Mães de crianças com síndrome de Down podem apresentar envelhecimento mais acelerado desde jovens

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As chances de nascimento de uma criança com síndrome de Down aumentam com o envelhecimento da mulher. Contudo, muitas mulheres que engravidam jovens (antes dos 35 anos) também dão à luz a bebês com síndrome de Down (Coppedè et al., 2016).

Estudos têm mostrado que estas mulheres podem ter um envelhecimento mais acelerado desde jovens, apresentando instabilidades genômicas globais, aumento da frequência de micronúcleos e telômeros com menor tamanho. Tais alterações aumentam o risco da mulher desenvolver demência na velhice.

Exame genético avalia modificações em genes associados ao comprimento dos telômeros

Exame genético avalia modificações em genes associados ao comprimento dos telômeros

Uma das razões para o envelhecimento acelerado pode estar em alterações em genes associados ao comprimento dos telômeros, além de polimorfismos de genes do ciclo do 1 carbono, como o MTHFR e outros, contribuindo para prejuízos na metilação do DNA e instabilidade cromossômica

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Cuidar da família toda é muito importante, com a adoção de estratégias antienvelhecimento e suplementação adequada.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Variações genéticas influenciam a necessidade individual de selênio

O selênio (Se) é um mineral essencial para a saúde. Porém, muitas pessoas consomem pouco selênio, que é tão fácil de obter a partir do consumo de castanha do Pará (chamada internacionalmente de castanha do Brasil). A baixa ingestão de selênio contribui para o desenvolvimento de doenças crônicas já que várias proteínas e enzimas do organismo são dependentes deste mineral (selenoproteínas).

Muitos 30 genes afetam a absorção, metabolismo e excreção de selênio. Com os avanços recentes nas tecnologias de genética, genômica e biologia de sistemas, tornou-se viável avaliar a capacidade do organismo em executar reações metabólicas dependentes deste mineral. Abaixo está o resultado do meu exame genético no que diz respeito aos genes envolvidos na absorção, metabolismo e excreção do selênio.

Para realizar o seu exame nutrigenético agende uma consulta

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As novas tecnologias moleculares abrem o caminho para uma nutrição personalizada, tanto em relação à dieta, quanto em relação à suplementação. Estudos nutrigenéticos sugerem que uma ingestão alimentar eficaz de Se por um indivíduo pode ser muito diferente daquela de outros.

O selênio é importante para a função da tireóide, glândula fundamental para regulação do metabolismo, além de ser fundamental para o adequado funcionamento de enzimas antioxidantes como a glutationa peroxidase (GPX), que reduz a quantidade de radicais livres circulantes.

Os genes interagem entre si - Ferguson & Karunasinghe, 2011

Os genes interagem entre si - Ferguson & Karunasinghe, 2011

O selênio (Se) é um micronutriente importante que, como componente das selenoproteínas, influencia os processos oxidativos e inflamatórios. A nutrigenômica estuda a resposta humana ao consumo de alimentos ou nutrientes, usando abordagens genômicas, proteômicas e metabolômicas. Sabemos que o mau funcionamento de enzimas antioxidantes dependentes de selênio pode aumentar o risco de certas doenças como câncer de cólon. Contudo, a suplementação de selênio em maiores quantidades em pacientes com variações genéticas desfavoráveis reduz o risco ao de pessoas que não possuem tais polimorfismos.

Lembre, entretanto, que o uso de suplementos de selênio deve ser feito com acompanhamento de nutricionista ou médico já que quantidades excessivas podem gerar toxicidade (selenose). Os sintomas do excesso de selênio incluem irritabilidade, fadiga, queda de cabelo e hálito com odor a alho, descoloração ou manchas brancas nas unhas, náuseas e/ou vômitos.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Benefícios do consumo de peixes ricos em ômega-3

Peixes são as principais fontes dietéticas de ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa (PUFAs) do tipo ômega-3 (ω-3). EPA (com 20 carbonos) e DHA (com 22 carbonos) estão entre os principais nutrientes amigos do coração e do cérebro. Ácidos graxos ω-3 têm propriedades antiinflamatórias e imunomoduladoras e, como resultado, podem ter efeitos anticarcinogênicos.

Recomenda-se uma ingestão aproximada de 240 g de peixe gordos por semana (2 porções / semana) para obtenção adequada de ω-3. Peixes oleosos como salmão, arenque, cavala e atum são também mais ricos em vitamina D do que peixes magros. Peixes mais magros, como bacalhau contém menos ω-3 e precisariam ser consumidos em maior quantidade, para o mesmo efeito. Além disso, a maior ingestão de peixe não relaciona-se a efeitos benéficos se forem fritos. Deve-se ainda evitar o consumo de peixes predadores grandes, como tubarão, peixe-espada e peixe-azulejo pois são as principais fontes dietéticas de metilmercúrio que pode induzir neurotoxicidade e ter efeitos adversos contra o desenvolvimento do cérebro e cognição (Jayedi & Shab-Bidar, 2020).

Pessoas que não consomem peixes devem optar por fontes vegetais, como linhaça e chia ou pela suplementação de ômega-3:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/