerando o envelhecimento e aumentando o risco de mais de 40 doenças, incluindo o câncer de pele. Também deixam a pele mais flácida. Por isso, capriche no consumo de antioxidantes que neutralizam RL. Alimentos ricos em vitamina A, carotenóides, vitamina C, vitamina E e selênio são fundamentais.

5) Evite a glicação - Os sinais de envelhecimento da pele são resultado da diminuição e desestruturação do colágeno, das fibras elásticas e do ácido hialurônico. Este processo é acelerado pela glicação: uma reação não enzimática entre proteínas, gorduras e açúcares (glicose e frutose). Neste processo são formados AGEs (produtos finais da glicação avançada) que degradam o colágeno e a elastina. Saiba mais:

O colágeno pode ser combinado com outros suplementos

As dosagens variam de pessoa para pessoa, dependem da fase da vida, da quantidade de exercício realizada, dos sintomas, da presença de outras carências. Exemplo de dosagens de suplementos para quem vai manipular em farmácia:

  • Peptídeos ativos de colágeno (peptan ou verisol): 2,5g

  • Biotina – 1 mg

  • Zinco – 15 mg

  • Selênio – 100 mcg

  • Ácido ortosilícico estabilizado em colina – 10 mg

Se for comprar um colágeno pronto busque uma marca que contenha ingredientes como vitamina C, biotina, silício, que seja livre de corantes e conservantes e que tenha uma dose mínima de 2,5g ao dia. Exemplos de marcas:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Dieta antiinflamatória protege mulheres na pós-menopausa contra fraturas ósseas

A inflamação crônica está associada ao aumento do risco de várias doenças relacionadas à idade, incluindo osteoporose e fraturas por fragilidade. Dietas antiinflamatórias reduzem marcadores como proteína C reativa (PCR), interleucina-1β [IL-1β], IL-4, IL-6, fator de necrose tumoral alfa [TNFα], a dor e o edema (Orchard et al., 2017).

3 dicas da fitoterapia para redução da inflamação:

  • Use raízes como açafrão e gengibre

  • Use óleos essenciais como Boswellia (Frankincense)

  • Use ervas como alecrim, manjerona, salsinha e manjericão

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/