A infertilidade é uma grande preocupação na área de saúde pois afeta entre 60 e 80 milhões de casais em todo o mundo e, em quase metade dos casos, a dificuldade de engravidar deve-se a algum problema do parceiro do sexo masculino (Ross et al., 2010). Vários fatores podem causar infertilidade masculina, como baixa produção de esperma ou espermatozóides, redução ou ausência de motilidade espermática. Tais problemas podem ser congênitos ou causados por catapora, infecções, fatores genéticos, contato com toxinas ambientais, tabagismo, alto consumo de álcool, baixo peso, obesidade ou carências nutricionais.
A funcionamento dos testículos é afetado por alterações do metabolismo corporal, sendo perturbado também pelo alto consumo de gorduras, especialmente trans e saturadas. Por isso, deve-se evitar o consumo de carnes gordas, alimentos ultraprocessados, baixo consumo de antioxidantes e nutrientes como zinco e folato. A baixa ingestão de frutas e vegetais afeta grandemente a fertilidade. Tais alimentos são ricos em antioxidantes e flavonóides. Sem tais compostos o DNA espermático fica desprotegido.
Estudos mostram que o preparo para melhoria da qualidade dos espermatozóides deve ser de 3 meses, idealmente 6 meses (24 a 26 semanas). Frutas, ervas, chás e verduras devem ser parte de uma dieta antiinflamatória.
Além de melhorar a dieta alguns suplementos são protetores e podem ser utilizados, com a finalidade de aumentar a motilidade espermática, o volume de ejaculação e a contagem de espermatozóides. Tais suplementos podem conter aminoácidos (L-carnitina, L-arginina, L-cisteína), antioxidantes e compostos antiinflamatórios (vitamina A, vitamina E, glutationa, coenzima Q10), fitoterápicos, como extrato de casca de pinheiro (Pinus maritimus) ou Saw palmetto (Serenoa repens), vitaminas do complexo B (B9, B12, colina) e minerais, especialmente selênio e zinco.
O boro melhora a movimentação dos espermatozóides. Pode ser suplementado e também está presente em alimentos como abacate, maçã, pêssego, uva, lentilha e castanhas.