Perfeccionismo pode aumentar risco de doenças

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O equilíbrio é muito importante na vida. Uma personalidade perfeccionista pode ser a chave para o sucesso. Sim, o perfeccionismo pode ser uma virtude. Mas ser muito perfeccionista pode ser um defeito, pode viver com os prazos atrasados, pode achar que nada nem ninguém é bom o suficiente. E isso causa estresse. Não é de se espantar que pesquisas mostrem que pessoas perfeccionistas sejam mais ansiosas e acabem sofrendo com dores de cabeça, pressão alta, insônia, problemas intestinais, depressão, doenças cardíacas e até morte precoce. O perfeccionista também tem maior risco de obesidade, uso alto de álcool e drogas.

As redes sociais pioram o quadro. Agora, todo mundo quer mostrar-se bom, bonito, melhor, perfeito. É natural querermos fazer as coisas bem feitas, querermos dar nosso melhor em alguma área. Porém, quando a perfeição vira uma obsessão o sofrimento é grande. Gasta-se cada vez mais com cirurgias plásticas, roupas, bolsas, sapatos, exigimos cada vez mais de nós mesmos e dos outros. O estresse é enorme, fazendo as glândulas suprarrenais produzirem mais adrenalina e noradrenalina. Estes hormônios preparam o corpo para lutar ou fugir, aumentando a frequência cardíaca, a pressão arterial, dilatando as vias aéreas e artérias coronárias e aumentando a taxa metabólica.

Procurar ajuda pode ser importante. Psicoterapia, yoga, meditação nos ajudam a entender as causas deste perfeccionismo, a relaxar e a equilibrar a produção de hormônios. Abordagens que olham para o ser humano como um todo (mente, corpo e espírito) são bastante eficazes. A nutrição adequada, a prática de atividade física, técnicas de meditação, relaxamento e controle das emoções e resiliência são fatores fundamentais para a energia vital.

As comunidades científicas e médicas estão continuamente fornecendo evidências que mostram os benefícios da meditação para a saúde. A meditação não requer prescrição, é barata e seus principais efeitos colaterais são maior relaxamento e sensação de paz e bem ser. Assuma total responsabilidade pela sua saúde. Cuide-se diariamente adotando uma rotina diária saudável.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Terapias integrativas no tratamento da anorexia

O que sente quando vê uma pessoa magra? Acha as pessoas magras mais ou menos atraentes? Acha as modelos bonitas ou magras demais? Você gostaria de ser mais magro(a)? Vê-se acima do peso, mesmo sabendo que seu peso está dentro da normalidade? São muitas as razões para isto, como as imposições culturais. Porém, dependendo da genética e do grau de perfeccionismo da pessoa, a obsessão com a magreza pode gerar transtornos alimentares sérios. Um deles é a anorexia.

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A anorexia nervosa é marcada pela extrema auto-inanição devido a uma imagem corporal distorcida. Pessoas com anorexia pensam que são gordas, independentemente de quão pouco pesem. Monitoram obsessivamente o próprio peso, o tipo e quantidade de comida que consomem. Podem se recusar a comer ou comer apenas quantidades mínimas de comida. Apesar dos graves riscos à saúde associados ao severo baixo peso, aqueles com anorexia recusam-se a vê-lo como um problema.

Embora as mulheres jovens sejam responsáveis pela maioria dos casos, a anorexia pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade. A anorexia é um transtorno estranho, às vezes até defendido e glorificado. Muitos pacientes passam por uma lua-de-mel com a doença. É a fase em que não estão magros demais, ainda não estão tão obsessivos, nem tem tantos pensamentos distorcidos.

