Saúde da mulher: o tratamento da síndrome dos ovários policísticos

A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é o distúrbio endócrino mais comum entre mulheres em idade fértil, sendo relacionada com uma série de alterações no metabolismo, incluindo a resistência à insulina e dislipidemia.

Com vistas à melhoria do metabolismo um grupo de pesquisadores avaliou a ação da coenzima Q10 em mulheres diagnosticas com SOP. Após 12 semanas de suplementação de Coenzima Q10, os autores verificaram aumento da sensibilidade à insulina e redução nos níveis de colesterol total e LDL (Samimi et al., 2017). A coenzima Q10 também pode ser encontrada em alimentos como sardinha, carnes, em algumas oleaginosas e vegetais verdes (como brócolis e espinafre). 

No vídeo abaixo discuto como modificações na dieta e suplementações de outros nutrientes podem aumentar a eficácia do tratamento da SOP:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Alimentação e suplementação no tratamento da endometriose

A endometriose é uma doença crônica, dependente de estrógeno, que acomete principalmente mulheres por volta dos 30 anos, apesar de estar sendo cada vez mais frequente nas mais jovens. Se não tratada e diagnosticada pode levar a infertilidade, além de aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de ovário e mama. 

6 tipos de dores causadas pela endometriose

A endometriose pode vir ou não acompanhada de dores. Na maioria das vezes, uma ou mais dessas 6 dores aparecem (são os 6 Ds da endometriose):

  1. Dor menstrual progressiva e, muitas vezes, incapacitante (não dá para trabalhar ou estudar)

  2. Dor ao urinar ou evacuar

  3. Dor durante ou após as relações sexuais

  4. Dor pélvica crônica

  5. Dores na lombar ou nos ombros

  6. Dor nos membros inferiores (pernas ou nádegas)

Causas da endometriose

Fatores genéticos, imunológicos, inflamatórios e exposição a toxinas ambientais parecem colaborar para o desenvolvimento da doença. Além disso, deficiências de nutrientes, como vitamina D, vitamina K, antioxidantes e ácidos graxos ômega-3 também associam-se a maior risco de endometriose. 

Estudam-se polimorfismos genéticos associados diretamente à endometriose e também indiretamente. Por exemplo, variações genéticas que alteram enzimas relacionadas ao metabolismo da vitamina D - especialmente alelo A para os SNPs rs2060793 e rs12794714 do gene CYP2R1 - aumentam o risco de deficiência de vitamina D e a predisposição à endometriose (Varandas, 2021).

Cuidar do intestino e da alimentação é muito importante

Como a endometriose está relacionada a uma inflamação crônica e maior estresse oxidativo, cuidar do intestino é fundamental. A disbiose intestinal não ajuda no tratamento. Existe também a microbiota do endométrio que será saudável se a microbiota intestinal e vaginal estiver saudável. Além de alimentos fermentados e probióticos, uma dieta rica em fibras que melhore essa microbiota é muito interessante.

Dependendo da dieta, das dores e das questões genéticas que podem favorecer uma maior produção de interleucinas e prostaglandinas, pode ser interessante a suplementação de curcumina e ômega-3 em maior quantidade. Além disso, é bom avaliar se a pessoa possui alergias e intolerâncias alimentares. Podem ser avaliados os genes HLA. Dependendo da genética pode ser essencial a exclusão do glúten.

Entender a capacidade de eliminação de toxinas também é fundamental e entender genes relacionados à destoxificação faz parte do acompanhamento nutricional de precisão. Tendência a hipo e hipermetilação também são importantes de serem estudadas. Dependendo da genética, algumas pacientes precisarão de vitaminas B9 e B12 em maior quantidade e em formas mais biodisponíveis para corrigir o metabolismo.

2 SUPLEMENTOS PARA O TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE

Um composto extraído de plantas amazônica, como a unha-de-gato (Uncaria tomentosa) e batizado de Miodesin® tem contribuído para o tratamento de miomas uterinos e da endometriose. As plantas utilizadas no fitocomplexo são ricas em taninos e alcalóides com atividades antiinflamatória, antioxidante, antitumoral e imunoestimulante. O fitoterápico unha-de-gato ser prescrito por nutricionista para uso oral ou por médico ginecologista para uso intravaginal, misturado a um veículo (Pentravan®) que permite a absorção pela pele.

Como a aromatase é mais abundante em mulheres com endometriose, o uso de inibidores de aromatase, como crisina, também é aconselhado, podendo ajudar a tratar mesmo casos mais graves.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Nutrição para prevenção e controle do tumor benígno do útero

Um fibromioma é uma massa ou tumor benígno localizado no útero que não é canceroso. Podem ser tão pequenos como uma ervilha ou tão grandes como uma bola de basquetebol. Cerca de 30% das mulheres com mais de 30 anos de idade têm fibromiomas. As causas dos fibromiomas não estão completamente elucidadas. No entanto, genética, desregulação hormonal e dieta inadequada parecem contribuir para o problema que pode gerar dor, hemorragias, aumento do volume abdominal, problemas nas costas, infertilidade, prisão de ventre e abortos de repetição.

No vídeo de hoje discuto o papel da nutrição na prevenção e tratamento dos fibromiomas ou miomas uterinos:

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BENÍGNO NÃO É LIGHT!

Um paciente com um tumor benígno na cabeça perguntou-me se precisa fazer a cirurgia para remoção. Sim, ele vive com dor de cabeça que não passa com remédio algum. E por isso, vive de mal humor, sem energia, sem dormir bem. Um tumor benigno não é um câncer, mas é uma massa que cresceu. Não se espalhou por outros tecidos mas pode causar impacto negativo na vida sim, como é este caso.

Uma coisa pode ser chamada de benigna, como a síndrome do intestino irritável e ainda assim ser chata, fazer a pessoa viver com dor abdominal, diarreia, mal estar. A longo prazo essa coisinha benigna, mas nada fácil, pode gerar até depressão. Ou seja, mesmo condições benígnas exigem cuidado. Cuide-se com amor!

Artigo ligando síndrome do intestino irritável à depressão e neurodegeneração (Aziz et al., 2021).

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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