Práticas integrativas para evitar a recuperação do peso após a cirurgia bariátrica

A cirurgia bariátrica é frequentemente indicada para pessoas obesas que já passaram por outros tratamentos sem sucesso e apresentam comorbidades como hipertensão, diabetes, apneia, doenças articulares, problemas cardiovasculares ou outras. Contudo, sem a adoção de um estilo de vida saudável, com atividade física, alimentação adequada, acompanhamento psicológico e meditação o peso perdido é frequentemente recuperado.

O acompanhamento nutricional deve começar antes da cirurgia, para início da mudança dos hábitos alimentares, correção das carências nutricionais e teste das proteínas que serão suplementadas no pós-operatório. Por três semanas após a cirurgia a dieta será líquida, acrescida de multivitamínicos e minerais, suplementos proteicos. ômega-3 e outros nutrientes que fizerem-se necessários.

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O Bypass gástrico é a cirurgia mais realizada e traz como complicações a redução da absorção de minerais como ferro e da vitamina B12. Por isso, a suplementação nutricional poderá ser necessária durante toda a vida. Com isso, evita-se a anemia, garantindo-se vitalidade e evita-se também neuropatias e depressão, assim como fraqueza, queda de cabelo e déficits de memória.

Pacientes com muita queda de cabelo necessitarão de maiores quantidades de ferro, proteína, zinco, selênio, vitamina A e biotina. Além do ferro, a falta de vitamina B1 contribui para sintomas como fraqueza, dores no corpo e falta de concentração. A falta de vitamina D ou cálcio aumenta o risco de osteomalácia e osteoporose. Desta forma, as consultas com nutricionista devem ser mantidas após a cirurgia, pelo menos uma vez ao ano.

Reduzir o estresse também é muito importante para evitar o reganho de peso. A ansiedade e o estresse aumentam a secreção de cortisol, o risco de episódios compulsivos e facilitam o ganho de peso. Desta forma a adoção de técnicas como meditação, acupuntura, aromaterapia e yoga faz muito bem. São técnicas duradouras e efetivas para a prevenção e o tratamento de doenças, podendo ser implementadas em qualquer fase da vida Estar saudável não é sinônimo de ausência de doença, nem de baixo peso, mas sim de todo um equilíbrio físico, mental e espiritual.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Por que fazer o teste nutrigenético de pessoas com síndrome de Down?

A síndrome de Down (SD) ou trissomia do cromossomo 21 é uma condição congênita caracterizada por características fenotípicas, bem como diminuição do crescimento e desenvolvimento. Os principais fatores de risco são a idade materna avançada e o metabolismo folato-homocisteína prejudicado. A síndrome de Down é a principal causa genética conhecida de atraso no neurodesenvolvimento e comprometimento cognitivo.

Está também associada a várias comorbidades que podem limitar a qualidade de vida. Doenças cardíacas e queda da imunidade aumentam o risco de pneumonia e outras infecções respiratórias. O envelhecimento precoce está associado à diversas alterações genéticas (polimorfismos) que comprometem a capacidade do corpo em lidar com a inflamação e o estresse oxidativo.

A taxa metabólica de repouso também está reduzida em pessoas com SD, tornando-as mais propensas a distúrbios metabólicos, como sobrepeso, obesidade e diabetes. Distúrbios imunomediados, como doença celíaca e distúrbios da tireoide (hipotireoidismo ou hipertireoidismo e tireoidite autoimune), também afetam pessoas com SD com maior frequência.

Dependendo dos polimorfismos presentes o perfil de aminoácidos e produção de neurotransmissores também pode modificar-se. O metabolismo de macro e micronutrientes também pode estar alterado comprometendo a produção enzimática e o metabolismo como um todo (Saghazadeh et al., 2017). Contudo, pessoas com SD não são todas iguais e, por isso, destacam-se hoje os testes nutrigenéticos, capazes de identificar alterações que possam comprometer a qualidade de vida. No vídeo a seguir converso com o Dr. Roberto Grobman, sobre o painel que criei junto à FullDNA:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

O fim do Alzheimer - o estilo de vida proposto pelos médicos David Perlmutter e Dale Bredesen

David Perlmutter e Dale Bredesen são dois médicos que acreditam que, independentemente da genética por você herdada, há muito a que se fazer para a saúde do cérebro. Nossas escolhas diárias em relação à atividade física, alimentação, controle do estresse exercem grande impacto sobre nossa reserva cognitiva.

GENÉTICA E ALZHEIMER

Uma série de variações genéticas influenciam o risco de uma pessoa desenvolver a doença de Alzheimer ao longo da vida e existem exames genéticos que informam se existem polimorfismos que aumentam o risco de degeneração do tecido nervoso.

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A apolipoproteína E (APOE) é um importante transportador de colesterol que suporta o transporte lipídico e a reparação de lesões no cérebro. Os alelos polimórficos da APOE são os principais determinantes genéticos do risco da doença de Alzheimer. Pessoas portadoras do alelo ε4 apresentam risco aumentado de doença de Alzheimer em comparação com os portadores do alelo ε3 (mais comum) e ε2 (protetor). A presença do alelo APOE ε4 também está associada ao aumento do risco de angiopatia amilóide cerebral e declínio cognitivo relacionado à idade durante o envelhecimento normal.

As isoformas ApoE2, E3 e E4 são codificadas pelos alelos ε2, ε3 e ε4 do gene APOE, respectivamente. A ApoE tem dois domínios estruturais: o domínio do terminal NH2 (em vermelho), que contém a região de ligação ao receptor (resíduos 136-150), e o dom…

As isoformas ApoE2, E3 e E4 são codificadas pelos alelos ε2, ε3 e ε4 do gene APOE, respectivamente. A ApoE tem dois domínios estruturais: o domínio do terminal NH2 (em vermelho), que contém a região de ligação ao receptor (resíduos 136-150), e o domínio do terminal COOH, que contém a região de ligação do lipídeo (resíduos 244-272). Os dois domínios são unidos por uma região de dobradiça (hinge). O alelo ε4 de APOE aumenta o risco de doença de Alzheimer e diminui a idade de início da mesma de maneira dependente da dose do gene (Liu et al., 2013).

De acordo com os médicos David Perlmutter e Dale Bredesen pessoas portadoras da isoforma ApoE4 devem modificar o estilo de vida desde cedo, adotando dieta cetogênica e suplementação protetora do tecido nervoso. Discuto o protocolo ReCode neste vídeo:

Eu acredito que estas recomendações podem ser ainda melhor ajustadas a partir de exames nutrigenéticos. É esta a base da nutrição de precisão. Para mais informações agende sua consulta.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/