Genética e personalidade

O gene COMT fornece instruções para produzir uma enzima chamada catecol-O-metiltransferase. Estima-se que 20-30% das pessoas de ascendência européia tenham uma variação do gene COMT que limita a capacidade do corpo de remover catecols (um tipo específico de molécula que inclui dopamina, norepinefrina, estrogênio, etc.) em 3-4 vezes.

Essa variação "lenta" do gene COMT é chamada de Met/Met, AA ou +/+. A COMT também está associada a maiores níveis de cortisol e disfunção do eixo HPA (que é amplamente responsável pela capacidade do corpo de se acalmar e desestressar). Pessoas com essa variação tendem a ser mais reativas, estressadas ou ter traços mais neuróticos.

Estratégias para alteração da Met/Met da COMT

Se você fez seu exame genético e descobriu que tem a COMT lenta, algumas estratégias serão importantes e a nutrição pode ajudar muito:

  • A COMT é um gene envolvido na metilação. Não deixa faltar nutrientes que apoiam este tipo de reação bioquímica como B2, B6, B9 e B12 e magnésio.

  • Já que você tem mais dificuldade de remover catecois, evite proteína excessiva na dieta, assim como suplementos de tirosina, triptofano e fenilalanina que serão convertidos em dopamina e desencadearão a liberação de catecol. Álcool também aumente a liberação de dopamina, devendo ser evitado.

  • Limite a cafeína pois ela também aumenta a liberação de catecols. A COMT lenta pode alterar o sono. Se você está com dificuldade para dormir, capriche na higiene do sono.

  • Consuma mais brássicas (crucíferas), como repolho, brócolis ou couve-flor, sementes como linhaça e suplementos contendo DIM, que apoiam a destoxificação hepática da Fase 2 e ajudam a remover metabólitos tóxicos.

A alimentação deve ser combinada com estratégias de estilo de vida como yoga, meditação ou outra atividade que ajude a limitar o estresse e a produção de ainda mais adrenalina.

COMO SABER SE TENHO ALTERAÇÃO DE COMT?

Para avaliar este e outros genes que podem alterar sua neurotransmissão ou dificultar a eliminação dos hormônios do estresse (como CYPs, GST e outros) será necessário fazer um teste genético. A coleta é super simples (geralmente saliva) e os resultados nos dão informações para que possamos atuar de forma mais assertiva.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Obesogenes - os genes da obesidades

Vários genes interferem no metabolismo energético. Vamos conhecer alguns deles hoje.

https://www.genecards.org/Search/Keyword?queryString=obesity

Mas lembre: genética não é destino. Ela determina 20% do que acontece, os 80% são o que a gente faz. Um exame genético pode identificar suas principais variações associadas à obesidade, te ajudando a entender melhor o que precisará fazer para compensar genes alterados.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Por que um medicamento ou suplemento funciona para uma pessoa e não para outra?

Pacientes com depressão, ansiedade, esquizofrenia, burnout frequentemente apresentam aumentam de homocisteína.

Dentre as causas estão polimorfismos do gene MTHFR que interferem no ciclo da metionina, na metilação e na produção de neurotransmissores.

Quem possui polimorfismo de MTHFR vai se beneficiar da suplementação de vitamina B9 na forma ativa. O mesmo não acontecerá necessariamente em quem não possui esta alteração genética (a não ser que a pessoa esteja com deficiência vitamínica).

Por isso, além de acompanhamento psicológico e psiquiátrico, o acompanhamento nutrigenético é fundamental.

Agora, para fazer efeito, medicamentos e suplementos devem ser consumidos da forma adequada. Só que a falta de adesão ao protocolo sugerido é muito comum. Causas da baixa adesão ao tratamento:

  • Muita gente não quer tomar nem medicamento, nem qualquer outra cápsula.

  • Se houverem efeitos colaterais muitos pacientes param de consumir o produto, antes que o mesmo faça efeito.

  • Esquecimento. Rotinas complicadas são responsáveis também pela baixa adesão. Simplifique.

  • Falta de compreensão sobre a importância do tratamento. Se o paciente não entende o motivo de ter que tomar determinado produto, dificilmente vai aderir, principalmente se o mesmo for caro.

  • Estigma. Muitas pessoas tem vergonha de dizerem que estão ou de parecerem doentes. Não querem tomar suplementos ou medicamentos na frente dos outros e acabam descontinuando o tratamento.

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- Estou triste

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  • Dificuldades. Para ficarmos bem precisamos mudar nosso estilo de vida. Dormir bem, fazer exercício, meditar ou adotar alguma estratégia redutora do estresse, fazer a dieta e, em muitos casos, tomar medicamentos ou suplementos. Se fosse fácil e agradável todo mundo fazia. Mas, muitas vezes, precisamos fazer o que não queremos. Quantos trocariam a couve e o brócolis pela torta de chocolate? A água pela cerveja? A academia por uma tarde deitado no sofá? Organizar a rotina, comprar e preparar alimentos saudáveis, dormir cedo, sair da zona de conforto dá trabalho mesmo. Se precisar ajuda marque uma consulta com um psicólogo. Você tem direito de achar chato, difícil e de sentir-se triste. Mas encontrar propósito no processo é importante. A construção de hábitos pode levar tempo, mas é possível e traz muitos benefícios.

Loucura é querer resultados diferentes fazendo as mesmas coisas. - Einstein

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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