Yoga e o meio ambiente

Nossos pensamentos ansiosos são, em sua maior parte, não só inúteis, mas também destrutivos. A ansiedade pode se manifestar com sintomas físicos (enjoo, tontura, falta de ar, respiração ofegante, dor ou aperto no peito, palpitações cardíacas, dor de barriga, tensão muscular) e psicológicos (agitação, nervosismo, dificuldade de concentração, medo constante). Não é bom, por isso precisamos aprender a acalmar nossos pensamentos. O Yoga ajuda muito, mas o que tudo isso tem a ver com o meio ambiente?

A ecologia estuda as relações entre os seres vivos, homens, animais, plantas e microorganismos, como  bactérias e fungos. As relações entre todos estes seres são baseadas na troca de energia. A ansiedade também é entendida no oriente como uma forma de energia, que afeta nosso relacionamento conosco, com os outros e com o mundo.

Por exemplo, uma gestante muito ansiosa banha o feto de hormônios, o que pode comprometer seu desenvolvimento (Soares, 2018). Quando estamos ansiosos os microorganismos bons que habitam nosso intestino também sofrem e sintomas como gases e desconforto abdominal aparecem.

A ansiedade pode gerar medo, um estado de espírito contagioso, que se espalha rapidamente pelas famílias e comunidades. Quando praticamos yoga descansamos a mente em um lugar sem ansiedade nem medo. Descobrimos nossa coragem. Enquanto a depressão é alimentada quando remoemos o passado, a ansiedade aparece pelo medo do futuro. Quando focamos no presente nos sentimos melhor e convivemos melhor também com tudo o que há ao nosso redor.

Quanto mais meditamos mais íntimos vamos ficando com este estado de ser. Vamos também nos aproximando de nós para que possamos estar bem mesmo sozinhos. Isso é muito importante pois nem sempre os amigos e familiares estão disponíveis do jeito que precisamos. Com a meditação você cria uma conexão possível com quem é mais importante: você. Existem várias formas de meditar. Você pode prestar atenção na respiração, observar o por do sol, prestar atenção em suas sensações, entoar um mantra... O importante é estar presente no que está fazendo.

Muitas pessoas ansiosas comem mais alimentos ultraprocessados, como chocolates, balas, sorvetes, pizzas prontas. Ou seja, alimentos que não combatem a ansiedade e ainda podem fazer a pessoa ganhar peso ou prejudicar a própria saúde. Além disso, a produção destes alimentos ainda prejudica o meio ambiente: 

Outras pessoas quando estão ansiosas também podem abusar do álcool ou fazer muitas compras (de sapatos, roupas ou outros produtos) sem necessidade. O consumismo excessivo contribui para que fábricas emitam mais gás carbônico e poluam mais nosso ar. Além disso, o consumo gera lixo e exploração de recursos naturais. Precisamos mesmo de mais e mais para sermos felizes?

A meditação nos conecta com o que é importante. E abre nossa mente e coração para novas experiências. Há anos minha filha vem falando do coletor menstrual. Como eu usava o DIU nunca havia testado e na verdade achava estranho e assustador. Para as mulheres que não conhecem o coletor ou copo menstrual, trata-se de um recipiente de silicone ou borracha cirúrgica para a coleta da menstruação. Como resolvi parar de usar o DIU após 20 anos (!!!) decidi dar uma chance ao copinho coletor. Afinal, é muito mais ecológico do que comprar sacos e sacos de absorventes.

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O primeiro mês foi confuso. Achei um pouco desconfortável e tive medo de fazer atividade física ou dormir com ele. No segundo ciclo menstrual esqueci de comprar absorvente e só percebi na hora de dormir. Resultado? Tive que dormir com o copo coletor e ele foi um sucesso. Não vazou, não é mais desconfortável (nem lembrei que estava com ele, na verdade). Decidir ir para a natação com ele e foi ótimo. Nada de absorventes internos molhados e inchados. 

Para as meninas que nunca experimentaram recomendo pois são várias as vantagens: não causa assaduras, alergias ou irritações já que é feito com produtos de alta tecnologia. É fácil de colocar e tirar, só exige um pouquinho de paciência e prática. Existem vários vídeos explicativos na internet. Vale a pena testar. O investimento inicial é um pouquinho caro mas considerando que cada copinho pode durar até 10 anos, rapidamente o investimento estará pago.

