A desigualdade racial permeia todas as esferas. No Brasil, pessoas negras têm menor acesso à saúde, esperam mais para poderem ser atendidos, as consultas são mais curtas e, quando conseguem este acesso o tempo de consulta tende a ser menor (Domingues et al., 2013). Isto faz com que um menor número de pessoas sejam rastreadas para doenças silenciosas como diabetes e hipertensão. Se não tratadas essas doenças geram graves problemas de saúde, incluindo maior risco de infarto, derrames, cegueira, problemas renais e amputações. Esta realidade precisa mudar com revisões de práticas, garantindo a dignidade e os direitos básicos de cada cidadão.
Do ponto de vista individual, é muito importante que cada pessoa assuma responsabilidade pela própria saúde e busque uma alimentação mais natural, reduza o consumo de processados, procure movimentar o corpo diariamente (nem que sejam caminhadas) e dormir bem. Estratégias simples mas bem feitas são a principal arma para a boa saúde.
Outra prática que vem ganhando popularidade é o jejum intermitente. O termo jejum intermitente conota ingestão calórica e em menos horas do dia. Contudo, os estudos sobre a segurança e os benefícios do jejum intermitente com diabetes ainda são muito limitados. Teoricamente, não comer vai fazer com que as células utilizem depósitos de gordura, o que contribuiria para o emagrecimento e também para o controle da glicemia. O problema é que a resistência à insulina prolonga o tempo que leva para girar a chave metabólica e, portanto, entre as pessoas com diabetes o uso de gordura como fonte de energia não costuma ser fácil ou rápido.
Existem sim estudos mostrando que a redução na ingestão calórica beneficiam o metabolismo, ajuda no controle da pressão, reduz a inflamação e o estresse oxidativo, assim como os níveis de colesterol. Contudo, quando o jejum gera compulsão e reganho de peso o efeito tende a ser muito negativo. Por isso, a melhor dieta é sempre aquela que a pessoa consegue seguir.
Além disso, o jejum deve ser informado ao médico pois pacientes em uso de hipoglicemiantes podem ter efeitos colaterais, como hipoglicemia, tontura, quedas…