Minerais na prevenção e tratamento da depressão

A depressão é uma doença multifatorial e que é influenciada pela disponibilidade de nutrientes como B12, vitamina D, folato, zinco, ferro e magnésio. Zn e Fe são importantes na regulação da função celular e neuromodulação. O zinco pode ter influência na transmissão neural envolvida na depressão, como dos sistemas serotoninérgico, dopaminérgico e glutamatérgico. As propriedades antidepressivas do zinco podem ser explicadas pela modulação das funções dos receptores serotoninérgicos e N-metil-D-aspartato (NMDA) e níveis crescentes do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). As associações (Li et al., 2017).

Magnésio reduz risco de depressão

O aumento do estresse aumenta a perda de magnésio. Em um estudo recente pacientes diagnosticados com depressão foram suplementados com 2.000mg de cloreto de magnésio (12% de magnésio elementar ou 248 mg e praticamente 100% de biodisponibilidade). A avaliação na escala PHQ9 mostrou queda em 6 pontos nos escores de depressão, o que trouxe a média de participantes de moderadamente deprimidos para leve ou minimamente deprimidos, uma mudança clinicamente importante. Os escores de ansiedade também melhoraram.

Além disso, os participantes relataram redução de cãibras musculares, dores, constipação e dores de cabeça. Contudo, o efeito positivo da suplementação de magnésio desapareceu duas semanas após a interrupção do suplemento, indicando uma depuração relativamente rápida. O magnésio desempenha um papel em muitas vias metabólicas, enzimas, hormônios e na produção de neurotransmissores envolvidos na regulação do humor. Aqueles que preferem não suplementar devem consumir mais vegetais verde escuros nas saladas e sucos e incluir diariamente nozes, sementes e chocolate amargo na dieta (superior a 75% de cacau).

Suplementos de zinco

É importante lembrar que o zinco pode interferir na ação de medicamentos, incluindo antibióticos, diuréticos, inibidores da ECA, quimioterápicos, imunossupressores e antiinflamatórios não-esteroidais. O alto consumo de zinco também pode desencadear deficiência de cobre. Para suplementar cobre avalie sempre antes os níveis sanguíneos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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