Envelhecimento epigenético acelerado e câncer em mulheres na pós-menopausa

O envelhecimento é um importante fator de risco para a maioria dos tipos de câncer. Em particular, o câncer de mama é uma doença associada à idade, cuja incidência aumenta drasticamente após a menopausa. Ao envelhecermos há um acúmulo de alterações genéticas (mutações). Mesmo assim, existem diferenças entre as mulheres.

Um estudo demonstrou que a metilação (inserção de um carbono) do DNA (DNAm) é o biomarcador altamente preciso do envelhecimento. O marcador de envelhecimento baseado em DNAm também é conhecido como 'relógio epigenético' já que permite estimar com precisão a idade real de todos os tecidos e tipos de células. A idade epigenética do sangue foi considerada preditiva de mortalidade por todas as causas, além de estimar o grau de fragilidade, funcionamento cognitivo e físico.

Estudos recentes também sugerem que o relógio epigenético pode ser usado para prever o risco de câncer de mama na pós-menopausa (Ambatipudi et al., 2018). Algumas mulheres possuem alterações genéticas que dificultam a metilação e isto pode ser corrigido com suplementação de nutrientes adequados.

A regulação do relógio epigenético também depende do combate ao estresse e da inflamação, além de reduzir a velocidade de envelhecimento. Neste sentido, indico o livro “O segredo está nos telômeros”. Tenho um resumo em meu canal do YouTube:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Fertilidade feminina

Conforme a OMS, 35% das causas de infertilidade estão relacionadas à mulher e outros 35% ao homem. Ou seja, ambos os gêneros participam igualmente para o sucesso da gestação. Homens e mulheres precisam de um estilo de vida saudável, alimentação adequada, sono reparador, baixa exposição à toxinas, se querem um bebê lindo nos braços.

O foco deste texto é a fertilidade feminina. Cerca de 25% dos problemas de fertilidade femininos estão relacionados às causas ovulatórias. A mulher pode não ovular, pode ter insuficiência de progesterona, pode ter ovários policísticos, distúrbios da tireóide, endometriose, problemas nas trompas, deficiências de nutrientes, baixa reserva ovariana devido ao envelhecimento. Assim, uma avaliação completa com obstetra e nutricionista é imprescindível.

Outra causa da infertilidade é o estresse

Situações de grande estresse podem afetar as funções ovarianas. Em momentos de grande estresse algumas mulheres nem menstruam. A libido também pode cair muito, tanto em homens quanto em mulheres, em situações de estresse. Manter a calma e a serenidade nem sempre é fácil mas podemos buscar ajuda, na terapia, no esporte, nas conversas com amigos, na meditação, na prática de yoga.

Própolis também pode minimizar a infertilidade causada por estresse psicológico.  Com seu alto nível de flavonóides e polifenóis, chega a ter até 4 vezes mais antioxidante que a vitamina E. (Arabameri, Sameni, & Bandegi, 2017). E estes antiioxidantes são importantíssimos para a fertilidade. Aliás, a fertilidade depende não só de vitamina E mas também de vitamina C, vitamina D, ômega-3, coenzima Q10, ácido alfa-lipóico, carnitina, betaína, inositol, selênio, colina. Marque uma consulta para conversarmos.

O estresse também reduz a libido. Algumas dicas sobre o tema:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Estratégias para prevenção do câncer de mama

O câncer ou cancro de mama está entre os mais comuns entre as mulheres. Existem as causas que não podemos controlar e aquelas que podemos controlar.

Fatores que não controlamos (como a genética)

Fatores genéticos e epigenéticos ligados ao câncer de mama (Bhattacharya et al., 2021)

  • Sexo: o câncer de mama pode manifestar-se em homens, mas é extremamente mais comum em mulheres;

  • Idade: conforme a mulher envelhece, o risco aumenta;

  • Hereditariedade: a influência é entre os 5 e os 10%;

  • Produção hormonal: mulheres que tiveram a primeira menstruação antes dos 12 anos ou menopausas mais tardias (após os 55 anos) têm maior predisposição ao câncer de mama, devido à exposição mais prolongada aos hormônios sexuais femininos;

  • Etnia: mulheres brancas têm maior predisposição ao câncer de mama.

Fatores que controlamos (a epigenética)

  • Álcool: um copo de vinho ou uma cerveja pontualmente não afeta negativamente a saúde, mas um consumo exagerado de álcool, aumenta o risco de câncer de mama;

  • Excesso de peso: mulheres obesas (IMC > 30 kg/m2) têm risco aumentado;

  • Pílula anticoncepcional: também aumenta o risco, não sendo um método recomendado quando existe predisposição familiar;

  • Tabagismo: o tabaco aumenta as chances de vários tipos de câncer.

  • Deficiências nutricionais: vários nutrientes são importantes para redução do estresse oxidativo, da inflamação, para processos de destoxificação e proteção do DNA.

O que fazer para prevenir?

Adote um estilo de vida saudável. Alimente-se bem, durma bem, pratique atividade física, adote estratégias para o combate ao estresse.

Uma dieta antiinflamatória, rica em frutas, verduras, sementes, ervas, condimentos ajuda muito as células a se repararem. Existem estudos, por exemplo, com o chá verde, mostrando que a bebida ou seu extrato, rico em EGCG (epigalocatequina galato) contribui para a redução da densidade mamária e para o risco de câncer de mama (Hamed Samavat).

Alimentos de origem vegetal são ricos em fitoquímicos, substâncias super protetoras contra o câncer de mama. Quanto mais colorido seu prato melhor!

Fatores genéticos e epigenéticos ligados ao câncer de mama (Bhattacharya et al., 2021)

A curcumina do açafrão, por exemplo, possui muitas atividades farmacológicas protetoras (anticancerígenas, anti-inflamatórias, antioxidantes, etc.) sem efeitos colaterais nos níveis de ingestão dietética. Use pelo menos uma colherzinha de chá todos os dias, na comida ou nos chás e shots.

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Aprenda a controlar os níveis de estresse

Quando estamos menos ansiosos, comemos menos besteiras, tomamos decisões mais acertadas, ficamos menos inflamados. Tudo isso é fundamental para uma boa saúde. Quem precisa parar de fumar também precisa lidar melhor com o estresse. Uma das estratégias é a respiração consciente. Ensino aqui uma das minhas técnicas favoritas: a respiração quadrada.

Pacientes com câncer: a troca de leite por whey é benéfica

Pacientes que adoram um leite precisam ter mais cuidado. O leite e o queijo estimulam muito a secreção de IGF-1 e a proliferação celular. O whey tem um efeito muito mais brando neste sentido (Melnik et al., 2012). Estudos também mostram que o whey ajuda a evitar a caquexia do câncer. Por isso, se está fazendo tratamento contra o câncer, indico que troque seu leite por uma proteína vegana neutra sem corantes ou um whey isolado sem corantes.

Opções de whey isolado sem corantes e sabor neutro:

Proteína vegana sem corantes e sabor neutro:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/