Como aumentar os níveis de testosterona e melhorar a libido?

A testosterona é um hormônio produzido nos testículos dos homens e, em muito menor quantidade, nos ovários e adrenais das mulheres. São várias as funções desse hormônio: aumento da libido, manutenção de altos níveis de energia, proteção dos ossos, preservação da função mental, ganho de massa magra e força. 

Com o envelhecimento das glândulas, os níveis de testosterona começam a cair e os efeitos são rapidamente observados: aumento da circunferência abdominal, redução da massa muscular, menor disposição e resistência, física, prejuízo da memória, queda do apetite sexual e da contagem de espermatozóides, redução da densidade óssea e depressão.

Isto ocorre porque há um aumento da enzima aromatase, que leva a uma diminuição simultânea nos níveis de testosterona e aumento nos níveis de estradiol e estrogênio. Ou seja, o hormônio sexual feminino aumenta e o masculino diminui. Com isso cai a libido e o acúmulo de gordura.  Quanto maior for a gordura acumulada na região abdominal maior é o aumento da aromatase, aumentando o risco de disfunções eréteis e também de certos tipos de câncer, como o de próstata nos homens e mama nas mulheres.

Como aumentar a testosterona?

O álcool inibe o sistema enzimático P430 do fígado, que é responsável, entre muitas outras coisas, pela eliminação do excesso de estrogênio. O desequilíbrio entre as concentrações de estrogênio e testosterona geram ginecomastia (aumento das mamas  nos homens), queda do desejo sexual e maior risco de disfunção erétil. Por isso, se quiser aumentar os níveis de testosterona no plasma reduza o consumo de álcool.

OUTRAS FORMAS DE AUMENTAR A TESTOSTERONA

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Suplementação de D-chiro inositol - Estudos preliminares mostram que o D-chiro inositol atua como um modulador da aromatase. Quando esta enzima está em excesso no corpo derruba os níveis de testosterona e aumenta o estrogênio. A vantagem do D-chiro inositol parece ser aumentar a testosterona sem desregular outros hormônios. Quando há aumento de testosterona às custas de redução de outros o risco de osteoporose pode aumentar (Monastra et al., 2021).

Reposição hormonal - sou nutricionista e esta não é minha praia mas a reposição pode ser necessária em alguns casos (como disfunção sexual) e o tema deve ser discutido com médico especialista na área. A reposição é feita com a injeção ou uso de adesivos de testosterona na forma sintética e deve ser avaliada caso a caso.

Alimentação saudável -  A dieta também deve ser melhorada pois o baixo consumo proteico, de vitaminas e minerais e o alto consumo de alimentos gordurosos e frituras podem contribuir para as disfunções hormonais. Já as gorduras boas (mono e poliinsaturadas) tem demonstrado resultados positivos, melhorando a libido, relaxando a musculatura e, nas mulheres, contribuindo para a lubrificação vaginal. Alguns suplementos também podem ser indicados como L-arginina, triptofano, maca peruana, whitania somnifera, tribulus terrestris e aswagandha.

Proteína - Estudo mostrou que proteína não pode faltar. Mas, ao mesmo tempo, dietas com altíssimos níveis de proteína, excedendo 3,4g/kg/dia, foram associadas à redução nos níveis de testosterona, possivelmente devido ao estresse no ciclo da ureia e acúmulo de amônia (Whittaker, 2023).

Combate ao estresse - Por fim, é muito importante combater o estresse, um importante redutor dos níveis de testosterona:

ESTAR COM QUEM VOCÊ AMA E COM QUEM SENTE-SE FÍSICA, EMOCIONALMENTE E ESPIRITUALMENTE CONECTADO TAMBÉM MELHORA SIGNIFICATIVAMENTE A LIBIDO!

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Atletas veganos e o consumo da soja | Homens precisam ficar preocupados?

Existem muitos atletas veganos. São maratonistas, pilotos de fórmula 1, jogadores de futebol, basquete, tênis, remo, são fisiculturistas e boxeadores. Uma dieta a base de plantas balanceada é capaz de fornecer os nutrientes que o atleta precisa. Uma coisa é uma dieta vegetariana a base de batata frita e biscoitos recheados. Outra coisa é uma dieta que contém grãos, sementes, leguminosas, hortaliças, cereais e frutas em quantidades adequadas. Pessoas que consomem carne frequentemente apresentam deficiências nutricionais. E pessoas vegetarianas também podem apresentar. Por isso é importante atentar-se a nutrientes como ferro, zinco, cálcio, iodo, vitamina D, vitamina B12, ômega-3, aminoácidos essenciais. Se necessária, a suplementação pode ser utilizada.

Perguntam-me muito sobre o consumo de soja na dieta vegana e também como alternativa à proteína animal. Muitos homens têm medo de consumir soja, mas saiba que este medo não justifica-se. Entenda mais neste vídeo em que mostro alguns estudos:

Tenho dois cursos, um sobre a alimentação vegetariana e outro sobre o ganho de massa magra com a dieta vegana. Presto também consultorias na área. Se precisar de ajuda entre em contato.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Os rótulos dos alimentos vão mudar no Brasil

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Em 2016 vivi no Chile e adorava os rótulos dos alimentos que ficavam bem na frente do produto e indicavam de forma clara se o mesmo continha muito açúcar, gordura, calorias ou sódio. Agora, finalmente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou no Brasil rotulagem similar. O objetivo é fazer com que os alimentos empacotados fiquem mais claros e possam, de fato, auxiliar os consumidores em suas escolhas.

O novo rótulo facilitará a comparação de produtos para que as escolhas sejam feitas de forma mais informada. A rotulagem da frente da embalagem trará símbolos informativos sobre o conteúdo de nutrientes com relevância para a saúde:

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Os produtos devem continuar trazendo no verso da embalagem a Tabela de Informação Nutricional. A mesma deve ter sempre letras pretas e fundo branco, para maior contraste e facilitação da leitura. De acordo com a nova norma passa ser obrigatória a identificação de açúcares totais e adicionais, a declaração do valor energético e nutricional por 100 g ou 100 ml, para ajudar na comparação de produtos, e o número de porções por embalagem.   A tabela deverá ficar, em regra, próxima da lista de ingredientes e em superfície contínua, não sendo aceitas quebras. A indústria terá 24 meses (2 anos) para se adequarem. Pequenos produtores terão um prazo maior.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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