Porém, com o agravamento do problema, a lua-de-mel acaba. A anorexia é um transtorno alimentar perigoso, matando 10% dos pacientes. A psicoterapia é o tratamento padrão, podendo ser acompanhado de medicamentos como olanzapina, aripiprazol e dronabinol , que podem pacientes com anorexia a ganhar peso. A olanzapina é um antipsicótico, aprovado para o tratamento do transtorno bipolar, da esquizofrenia e da depressão grave. Aumenta o apetite, mas isto não é garantia de que um paciente com anorexia coma. O aripiprazol pode ajudar a reduzir o sofrimento dos pacientes com a alimentação.

O tratamento psicoterápico geralmente preza por uma abordagem familiar. Os objetivos do tratamento costumam ser: (1) normalizar o peso; (2) adotar hábitos alimentares saudáveis; (3) tratar fatores psicológicos mantenedores do comportamento inadequado; (4) prevenir recaídas. Porém, mesmo aliando-se terapia + medicação, o tratamento continua complexo. Cerca de 20% dos pacientes recuperam-se após nove anos de tratamento e aproximadamente 60% deles, precisam de até 22 anos de tratamento para serem considerados curados. Desta forma, outras abordagens precisam ser estudadas e melhor integradas aos tratamentos convencionais para maior sucesso.

Técnicas que relaxam, tais quais massagem, yoga, acupuntura e meditação vem sendo também testadas como suporte para o tratamento da anorexia nervosa (Fogarty, Smith, Hay, 2016). A hipnose pode ser útil como parte de um programa de tratamento integrado para anorexia nervosa. Pode ajudar a pessoa a fortalecer a autoconfiança. Isso pode resultar em uma alimentação mais saudável, melhora da imagem corporal e maior auto-estima.

É importante lembrar que mesmo depois de algum ganho de peso, muitas pessoas com anorexia permanecem muito magras e o risco de recaída é muito alto. Diversas influências sociais podem dificultar a recuperação:

  • Amigos ou familiares que admiram o quão magra a pessoa é;

  • Instrutores de dança ou técnicos de atletismo que valorizam um corpo muito magro;

  • Negação por parte dos pais ou outros membros da família;

  • A crença da pessoa de que a magreza extrema não é apenas normal, mas também atraente.

Por isto, a terapia familiar torna-se muito importante. O envolvimento dos amigos também pode ser útil, assim como o de um mentor espiritual. Estudos mais recentes mostram que a dieta cetogênica pode ajudar o paciente anoréxico entrar em remissão:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Práticas integrativas para o fortalecimento da imunidade

Trago hoje o resumo do livro SUPER IMUNIDADE. Nele, o autor, Dr. Joel Fuhrman fala principalmente do papel da alimentação saudável para fortalecimento das defesas naturais do corpo.

O Ayurveda oferece outras dicas para a melhoria da imunidade:

1) Capriche no uso de temperos, como açafrão e curry.

2) Não coma mais do que precisa.

3) Durma bem.

4) Faça yoga.

É importante lembrar que o estresse psicológico também pode afetar muitos sistemas do corpo, podendo enfraquecer o sistema imune e aumentar a inflamação crônica. A inflamação é parte natural da resposta imune e, a curto prazo, pode ser útil para curar feridas, lesões e infecções, mas a inflamação crônica pode fazer mais mal do que bem.

Pesquisadores reviram coletivamente 15 ensaios clínicos randomizados que examinaram se a prática regular de posturas de yoga poderia fortalecer o sistema imunológico e reduzir a inflamação crônica. O tamanho médio da amostra dos ensaios foi de 70, e os tamanhos das amostras variaram de 11 a 140 participantes.

Os cientistas nestes ensaios examinaram a resposta do sistema imunitário medindo os níveis de substâncias inflamatórias no sangue ou saliva, como citocinas, proteína C-reativa (CRP), contagens de células imunitárias, anticorpos e marcadores de genes. As medições foram feitas antes e após aulas de Hatha Yoga. Os pesquisadores descobriram um padrão entre os estudos, mostrando que a prática de yoga reduz os marcadores pró-inflamatórios, principalmente a citocina IL-1beta (Falkenberg, Eising & Peters, 2018).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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