Treinamento e vida sexual

Uma dieta adequada ajuda para que a atividade física tenha apenas ou principalmente reflexos positivos para a libido. Conheça os alimentos que ajudam nesse sentido. A atividade física regular traz muitos beneficios à saúde: reduz o colesterol, melhora a glicemia, promove a perda de peso, previne a osteoporose, diminui a pressão sanguínea, reduz a severidade da asma, ajuda na prevenção de alguns tipos de câncer, retarda o envelhecimento, melhora o humor e a autoestima, oxigena as células, desenvolve força muscular, controla a inflamação. Esta combinação de fatores positivos também contribui para a melhoria da libido, tanto em homens quanto em mulheres.

Estudos mostram, por exemplo, que a libido da mulher aumenta 20 minutos após um exercício vigoroso e que, nos homens, os níveis de testosterona, hormônio relacionado ao comportamento e interesse sexual, também aumentam após atividade física rápida e intensa.

Mas cuidado com o exagero!

Não mover o corpo é ruim. Por outro lado, exercícios em excesso estão associados à queda dos níveis de testosterona, levando à redução da libido nos homens. Em mulheres, o exercício excessivo acarreta redução dos hormônios estrogênio e progesterona, diminuindo a libido e a satisfação sexual. O treino excessivo também aumenta os níveis do hormônio cortisol, em ambos os sexos, gerando catabolismo muscular (redução dos músculos), suprimindo a produção de testosterona nos homens e de estrogênio nas mulheres.

Para contrabalancear os efeitos do treino exaustivo, descanso e alimentação saudável são fundamentais. A dieta precisa fornecer nutrientes capazes de elevar a produção dos hormônios sexuais. Por isso, a inclusão de gorduras boas, provenientes do azeite de oliva, abacate, açaí, salmão, atum, sardinha, tainha e castanhas, é necessária. O consumo de boas fontes de vitaminas e minerais também é indispensável, daí a necessidade em se aumentar a ingestão de frutas, verduras e cereais integrais. Associado a isso, deve-se diminuir o consumo de alimentos industrializados, já que são ricos em açúcar, gorduras saturadas e trans, as quais contribuem para o processo aterosclerótico e de má circulação, problemas que afetam todas as veias e artérias, inclusive aquelas que irrigam os órgãos sexuais.

Estudo recente também mostrou que o consumo exagerado de café por mulheres diminui os níveis de hormônios circulantes, impactando negativamente a libido.

NO LUGAR DO VIAGRA. Se tais estratégias não funcionarem, a solução é diminuir um pouco o volume de treino a fim de minimizar o estresse orgânico. Disfunções eréteis também podem ser tratadas via medicação, uma delas é o Viagra, nome comercial do citrato de sildenafila, o qual aumenta a circulação local, por meio da liberação do óxido nítrico. Alguns efeitos colaterais associados à droga são dores de cabeça, má digestão, maior sensibilidade à luz, visão borrada e queda da pressão arterial.

Se a medicação não for a melhor solução, outra alternativa é o consumo de alimentos que contenham arginina, pois o aminoácido estimula a produção do óxido nítrico, levando à vasodilatação e à melhoria da circulação periférica. São exemplos de alimentos ricos em arginina: peixes, frutos do mar, arroz integral, semente de girassol, nozes, avelãs, uvas secas, coco, amêndoas, castanha de caju e amendoim. A arginina também pode ser suplementada por um médico ou nutricionista.

Uma vitamina essencial neste processo é a colina, a qual é precursora do neurotransmissor acetilcolina. Este, em baixas quantidades, leva à diminuição do desejo sexual. A acetilcolina também é fundamental para a transmissão de sinais dos nervos aos músculos e destes para o restante do organismo. Assim, aumentando-se a acetilcolina, os níveis de energia e bem-estar também sobem. A gema do ovo caipira é excelente fonte de colina. Couve-flor, repolho, alface, grãos, legumes e nozes igualmente são fontes vegetais dessa vitamina do complexo B.

Para terminar, não podemos deixar de fora o neurotransmissor dopamina, o qual também aumenta o interesse sexual. Os principais precursores do hormônio são os aminoácidos fenilalanina e tirosina presentes principalmente em alimentos de origem animal. Para a conversão destes nutrientes em dopamina, o consumo de vitamina B6 (piridoxina), vitamina B9 (ácido fólico), vitamina C e cobre é requerido. No quadro ao lado, são indicadas algumas fontes destes elementos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Salvando a pele do corredor

A pele é o maior tecido do corpo humano e tem funções enormes, compatíveis com sua extensão. Além de ser um órgão de sensibilidade tátil, recebendo tanto estímulos de pra­zer quanto de dor, ainda protege os órgãos internos das variações de temperatura, lesões mecânicas, irradiação ultravioleta, agressões químicas e microrganismos. 

