Variações genéticas influenciam a necessidade individual de selênio

O selênio (Se) é um mineral essencial para a saúde. Porém, muitas pessoas consomem pouco selênio, que é tão fácil de obter a partir do consumo de castanha do Pará (chamada internacionalmente de castanha do Brasil). A baixa ingestão de selênio contribui para o desenvolvimento de doenças crônicas já que várias proteínas e enzimas do organismo são dependentes deste mineral (selenoproteínas).

Muitos 30 genes afetam a absorção, metabolismo e excreção de selênio. Com os avanços recentes nas tecnologias de genética, genômica e biologia de sistemas, tornou-se viável avaliar a capacidade do organismo em executar reações metabólicas dependentes deste mineral. Abaixo está o resultado do meu exame genético no que diz respeito aos genes envolvidos na absorção, metabolismo e excreção do selênio.

Para realizar o seu exame nutrigenético agende uma consulta

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As novas tecnologias moleculares abrem o caminho para uma nutrição personalizada, tanto em relação à dieta, quanto em relação à suplementação. Estudos nutrigenéticos sugerem que uma ingestão alimentar eficaz de Se por um indivíduo pode ser muito diferente daquela de outros.

O selênio é importante para a função da tireóide, glândula fundamental para regulação do metabolismo, além de ser fundamental para o adequado funcionamento de enzimas antioxidantes como a glutationa peroxidase (GPX), que reduz a quantidade de radicais livres circulantes.

Os genes interagem entre si - Ferguson & Karunasinghe, 2011

Os genes interagem entre si - Ferguson & Karunasinghe, 2011

O selênio (Se) é um micronutriente importante que, como componente das selenoproteínas, influencia os processos oxidativos e inflamatórios. A nutrigenômica estuda a resposta humana ao consumo de alimentos ou nutrientes, usando abordagens genômicas, proteômicas e metabolômicas. Sabemos que o mau funcionamento de enzimas antioxidantes dependentes de selênio pode aumentar o risco de certas doenças como câncer de cólon. Contudo, a suplementação de selênio em maiores quantidades em pacientes com variações genéticas desfavoráveis reduz o risco ao de pessoas que não possuem tais polimorfismos.

Lembre, entretanto, que o uso de suplementos de selênio deve ser feito com acompanhamento de nutricionista ou médico já que quantidades excessivas podem gerar toxicidade (selenose). Os sintomas do excesso de selênio incluem irritabilidade, fadiga, queda de cabelo e hálito com odor a alho, descoloração ou manchas brancas nas unhas, náuseas e/ou vômitos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/