A necessidade de meditar

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Eu encontrei meu caminho na meditação anos atrás, por necessidade. Estava mega estressada e com muita arritmia. O coração vinha na boca. Fui a vários cardiologistas e um deles pediu para que eu diminuísse o ritmo. Voltei a praticar yoga e comecei a meditar diariamente. Sentindo os benefícios na própria pele, passei a indicar a meditação para meus pacientes, super ansiosos e compulsivos alimentares. E a resposta ao tratamento ficou muito melhor.

Quando fui pesquisar nos Estados Unidos fechei o consultório e comecei a receber mensagens pedindo para que eu voltasse. Naquele momento resolvi montar um curso online com práticas de alimentação consciente que os ajudassem mesmo a distância. Funcionou também. A prática é individual, diária, mesmo que por 5 minutos. E é descomplicada. Basta fechar os olhos e prestar atenção na respiração. Com o tempo você verá que passa a prestar atenção nos outros aspecto da vida, que ela começa a ficar mais leve, que a ansiedade diminui, que o mundo parece mais colorido e feliz.

Muita gente luta com o peso, a alimentação é desequilibrada, envolta por estresse e sofrimento. Mas através de exercícios de meditação, a maioria das pessoas ganha habilidades de auto-regulação, passam a perceber melhor o que está acontecendo, percebem se querem comer ou se querem um abraço, se estão com fome ou apenas entediadas. Tornam-se mais conscientes acerca dos alimentos que caem bem e dos que geram desconfortos. E isso facilita as mudanças necessárias no estilo de vida. A integração da atenção plena a um plano de reeducação nutricional é muito útil. Com mais sensibilidade e menos julgamento, a vida volta a se equilibrar, os sintomas da ansiedade e até da depressão tendem a desaparecer, assim como pensamentos disfuncionais e sensações físicas desconfortáveis. 

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Mindful eating e meditação

Confesso que meus clientes ficam surpresos quando indico que iniciem uma prática de meditação. Não precisa ser muito, 5 a 10 minutos ao dia já reduzem a ansiedade, relaxam e ajudam a diminuir a compulsão alimentar. E não é difícil começar. Basta sentar e observar a respiração entrando e saindo do corpo. Só isso mesmo. E você não precisa estar em uma caverna nos Himalaias, em posição de lótus. Você pode fazer isso sentado em uma cadeira ou no sofá, no banco do ônibus ou do metrô, em pé na fila do banco ou do supermercado.

Durante o dia todo outra práticas podem ser aos poucos incorporadas. Por exemplo, eu gosto de escovar os dentes ou pentear os cabelos com minha mão não dominante. Assim, já começo o dia prestando atenção ao que estou fazendo. Também gosto de praticar yoga. E para quem come rápido demais, pousar o garfo no prato, observar as mastigações, o sabor do alimento, seu aroma ajudam muito. Ensino mais sobre o assunto no curso de 8 semanas.

Hoje, grandes empresas ensinam práticas de atenção plena a seus funcionários, como Google, Target, Harvard e General Mills. Isto porque as práticas reduzem a ansiedade, melhoram a concentração, aumentam a produtividade. Para quem quer perder peso, a prática de mindful eating (comer consciente) é muito benéfica pois reduz a compusão alimentar. Também é um tratamento coadjuvante para a depressão, para a hipertensão, para traumas e para a dor crônica.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Práticas de mindfulness podem prevenir obesidade em crianças

Mindfulness resume-se a repetidamente prestar atenção ao que acontece no momento presente com aceitação. Em um mundo tão conectado em que as crianças assistem a TV, estudam (mal) e jogam videogame ao mesmo tempo, um novo tipo de educação parecer ser importante. A meditação e as práticas de mindfulness surgem neste cenário, sendo indicados por pesquisadores influentes da área.

Uma pesquisa publicada na revista Heliyon sugere que o equilíbrio nas redes cerebrais em crianças obesas é diferente em relação ao das crianças mais magras. As primeiras tendem a ser mais impulsivas, em geral comem mais e apresentam maior dificuldade na perda de peso.

Para evitar a obesidade seriam necessárias então modificações na forma como o cérebro funciona, além de mudanças na dieta e na rotina de exercícios. Os autores do estudo sugerem que a identificação precoce das crianças em risco de obesidade é muito importante. Identificadas, devem passar por programas que envolvam abordagens naturais e não restritivas para o controle do peso.

As práticas de atenção plena são indicadas pois reduzem a impulsividade, são baratas, sem contra-indicações e simples. A criança é ensinada a prestar atenção a uma coisa por vez. Quando estiver escovando os dentes ou lavando as mãos, prestar atenção apenas à atividade em curso, quando estiver estudando focar só nisso. Exercícios que incluem movimentos corporais com atenção e práticas onde o foco está na respiração também são trabalhados. E na hora de comer? O ideal é sentar-se à mesa e observar a cor, textura, disposição dos alimentos. Avaliar o aroma, a sabor, mastigar lentamente e prestar atenção nos efeitos do alimento no corpo. É uma prática para a família toda. Temos muitas oportunidades de praticar mindfulness ao longo do dia, enquanto fazemos nossas atividades normais. Ensine aos seus filhos!

Os resultados revelaram uma ligação entre peso, comportamento alimentar e equilíbrio na função cerebral. Para os pesquisadores da área, as práticas de atenção plena podem reequilibrar as conexões cerebrais associadas à obesidade infantil, em três áreas: (1) o lobo parietal inferior, associado à inibição, a capacidade de substituir uma resposta automática (neste caso, comer ); (2) o lobo frontal, que está associado à impulsividade; (3) o núcleo accumbens, que está associado à recompensa.

Práticas meditativas podem ser incluídas. As mesmas reduzem o estresse e a ansiedade, os níveis de cortisol e a compulsão.

CURSO ALIMENTAÇÃO INTUITIVA E CONSCIENTE

Artigo: Chodkowski et al. (2016). Imbalance in resting state functional connectivity is associated with eating behaviors and adiposity in children. DOI: 10.1016/j.heliyon.2015.e00058

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/