Importância dos probióticos para quem faz muito exercício

Exercícios de longa duração aumentam a permeabilidade intestinal. Ciclistas de longa distância, maratonistas, atletas que treinam várias horas ao dia precisam ter um cuidado maior com o intestino para não ficarem doentes mais tarde na vida. O aumento da temperatura corporal induzido pelo exercício aumenta a permeabilidade intestinal (Pires et al., 2016). As consequências disto são discutidas em texto anterior.

Um pequeno estudo controlado por placebo mostrou que o uso de probióticos (bactérias boas) melhoram o funcionamento intestinal e podem até aumentar o desempenho no esporte. O uso do Lactobacillus plantarum TWK10 foi estudado em 54 desportistas. Após 6 semanas de uso o probiótico foi associado à redução da fadiga, redução da massa gorda, melhoria do desempenho aeróbico. (Huang et al., 2019).

APRENDA A CUIDAR DO SEU INTESTINO
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Minerais na prevenção e tratamento da depressão

A depressão é uma doença multifatorial e que é influenciada pela disponibilidade de nutrientes como B12, vitamina D, folato, zinco, ferro e magnésio. Zn e Fe são importantes na regulação da função celular e neuromodulação. O zinco pode ter influência na transmissão neural envolvida na depressão, como dos sistemas serotoninérgico, dopaminérgico e glutamatérgico. As propriedades antidepressivas do zinco podem ser explicadas pela modulação das funções dos receptores serotoninérgicos e N-metil-D-aspartato (NMDA) e níveis crescentes do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). As associações (Li et al., 2017).

Magnésio reduz risco de depressão

O aumento do estresse aumenta a perda de magnésio. Em um estudo recente pacientes diagnosticados com depressão foram suplementados com 2.000mg de cloreto de magnésio (12% de magnésio elementar ou 248 mg e praticamente 100% de biodisponibilidade). A avaliação na escala PHQ9 mostrou queda em 6 pontos nos escores de depressão, o que trouxe a média de participantes de moderadamente deprimidos para leve ou minimamente deprimidos, uma mudança clinicamente importante. Os escores de ansiedade também melhoraram.

Além disso, os participantes relataram redução de cãibras musculares, dores, constipação e dores de cabeça. Contudo, o efeito positivo da suplementação de magnésio desapareceu duas semanas após a interrupção do suplemento, indicando uma depuração relativamente rápida. O magnésio desempenha um papel em muitas vias metabólicas, enzimas, hormônios e na produção de neurotransmissores envolvidos na regulação do humor. Aqueles que preferem não suplementar devem consumir mais vegetais verde escuros nas saladas e sucos e incluir diariamente nozes, sementes e chocolate amargo na dieta (superior a 75% de cacau).

Suplementos de zinco

É importante lembrar que o zinco pode interferir na ação de medicamentos, incluindo antibióticos, diuréticos, inibidores da ECA, quimioterápicos, imunossupressores e antiinflamatórios não-esteroidais. O alto consumo de zinco também pode desencadear deficiência de cobre. Para suplementar cobre avalie sempre antes os níveis sanguíneos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Super alimentos para mulheres maduras

Ao longo da vida os níveis hormonais variam e com a aproximação da menopausa há uma queda na liberação de estrógeno e progesterona. Aparecem então os sintomas típicos da menopausa que podem ser minimizados com reposição hormonal. Contudo, a mesma não é livre de efeitos adversos e, por isso, muitas mulheres optam por estratégias mais naturais. No vídeo a seguir falo de algumas destas estratégias e do consumo do INHAME:

OUTROS ALIMENTOS INTERESSANTES PARA MULHERES

Abacate - Esta fruta é interessante de várias formas. É fonte de gorduras monoinsaturadas, que mantém artérias saudáveis. Possui baixíssimo índice glicêmico e, por isso, não desestabiliza os níveis de açúcar no sangue. É uma ótima opção na dieta cetogênica. É rica em vitamina E, um importante antioxidante que mantém vasos e cérebro saudáveis. A gordura do abacate confere saciedade, ajuda a reduzir a compulsão alimentar, lubrifica a pele e os intestinos, evitando a prisão de ventre. O abacate também contribui para o aumento da dopamina, gerando bem-estar.

Alimentos Fermentados - Kefir, kombucha, kimchi, chucrute, missô, tempeh e outros alimentos fermentados são fontes de bactérias boas que vão colonizar o intestino, reduzindo a inflamação local, melhorando o peristaltismo e a imunidade. Quando o intestino está em desequilíbrio instala-se a disbiose intestinal e com ela o risco de doenças como câncer de intestino, ansiedade e depressão aumentam.

Beterraba - este vegetal tão fácil de encontrar pode entrar na salada, em sucos, shakes, sopas, bolos. É uma grande fonte de betaína, substância antiinflamatória e que protege o fígado e melhora o humor. A beterraba também estimula a produção de óxido nítrico, que ajuda a regular a pressão sanguínea, melhora a circulação e reduz a celulite.

Chá Verde e Matchá - estes chás são feitos da planta camellia sinensis, rica em catequinas que aceleram o metabolismo e reduzem a inflamação do organismo. Com isso, a mulher mantém o peso com maior facilidade e sente menos dores. Estes chás também são fonte de teanina, que ajuda na eliminação de toxinas e mantém o cérebro saudável.

Açafrão - rico em curcumina, uma potente substância antiinflamatória e antioxidante, associada à redução de doenças cardíacas e cerebrovasculares. Pode ser adicionada em sopas, arroz, na quinoa, em bebidas ou chás. O ideal é consumir junto com pimenta para aumentar a absorção do composto.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/