Cuide da alimentação e do intestino para preservar a tireóide

A glândula tireóide é fundamental para a saúde. Localizada na parte anterior do pescoço, possui a forma de borboleta e produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que regulam todo o metabolismo. Quando pensamos em metabolism logo vem a mente a perda ou ganho de peso, mas estes hormônios também influenciam o funcionamento do coração, cérebro, fígado, rins, músculos…

Questões genéticas, intoxicação por metais pesados, problemas de metilação, má nutrição, trauma físico, doenças autoimunes, viroses, disbiose intestinal, sensibilidade ao glúten ou a outros componentes alimentares, alergias, tabagismo, desequilíbrios hormonais, estresse adrenal estão entre os fatores que contribuem para desequilíbrios na produção de hormônios da tireóide. Além disso, menopausa, gestação, envelhecimento e o uso de medicamentos também podem afetar a produção de T3 e T4.

Escrevi em outro texto que o excesso de estrogênio, seja vindo da reposição hormonal feita na menopausa, seja aquele presente na pílula anticoncepcional, aumenta a globulina ligadora de tiroxina, uma proteína que sequestra T3 e T4 reduzindo a disponibilidade desses hormônios para os tecidos. ⁣

Alimentação para a saúde da tireóide

A alimentação ajuda a preservar a saúde da glândula tireóide, ajudando a prevenir tanto o hiper, quanto o hipotireoidismo. Muitos nutrientes são necessários para a produção e função adequada dos hormônios da tireóide, como:

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  • Tirosina – o aminoácido formador dos hormônios da tireóide. Fontes alimentares: ovos, carnes, castanhas, leguminosas e abacate. ⁣

  • Iodo – essencial para a síntese dos hormônios tireoidianos. Mas atenção: tanto o excesso quanto a falta são prejudiciais. Boas fontes: sal iodado, frutos do mar (ostras, moluscos, mariscos...), peixes de água salgada, castanha do Pará e vegetais.

  • Selênio – importante para a conversão do T4 em T3. Fontes: castanha do Pará, atum, sardinha e feijão preto. ⁣

  • Zinco - importante para a conversão do T4 em T3. Boas fontes: ostras, nozes, carnes, cereais integrais e pescados.⁣

  • Ferro - importante para a atividade da enzima tireoperoxidase e síntese hormonal.⁣ Fontes: carnes, vegetais folhosos (principalmente os verde escuros), leguminosas e oleaginosas.⁣

  • Vitamina D - regulação imunológica. Especialmente importante na tireoidite de hashimoto. Tome sol e consuma sardinha, atum, ovos. Se os valores plasmáticos estiverem abaixo de 40 ng/L converse com seu nutricionista sobre a suplementação.

A dieta balanceada é fundamental uma vez que vários nutrientes (ômega 3, vitamina A, vitamina C, B12, B2 e B6 regulam processos de transcrição para que novos hormônios sejam formados, além de regularem o funcionamento geral das células. E não esqueça das fibras, já que sem elas o intestino não funciona bem. E um intestino em desequilíbrio, com disbiose intestinal, é gatilho para doenças autoimunes (como a tireoidite de Hashimoto e a doença de Graves).

Microbiota intestinal e saúde da tireóide

A composição alterada e mais inflamada da microbiota intestinal é capaz de ativar o sistema imunológico e alterar o metabolismo entero-hepático. Com isso, aumentam o risco de doenças autoimunes diversas e problemas na captação de nutrientes importantes para a síntese hormonal (como iodo, selênio, ferro…).

Estudos mostram melhoria na função tireoidiana com o tratamento da disbiose intestinal e suplementação de simbióticos (bactérias probióticas + fibras prebióticas). O tratamento gera redução do TSH, redução da necessidade de medicação com hormônio exógeno e melhoria de sintomas (Knezevic et al., 2020), como fadiga, constipação, pele seca, queda de cabelo… Converse com seu nutricionista.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Dieta prudente para maior saúde intestinal e prevenção de doenças

Sem comida não sobrevivemos. E com qualquer comida a saúde sofre. Dietas pobres em fibras comprometem a microbiota intestinal, aumentam a disbiose e geram hiperpermeabilidade. Um intestino hiperpermeável deixa passar para a corrente sanguínea o que não deve e isso contribui para o desenvolvimento de doenças.

Por isso, a dieta deve ser prudente. Não quer dizer que você nunca possa comer um sorvete ou tomar uma cerveja. Contudo, um padrão alimentar ocidental, com excesso de alimentos ultraprocessados há redução de peptídios antimicrobianos e degradação de mucina. Este processo aumenta a inflamação local, a glicemia, a produção de toxinas biliares e gera recrutamento do sistema imunológico.

A dieta prudente é baseada em vegetais, rica em fibras, pobre em alimentos ultraprocessados. As carnes e peixes entram quase como um tempero e não como prato principal. Este padrão alimentar contribui para um intestino mais saudável, com mais muco protetor, menos inflamação, menos desconfortos gastrointestinais e melhor controle metabólico.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

SUPLEMENTOS QUE BENEFICIAM A SAÚDE DOS OLHOS

A degeneração macular relacionada à idade envolve a quebra da mácula, a parte da retina responsável pela visão central aguda. Também tem sido associada a doenças cardíacas e ao mal de Alzheimer. Por isso, é importante cuidar bem da saúde. Testes genéticos podem ajudar a definir a suplementação mais apropriada para você. Falo mais sobre o tema neste vídeo:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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