Cuide do intestino e previna doenças associadas ao envelhecimento

A população está envelhecendo. A expectativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de que, até 2055, o número de pessoas com mais de 60 anos supere o de brasileiros com até 29 anos.

Alzheimer e Parkinson são algumas das doenças degenerativas crônicas associadas ao envelhecimento. Em geral, manifestam-se depois dos 60 anos, provocadas pelo decréscimo na produção de neurotransmissores responsáveis pela propagação de sinais na cadeia de circuitos nervosos. 

A doença de Parkinson é um distúrbio motor com quatro características principais: rigidez muscular, tremor em repouso, lentidão de movimentos e instabilidade postural. A enfermidade se manifesta quando ocorre uma falha na produção de dopamina. Este neurotransmissor é responsável pela transferência de informações entre os neurônios que regulam a realização dos movimentos voluntários automáticos, como andar e conversar ao mesmo tempo. O quadro se agrava à medida que vão morrendo as células nervosas que fabricam dopamina. Nesses casos, a tendência é instalar-se um comprometimento cognitivo semelhante aos que surgem nos acidentes vasculares cerebrais.

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Na doença de Alzheimer, a principal característica é o declínio progressivo de funções intelectuais, representando a forma mais comum de demência. O processo degenerativo se instala quando placas de proteína beta-amilóide e emaranhados formados pela proteína tau destroem os neurônios em regiões do cérebro, como o hipocampo e o córtex cerebral. Isso explica a perda progressiva da memória, do pensamento abstrato, da capacidade de aprendizado, do domínio da linguagem e da orientação espacial, assim como algumas mudanças de comportamento. Com a evolução da doença, o processo degenerativo cerebral afeta as funções motoras, levando à incapacidade de realizar atividades diárias comuns.

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Muitos estudos focam na prevenção de doenças degenerativas do cérebro. A genética tem influência no aparecimento das mesmas. Contudo, existem fatores de risco ambientais como sedentarismo, tabagismo, hipertensão, diabetes, aumento do colesterol e dos triglicerídeos, contato com metais pesados.

Estudos mostram ainda que um intestino saudável é importante para a prevenção destas doenças. Um intestino saudável gera menos inflamação, protegendo todo o corpo, inclusive o cérebro. Já pessoas com o intestino mais inflamado podem desenvolver distúrbios neuropsiquiáticos como ansiedade, depressão e aumento do risco de Alzheimer e Parkinson. 

Para manter o intestino saudável deve-se consumir água, fibras, presentes em castanhas, frutas, verduras, arroz integral, castanhas, leguminosas, cogumelos, aveia. Remédios que interferem na composição da microbiota, como antibióticos, antidepressivos, anti-inflamatórios e analgésicos não devem ser consumidos sem indicação e acompanhamento médico. 

De acordo com os critérios de Roma IV o intestino deverá funcionar diariamente. A evacuação deve produzir fezes inteiras e macias, de cor marrom. Em caso de dúvidas procure um nutricionista funcional.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Eixo microbiota-intestino-cérebro e modulação de emoções e comportamento

Intestino e cérebro estão sempre comunicando-se. Sinais do cérebro modificam a movimentação, as sensações e produção de secreções no trato digestório. Por sua vez, o intestino envia sinais ao cérebro, que podem afetar as emoções, o comportamento, os níveis de estresse e de dor.

O eixo microbiota-intestino-cérebro influencia a produção de ácido gama-aminobutírico (GABA) e c-Fos. GABA ajuda a combater a ansiedade e sintomatologias de transtornos neuropsiquiáticos. Quando um neurônio é ativado de forma intensa, desencadeia-se o aparecimento de genes de expressão imediata, dentre eles o c-Fos. Este gene codifica a proteína com o mesmo nome, a qual relaciona-se com importantes processos bioquímicos como plasticidade neuronal, crescimento celular e mitose. 

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Ensaios clínicos mostram que os probióticos (bactérias boas) possuem efeitos benéficos aliviando o sofrimento psicológico e normalizando o número de células Natural Killer (NK) reduzidas pelo estresse físico ou mental e por problemas gastrointestinais. Bactérias boas podem ser adicionadas à dieta por meio da ingestão de alimentos como iogurtes, leites fermentados, kefir ou pelo consumo de suplementos de probióticos.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Quem gosta de pistache?

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Castanhas e sementes são cheios de benefícios à saúde. O pistache é nativo do sudoeste asiático e de países árabes. É bastante presente na culinária de países como Irã, Síria, Israel e Palestina. No ocidente a região de maior cultivo é a Califórnia, nos Estados Unidos. 

Estudos mostram que o consumo de pistache pode ajudar na atividade antioxidante e anti-inflamatória, no controle glicêmico e na função endotelial, reduzindo o risco de doenças cardíacas

Por ser rico em fibras, aminoácidos e ácidos graxos contribui para a saciedade e controle do peso. Também é fonte de potássio, magnésio, vitamina K, vitamina E e fitoquímicos como luteína, zeaxantina e antocianinas. A luteína e a zeaxantina contribuem para a saúde dos olhos, melhoria da visão e prevenção da catarata. As antocianinas, também presentes no açaí, nas amoras, no mirtilo e na berinjela, previnem a degeneração celular.

Na hora da compra, prefira os pistaches com casca, sem sinais de mofo, umidade ou com danos causados por insetos. Assim, o risco de adquirir um pistache contaminado por aflatoxinas é menor. As aflatoxinas são substâncias produzidas por fungos, que contaminam os alimentos e aumentam o risco de câncer hepático.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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