Mudar a dieta é fácil?

A resposta a esta pergunta infelizmente é não. Nossos hábitos alimentares não são simples. Os mesmos são desenvolvidos ao longo dos anos e estão relacionados a um complexo sistema cultural repleto de símbolos, significados e classificações. Muitas variáveis se somam para determinar nossas escolhas alimentares, como por exemplo, o preço do alimento, seu sabor, valor nutricional, aparência e condição higiênica.  Além disso, aspectos biológicos, socioculturais, antropológicos, econômicos e psicológicos também estão envolvidos.

A adesão a uma nova dieta depende de fatores pessoais, cognitivos, interpessoais. Por isto, é mais que o cumprimento de orientações. Significa o compromisso de colaborar ativamente com um tratamento que foi proposto de mútuo acordo entre o cliente e o profissional de saúde, com a finalidade de produzir o resultado desejado. É uma parceria entre quem cuida e quem é cuidado.

No consultório, o atendimento individual costuma acontecer mensalmente, o que é adequado para uma série de indivíduos. Porém, outras pessoas precisam de maior suporte social, para que possam compartilhar o dia a dia, suas atitudes, crenças e desafios durante o tratamento. Assim, o acompanhamento com maior frequência ou mesmo as consultas em grupos parecem mais efetivos, inclusive para o aprendizado de habilidades de automonitoramento e autogestão para a prevenção de recaídas.

Grupos de tratamento são então uma opção para aqueles que sentem mais dificuldade em seguir nas modificações de hábitos sozinhos. Os grupos consistem em espaços solidários que permitem acesso à informação, troca de experiências, intercâmbio de motivações, apoio mútuo e interações que conduzem a superação de dificuldades comuns.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Novo gene da obesidade

Pesquisadores do Centro de Pesquisa Nacional do Câncer, na Espanha,  descobriram, de forma inesperada, o papel  do gene RAP1, como protetor da obesidade. O trabalho foi publicado na revista Cell mostra que ratos que não possuem o gene acumulam gordura abdominal mais facilmente, desenvolvem esteatose hepática, altos níveis de insulina plasmática, hiperglicemia e dislipidemias. O interessante é que o RAP1 faz parte do complexo de shelterinas, um grupo de proteínas que formam os telômeros, protegendo nosso DNA. Saiba como proteger seu telômero, conservar seu RAP1 e diminuir o risco de síndrome metabólica assistindo a vídeo aula neste link.

Genes associados a obesidade vem sendo identificados com maior frequência ao longo dos anos, em decorrência do desenvolvimento das técnicas de pesquisa. Este ano outro estudo espanhol mostrou que a capacidade de metilação de determinados genes influencia a resposta às dietas. No caso, indivíduos com genes mais metilados conseguiam perder mais peso do que indivíduos com baixa capacidade de metilação.  Conhecer o perfil genético nos ajudará a traçar estratégias mais eficientes para o tratamento da obesidade, da síndrome metabólica e de diversas outras doenças.

OS EXAMES NUTRIGENÉTICOS ESTÃO FICANDO MAIS BARATOS. MINIMAMENTE ESCOLHA UM TESTE QUE AVALIE:

1. Genes associados à obesidade

2. Regulação do metabolismo lipídico

3. Risco de desenvolvimento de Diabetes Melitos tipo 2

4. Hipertensão arterial sistêmica

5. Metabolismo da vitamina B9

6. Metabolismo da vitamina D

7. Intolerância à lactose

8. Metabolismo da cafeína

9. Modulação da resposta inflamatória, estresse oxidativo e desintoxicação

10. Metabolismo de vitaminas

11. Intolerância ao glúten / Doença celíaca

Os resultados são disponibilizados entre 45 e 90 dias, dependendo do teste adquirido. Existem hoje painéis genéticos mais completos, que avaliam mais de 4.000 polimorfismos (variações). Para conversar sobre a melhor opção para você, marque uma consulta clicando neste link.

TESTE SEUS CONHECIMENTOS EM GENÔMICA NUTRICIONAL
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Coenzima Q10 diminui risco de morte em cardiopatas

0902_blog_Coenzima-q10_1000x625px.jpg

A coenzima Q 10 ou ubiquinona está presente em praticamente todas as células de nosso organismo pois participa dos processos de geração de energia (ATP).  Órgãos com maior demanda energética como cérebro, coração, fígado e rins são ricos em Q10, coenzima que atua ainda como antioxidante.  Como alguns medicamentos  para a diminuição da pressão e dos níveis de colesterol sanguíneo inibem a produção da ubiquinona, sua suplementação é bastante comum em pacientes hipertensos, dislipidêmicos ou cardiopatas, além de casos de disfunção mitocondrial.

As pesquisas que até então mostraram benefícios do uso deste suplemento no tratamento de insuficiência cardíaca mostram que a causa é justamente a redução do estresse oxidativo, em razão das propriedades antioxidantes da Q10. Agora, um estudo (Q-Symbio) apresentado na European Society of Cardiology conference  avaliou 420 pacientes, com idade média de 62 anos, portadores de condições cardíacas graves, incluindo transplantados em 8 países. Os mesmos foram divididos em 2 grupos. O primeiro tomou 100 mg de CoQ10 três vezes ao dia e o outro grupo ingeriu um placebo.  Após 2 dias

  • 14% dos pacientes suplementados com CoQ10 pioraram
  • 25% dos pacientes do grupo placebo pioraram
  • 9% dos pacientes suplementados com CoQ10 morreram
  • 17% dos pacientes do grupo placebo morreram

Apesar dos resultados terem sido estatisticamente significativos mostrando a importância do uso de coenzima Q10 em pacientes cardiopatas graves os autores relataram pontos fracos da pesquisa como a dificuldade em recrutar pacientes, o uso diferenciado de medicamentos entre os mesmos, o estudo foi patrocinado pela indústria farmacêutica, o estudo ainda não foi avaliado por pares nem publicado, não existem estudos consistentes sobre os efeitos colaterais da ubiquinona.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/