Estratégias para quem fica com o intestino solto em situações de estresse

Muitas pessoas me dizem que quando eram crianças ou adolescentes tinham dor de barriga sempre que ficavam nervosas? Apresentar um trabalho em frente da turma? Dor de barriga. Participar de uma competição esportiva? Dor de barriga (ou diarreia). Beijar a menina pela primeira vez? Dor de barriga.

O que acontece é que em situações de estresse o cérebro entra em um modo de luta ou fuga e libera corticotropina e catecolaminas, como adrenalina. Estes hormônios podem aumentar a pressão arterial, gerar ansiedade, dor. Se for momentâneo tudo bem. Só que a vida moderna o estresse deixou de ser esporádico. E quando está presente sempre, de forma crônica, prejudica a microbiota intestinal, piora a imunidade, aumenta o risco de doenças. Outra questão é que a microbiota muda em situações de estresse.

Mas tem solução. Para cada caso, o nutricionista avaliará a melhor estratégia. O tratamento da microbiota geralmente é associado à dieta antiinflamatória, às vezes e momentaneamente baixa em FODMAPs e suplementada com nutrientes como glutamina, colágeno, ômega-3, probióticos ou fibras prebióticas, a depender de cada caso.

Outra é aprender a meditar. A técnica nos ensina a regular as emoções para que possamos manter a serenidade, a calma, o bom humor, a saúde intestinal e geral.

Pessoas mais estressadas ou ansiosas possuem, por exemplo, maior risco de síndrome do intestino irritável, condição que afeta mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo.

Existem cursos de formação online e também profissionais capacitados ensinando a distância. Escolha a melhor forma de iniciar ou avançar na sua prática meditativa.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

ESTRESSE GERA MUDANÇAS NO MATERIAL GENÉTICO

Evidências acumuladas sugerem que fatores ambientais, como o estresse, induzem mudanças epigenéticas que podem desencadear o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos e dependência de drogas.

O que são alterações epigenéticas ?

Fatores ambientais podem alterar a química do material genético. Por exemplo, podem ser introduzidos ou removidos carbonos na base nitrogenada citosina do DNA. Isto gera alteração na expressão (leitura) de genes. Alterações epigenéticas estão associadas a processos como aceleração do envelhecimento, maior risco de obesidade e de doenças complexas como diabetes, vários tipos de câncer, problemas respiratórios, cardíacos e psiquiátricos.

Uma situação estressante, como a morte de um ente querido, a perda de um emprego, o isolamento social, desencadeia a liberação de hormônios esteróides chamados glicocorticóides. Esses hormônios do estresse desencadeiam alterações em muitos sistemas em todo o corpo e induzem mudanças epigenéticas. Um dos sistemas afetados é o circuito de recompensas do cérebro.

Felizmente, os efeitos negativos do estresse podem ser combatidos com atividades gratuitas como caminhadas, apoio social e meditação. Hoje, ofereço uma prática para ajudar no combate ao estresse:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Redes sociais, relação com o corpo e o comer transtornado

Bulimia e anorexia são transtornos alimentares, diagnósticos que precisam ser tratados com uma combinação de medicamentos, psicoterapia e orientação nutricional adequada. Muitas pessoas não sofrem de transtornos alimentares mas também não tem uma relação boa com a comida. Privam-se quando querem comer, comem sem estar com fome, pensam em comida a maior parte do dia e por aí vaí. É o comer transtornado, um conjunto de comportamentos que levam ao comer disfuncional e impactam negativamente o bem estar (Brewer et al., 2018).

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A comida serve para nos nutrir, para nos dar prazer, para celebrarmos. Mas se começa a ocupar na vida um espaço muito grande, a interferir em outras rotinas e até nas relações passa a ser disfuncional. Pessoas que apresentam o comer transtornado têm pensamentos, crenças e atitudes relacionadas à comida, ao peso e à forma corporal que levam a comportamentos rígidos ou inflexíveis na forma como comem e como se exercitam. Pessoas com comer transtornado vivem preocupadas com ingredientes, calorias, peso. Se comem algo considerado “mal” culpam-se ou correm para academia para punir o corpo que não deveria ter consumido tal coisa. Algumas pessoas deixam de estar em ambientes que apreciam para não exporem-se a certos alimentos. Com isso, deixam de socializar com entes queridos. Nem precisamos dizer que a ansiedade tende a aumentar, assim como a insatisfação corporal, apesar dos constantes esforços para dominar o corpo.

Temos que ter cuidado com o que postamos nas mídias para não incentivar o culto ao corpo, o culto à magreza, dietas malucas, versões deturpadas do que seria belo ou saudável, pois pessoas vulneráveis ou influenciáveis podem desenvolver uma relação precária com a alimentação ao seguir determinados conteúdos.

Comer nunca deveria gerar sentimentos desagradáveis, nunca deveria provocar angústia ou medo. Poste com mais intenção, poste se for útil, relevante e bom para as pessoas que te seguem.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/