E você, encontra outras relações entre a prática de yoga e o meio ambiente?

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Fatores que aumentam a compulsão alimentar

O transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) (do inglês binge eating disorder) é caracterizado pela ingestão de grande quantidade de alimentos em um período curto, acompanhado da sensação de perda de controle sobre o quê ou o quanto se come. 

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As causas do TCAP não são inteiramente compreendidas mas investigadores da área acreditam em uma combinação entre fatores genéticos, biológicos, ambientais e de estilo de vida. Ansiedade, depressão, abuso de álcool ou drogas podem contribuir para padrões negativos de pensamentos, baixa autoestima, sentimentos de culpa, vergonha e desesperança, os quais aumentam o risco de um comer disfuncional.  Quem se sente pressionado para perder peso. mais frustrado ou discriminado pela aparência também está em maior risco. Por isso, buscar ajuda profissional é importante. Fazer dietas restritivas sem orientação também aumenta o risco, principalmente quando começa-se na adolescência.

Em relação aos fatores biológicos várias hipóteses são levantadas. Duas delas são:

(1) resistência à leptina. A leptina é um hormônio produzido pelas células de gordura. Seu principal trabalho é avisar o cérebro quando já está satisfeito durante uma refeição. Pessoas com receptores de leptina com mau funcionamento comem mais até que sintam-se saciadas. O maior culpado pela resistência à leptina é o excesso de gordura corporal. Outra causa é a dieta com excesso de açúcar e alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, doces e salgadinhos. 

(2) baixos níveis de serotonina. Este neurotransmissor está diretamente ligado ao nosso humor, apetite e digestão. Comer carboidratos e açúcar aumenta a liberação de serotonina, o que faz a gente se sentir temporariamente bem. No cérebro viciado toda vez que os níveis de serotonina baixa a resposta é: "Já sei, é só comer um chocolate (ou bolo, torta, pão, pizza)". Só que a causa da queda constante de serotonina não está sendo tratada. Os níveis de serotonina ficam baixos se o intestino não está saudável, em pessoas que consomem muito álcool, pessoas deprimidas ou ansiosas. 

O intestino é responsável pela produção de 90% da serotonina. Para que ele fique bem é importante que a dieta contenha pelo menos 25g de fibras diariamente. Bons alimentos incluem aveia, aspargos, chuchu, pera, maçã, laranja, ameixa, mamão, alcachofra, leguminosas, castanhas e cogumelos. Alimentos fermentados e probióticos também ajudam a regular o intestino.

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Muitos fatores podem tornar difícil o controle metabólico, como sedentarismo, distúrbios dos sono, estresse, ansiedade, isolamento, tédio, falta de suporte social, baixa exposição solar, dentre tantos fatores que afetam a saúde. Não é fácil conciliar tantos fatores que afetam o consumo alimentar, o equilíbrio energético e metabólico.

King et al., 2020

King et al., 2020

Dicas para lidar com a compulsão alimentar

1. Mantenha-se hidratado. Certifique-se de que esteja bebendo água adequadamente. A desidratação aumenta a sensação de fome. Se não gostar de água pura, adicione gotinhas de limão ou faça um chá (sem açúcar).

2. Evite alimentos açucarados e carboidratos processados. Para combater a resistência à leptina prefira carboidratos complexos. Se desejar um chocolate opte por uma variedade com alto teor de cacau. Coma as frutas com aveia, castanhas ou canela. A suplementação de cromo e glutamina também poderão te ajudar. Estudos recentes mostram que a dieta cetogênica contribui para a entrada em remissão:

3. Não coma na bancada da cozinha, nem em pé. Planeje suas refeições, sente-se e mastigue bem. Coma com consciência e conseguirá regular muito melhor o que seu corpo precisa. 

4. Converse com um terapeuta com experiência na área. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é considerada hoje a melhor abordagem para o gerenciamento de transtornos alimentares pois contribui para a restruturação de erros na nossa forma de pensar e para o estabelecimento de rotinas saudáveis. 

5. Reduza o estresse. Você não precisa de uma nova dieta mas de uma nova forma de lidar com a ansiedade e as dificuldades do dia a dia. A meditação e o yoga são ferramentas que, ao longo do tempo, contribuem para o aumento da autoestima, para o relaxamento e para a redução da compulsão alimentar.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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