Porém, alterações na sua estru­tura fazem com que ela desempe­nhe estas funções com maior difi­culdade. Daí a importância de um estilo de vida saudável, capaz de manter a integridade do tecido por toda a vida.
As principais alterações da pele decorrem da interação entre o pro­cesso natural de envelhecimento, a exposição crônica aos raios ul­travioleta, a alimentação inade­quada e o aumento da produção de radicais livres, processo comum durante as corridas. 

O resultado dessa combinação aparece na forma de rugas, desca­mações, manchas senis, diminuição da espessura e menor elasticidade cutânea. Corredores também po­dem enfrentar outros problemas dermatológicos como queimaduras solares, traumas nas unhas dos pés, micoses, bolhas e assaduras na re­gião das coxas.

COMO SE PROTEGER. Treinos lon­gos ou intensos e exposição solar prolongada estão associados ao aumento da produção de radicais livres, que aumentam o número e profundidade das rugas, o risco de flacidez e o câncer de pele. No verão, é importante o uso de filtro solar com fatores de proteção acima de 30. Os mesmos devem ser aplicados meia hora antes do treino e reapli­cados a cada duas horas. 

Já a dieta do corredor deve in­cluir alimentos ricos em substân­cias antioxidantes, como carote­noides, vitamina E, vitamina C, cobre, flavonoides, selênio e zinco (veja quadro).
No caso de assaduras, recomen­da-se o uso de vaselina nas regiões mais sensíveis, uso de roupas com tecidos leves e macios. Para me­lhorar a saúde cutânea após uma assadura, utilize hidratantes com ureia, evite o uso de roupas justas e não faça depilação até o comple­to restabelecimento das lesões. 
Sucos e saladas que incluam ali­mentos com propriedades cicatri­zantes são formas de recuperar a pele. Frutas cítricas (acerola, camu­-camu, laranja, limão, morango, tangerina) são ótimas fontes de vitamina C, nutriente com proprie­dades variadas, como melhoria do sistema imunológico, redução do número de patógenos, combate aos radicais livres. Açaí, amora e mirti­lo são outras opções. 

Adicione também, diariamente, uma fonte de carotenoides, nu­trientes precursores da vitamina A e capazes de prevenir e tratar as assaduras. Frutas e vegetais, como manga, mamão, batata-doce, cenoura, alfafa, brócolis e toma­tes, são boas opções. Os carote­noides também ajudam o tecido a ficar com uma coloração mais bo­nita e saudável.

Para complementar o coquetel, utilize óleos, especialmente aqueles adicionados de vitamina E (tocoferóis e tocotrienóis). Você também pode caprichar no consumo de alimentos que contenham vitamina E, como amendoim, azeite de oli­va, sementes de girassol, gérmen de trigo, vegetais verde-escuros, grãos integrais ou nozes.

Após o sol é importante manter-se bem hidratado. Água, chás gelados, sucos e água de coco são mais que bem-vindos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Panelas 2

Prometi a mim  mesma que este ano iria cozinhar mais em casa. Na rua acabamos comendo mais besteiras, mais açúcar, mais sal... Hoje resolvi fazer um risoto em casa. Usei 1 xícara de arroz integral, 1 xícara de quinua em grãos e 1/2 xícara de chia em grãos. Coloquei tudo em minha panela de cerâmica. Ela está aqui em casa há meses e ainda não a tinha usado. As panelas de cerâmica tem como vantagens a facilidade de higienização e a beleza. Além disso mantém o alimento aquecido por mais tempo. Porém são mais frágeis e como esquentam rápido requerem maior habilidade de preparo para o alimento não queimar.

Bom, coloquei todos os ingredientes na panela e cobri com água. Deixei o fogo bem baixinho e fui fazer outras coisas. Rapidamente senti o cheiro da quinoa queimando (o odor é parecido com pipoca estourando). Por isto precisei voltar para a cozinha para ficar mexendo o arroz.Quando a água baixou adicionei creme de leite e molho de tomate caseiro. Ficou uma delícia. Há, sirva com uma salada!

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Panela de cerâmica esmaltada

Vantagens:  fácil de limpar porque é anti-aderente, conserva bem o calor e não libera substâncias prejudiciais à saúde nos alimentos. 

Desvantagem: Não compre marcas muito baratinhas em feiras de bugingangas importadas. Algumas marcas, de procedência duvidosa, possuem metais pesados, como chumbo ou cádmio, na tinta usada para a pintura. Estes metais pesados podem contaminar o alimento trazendo riscos à saúde.

A moda agora é a panela de aço cirúrgico. Perguntam-me muito sobre ela. É bem mais cara que as outras panelas e possui vantagens já que não libera substâncias tóxicas nos alimentos, é anti-aderente, fácil de limpar e mantém bem o calor, economizando energia no momento da cocção.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/