O selênio é um mineral essencial ao nosso organismo. Faz parte de selenoenzimas antioxidantes que protegem nosso corpo contra doenças como câncer, diabetes tipo 2 e doenças da tireóide. O problema é que enquanto o consumo insuficiente está relacionado à estas condições, o consumo exagerado também!
Os estudos mostram que cada castanha do Brasil (castanha do Pará) contém de 200 até 400mcg de selênio, o que por si gera uma dose altíssima se comparado a recomendação de selênio para adultos (55mcg/dia). Tudo bem, nosso corpo não absorve 100% do mineral, mas como o limite máximo recomendado é justamente 400mcg ao dia, não há necessidade de consumir mais que uma unidade por dia e, claro, nem de suplementação, a não ser em situações especiais. Mas toda castanha conterá esta quantidade de selênio? Não, um grande problema é que a quantidade de selênio na castanha depende da qualidade do solo, fazendo com que as concentrações do mineral na oleaginosa varie entre 0.2 e 5.0 mg/100g dependendo da origem.
O solo se forma devagar, em relação estreita com água, ar, seres vivos, presença de rochas. As atividades humanas podem transformar o solo rapidamente, destruindo-o e empobrecendo-o, o que vem acontecendo ano a ano. E claro, se o solo for pobre, a quantidade de nutrientes na castanha será pequena. Parece também que quanto maior é a quantidade de agrotóxicos utilizados menos a planta consegue incorporar o selênio e outros minerais como zinco, ferro, magnésio, cálcio... Daí a importância de uma dieta variada, colorida e, orgânica, sempre que possível.