Dieta retarda o declínio cognitivo em idosos

A atividade física e o treinamento cognitivo estão entre as estratégias destinadas a prevenir ou retardar o declínio cognitivo em idosos. Agora, um estudo da Universidade do Sul da Flórida  mostrou que uma dieta rica em  nutrientes ricos em antioxidantes e outros componentes naturais ajuda a aumentar a velocidade com que os cérebros de adultos mais velhos processam informações. Os pesquisadores Paula Bickford e Brent Small desenvolveram e administraram um suplemento contendo extratos de mirtilo e chá verde (alimentos antioxidantes, ricos em polifenóis) combinados com vitamina D3 e aminoácidos a um grupo de adultos saudávei, com idades entre 65-85 . 

O estudo de dois meses avaliou os efeitos da fórmula sobre o desempenho cognitivo destes adultos mais velhos, sem problemas de memória previamente diagnosticados.  Dentre os voluntários, 52 receberam o suplemento e 53 receberam uma substância placebo.Os participantes de ambos os grupos passaram por uma bateria de testes de memória antes e depois das intervenções. Depois de dois meses, o grupo suplementado teve melhoria na velocidade de processamento de informações.Outros estudos já haviam mostrado que alimentos antioxidantes ricos em polifenóis retardam o estresse oxidativo e a inflamação relacionadas ao envelhecimento.  Outros estudos clínicos serão realizados para que os efeitos deste estudo sejam melhor compreendidos.

Referência: Brent Small, Kerri Rawson, Christina Martin, Sarah Eisel, Cindy D Sanberg, Cathy McEvoy, Paul Sanberg, R. Douglas Shytle, Jun Tan, Paula C Bickford. Nutraceutical Intervention Improves Older Adults’ Cognitive Functioning. Rejuvenation Research, 2013.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Obesidade aumenta o risco de câncer de cólon em homens

Mais um estudo mostrou a relação entre a obesidade em homens e o aumento da incidência de câncer de cólon. De acordo com pesquisadores da Universidade de Michigan o hormônio leptina, usualmente elevado em indivíduos com maior índice de massa corporal e uma maior circunferência da cintura, possuem maior probabilidade de ter pólipos colorretais , tumores pré-cancerosos ligados à câncer de cólon. O estudo levou 18 meses e acompanhou 126 homens saudáveis. Dentre aqueles com sobrepeso ou obesidade 30% possuíam pólipos intestinais e os participantes mais obesos eram 6,5 vezes mais propensos a ter três pólipos ou mais. O estudo mostrou que indivíduos com indivíduos com aumento de leptina plasmática devem realizar a colonoscopia, mesmo que estejam fora da faixa etária considerada de risco (acima de 50 anos).

Acesse o estudo na íntegra: Sarah S. Comstock, Kari Hortos, Bruce Kovan, Sarah McCaskey, Dorothy R. Pathak, Jenifer I. Fenton. Adipokines and Obesity Are Associated with Colorectal Polyps in Adult Males: A Cross-Sectional StudyPLoS ONE, 2014; 9 (1): e85939.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Seu filho está acima do peso?

O percentual de crianças e adolescentes acima do peso no Brasil é preocupante. Na faixa etária de 0 a 8 anos estimam-se 52% com excesso de peso e 18% com obesidade; dos 9 aos 11 anos a estimativa é de que 44% tenham excesso de peso e 13% obesidade. Já a partir dos 12 anos são 47% de adolescentes com excesso de peso, sendo 14% deles obesos (Brasil, 2012). Mas será que os pais estão preparados para enfrentar o problema?

Nos EUA um estudo publicado este ano mostrou que mais da metade dos  pais não reconhecem que o filho está acima do peso. Subestimar o estado nutricional de crianças e adolescentes pode agravar o problema já que estratégias corretivas de alimentação e atividade física não são adotadas. A obesidade na infância e adolescente tende a ser mantida na vida adulta, aumentando o risco de diabetes, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. Por isto, se estiver em dúvida acerca do estado nutricional de seu filho marque uma consulta com um nutricionista.

Fonte: A. Lundahl, K. M. Kidwell, T. D. Nelson. Parental Underestimates of Child Weight: A Meta-analysis. PEDIATRICS, 2014.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/